XVI
Meus tempos não são confusos, amigo leitor. Se
troco meios, começos e fins é pra confundir a ampulheta e manter a areia sem
área demarcada, sem poder pra escorrer de uma vez, nem razão pra ficar sem se
mexer. Quem sabe assim, pelo menos por um tempo, mantenho os cansados ponteiros
em movimento e a eternidade, tão cheia de efemeridade, esquece sua
impossibilidade e, distraidamente, sorri pra você e pra mim?
Nenhum comentário:
Postar um comentário