O poema inédito que posto hoje tem dona. Explico: hoje faz
aniversário uma das minhas amigas virtuais mais queridas, a escritoramiga e
roqueira contentemente incurável Laura Osb (ou Laura Roberto, ou Laura Jovi, ou
a Laura o que ela desejar ser nesta data querida). Como sou poeta às (muitas)
vezes excêntrico, escolhi parabenizar minha amiga de uma forma diferente das
felicitações comuns: fiz um poema em sua homenagem. Para isso, escolhi citar um
fato marcante e recente da vida de Laura – o fato de ela ter se tornado, mais
uma vez, mãe, trazendo ao nosso mundo mais uma poesia viva, mais uma estrela
pra nos iluminar nesses dias de rara esperança e muita escuridão (dessa forma,
estendo também o presente para todas as mães, para as quais fiquei devendo um
poema de Dia das Mães) -, somado a citações de canções da banda de rock
estadunidense Bon Jovi, um dos conjuntos preferidos de Laura.
O Bon Jovi grupo
bastante renegado por metaleiros, porém atire o primeiro solo de guitarra quem
nunca se surpreendeu, em algum momento da vida, com ciscos nos olhos diante de
qualquer balada da banda liderada por Jon Bon Jovi. O leitor roqueiro atento
perceberá, dentro de meu poema, citações de alguns dos principais hits do Bon
Jovi (“You Give Love A Bad Name”, “Wanted Dead Or Alive”, “This is Love, This
is Life”, “These Days”, “Thank You For Loving Me”, “Always”, “Bed Of Roses”,
“For You”, “Have a Nice Day”, “It's My Life”, “This Ain't A Love Song”), assim
como notará a citação também dos títulos de canções de dois ícones do rock brasileiro,
Renato Russo (“Via Láctea”) e Herbert Vianna (“Nebulosa do amor”). Assim
construí para o poema-homenagem um eu lírico mãe, guerreira, roqueira,
bonjoviana, em tributo a Laura Osb e suas mil e uma faces femininas que tanto
cativam os que têm o privilégio de conhecê-la, mesmo que seja apenas
virtualmente. Espero que a aniversariante e os leitores gostem do rock baby
poema bonjoviano:
Esta não é uma canção de amor comum
(Meu amor, meu bebê)
Esta Julieta às vezes sangra demais,
Mas você não pode ver seu sangue, meu bebê,
Deixo os sentimentos tristes escorrendo no silêncio
Pra que você veja apenas meu rosto sorriso,
Pra que você sinta o perfume das rosas sem espinhos
Na cama florida que arrumei pra você...
E talvez me falte alguma canção de amor
Pra ninar sua primeira primavera,
Talvez esta mãe não lhe cante mais nenhuma canção do antigo
amor,
Mas você só verá amor a sua volta, meu bebê,
Porque ele está em você, ele é você;
Talvez nenhuma canção de amor traduza o quanto amo você,
Meu amor, meu bebê...
Fui atingida no coração e você é o culpado;
Por um crime tão perfeito, prendo você em meus braços
E lhe desejo um bom dia, todos os dias, todos os meus bons
dias com você
E, morta ou viva, eu respiro um novo sonho em você,
Invulnerável ou ferida, sou sua fortaleza impenetrável, sua
defesa mais confiável,
Sou carcereira encarcerada nas grades invioláveis de suas
alegrias,
Obrigada por seu amor sem fim, obrigada por me deixar amá-lo
assim
E assim deixo seu corpo trancado em liberdade na infinita felicidade
de ter você,
Deixo as tristezas guardadas num rosto sorriso pela eternidade
de seu brilho,
Minha estrela, meu amor, meu bebê...
Os rios que às vezes choro por dentro
Deságuam nos beijos felizes que deixo em seu rosto sereno,
Tão belo, tão leve, tão pequeno e tão imenso...
Nesses tempos perplexos, em que as estrelas parecem cada vez
mais distantes,
Você brilha em meu colo, astro fantástico do meu ser,
Eu voo com você pela nebulosa do amor, pelo céu de uma nova
vida,
Sou sua Via Láctea, sou o universo todo a proteger sua constelação
Tão frágil, tão minha, tão rara e tão rica...
Meu amor, meu bebê, minha vida!