Hoje compartilho mais uma vez minhas solidões poéticas com a
poetamiga valenciana Isabel Cristina Rodegheri. Reconhecida pelos leitores do blog como a
musa dos haicais, desta vez, Isabel nos traz um poema emocionante, uma
fodástica elegia (poema feito em homenagem a alguém falecido) em homenagem ao
também fodástico artistamigo Adriano Gonçalves, falecido recentemente. Nas suas diversas passagens por Valença, o artista Adriano, amigo de Juliana Guida Maia e Zé Ricardo (filhos de Isabel), sabia que era bem-vindo na casa da poeta (no primeiro dia do ano, ela o esperava para o almoço de ano novo...).
Escrito
nesse período de melancólicas chuvas, o poema traz o ritmo triste da garoa
intensa e nos aquece com as emoções tristes de um adeus que não queremos dar.
Em tempo: Isabel Cristina estará na homenagem a Adriano
Gonçalves, que faremos no “Sarau Solidões Coletivas In Bar 10: Os sobreviventes
do fim do mundo”, a ser realizado no Bar e Restaurante Cantinho do Churrasco,
no Bairro de Fátima, em Valença/RJ, neste sábado, dia 19 de janeiro de 2013, às
19h. (Sim, a arte do fodástico compositor, artesão e músico Adriano Gonçalves
permanecerá sempre conosco!)
Leiamos, amigos leitores, o adeus de Isabel Cristina Rodegheri que leva nossos queridos
amigos ausentes pra eternidade presente de nossas emoções!
O ADEUS QUE EU NÃO QUERIA DAR
Da janela vejo a chuva caindo sem cessar.
Quantas reflexões ela nos traz apenas num olhar...
A melancolia me invade sem que eu queira;
Recordações de acontecimentos vividos
(Passados – Recentes),
Alguns ainda tão latentes...
Por que a vida às vezes nos machuca tanto?
Por que deixa em nossos corações um vazio tão grande?
Perguntas sem respostas...
No canto, um violão silencioso;
No rosto, um sorriso que não ilumina mais;
No ouvido, a voz que teimou em calar.
O que nos resta então?
Apenas lembranças – (que são muitas)
Permanecendo dentro de nós,
Iluminando nossas almas,
Perpetuando para sempre a sua história.
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