Ela fez aniversário há pouco (dia 13 de agosto), traçou, durante seu
período de artistaluna da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, um
caminho brilhante e segue radiante, desfilando lirismo, beleza de estrela e
genialidade por onde passa. Seu nome é Brendha Fernandes, é mora em
Teresópolis/RJ, mas traz uma estrela lírica que ultrapassa geografias; o
universo infinito da arte é sua verdadeira morada.
Hoje tenho o prazer de compartilhar minhas solidões poéticas com um
superfodástico poema da estrela lírica Brendha Fernandes, que ela me enviou via
whatsapp, no dia 16 de janeiro de 2018, quando retomamos contato. Seu
emblemático poema “Manchas de sangue”, rico em plurissignificações, traz um
sentimento feminino à flor da pele, ritmo encantador, um estilo único (e, ao
mesmo tempo, que me lembra os melhores momentos da madura poética de Marina
Colasanti) e um final que surpreende o incauto leitor. Segundo a autora, “foi
um desabafo da alma”, que ela foi “escrevendo sem ver , só o que sentia” (quem
me dera escrever tão majestosamente e fodasticamente assim!).
Leiam e fascinem-se, amigos leitores, com essas manchas de sangue que
marcam nossos olhos, nossa alma, com a inigualável e fodástica veia poética de
Brendha Fernandes!
Manchas de sangue
Na pureza da inocência,
Na doçura de um sorriso,
Na grandeza da pequena,
Fez do mundo um paraíso.
Na alegria de um carinho,
Fez a luz do seu olhar.
Mal sabia das malícias,
Que logo iriam atormentar.
Em uma tarde colorida,
Não sabia o que esperar.
Onde tudo era magia,
Veio a vida machucar.
Onde o céu virou inferno,
O sorriso virou dor.
Aquela tarde que passava,
Logo não teria mais cor.
Na escuridão da inocência,
Só havia aflição e agonia.
Algo estava errado,
De tristeza sua alma morria.
Ao meio de manchas de sangue,
Enquanto seu espírito padecia.
Cor vermelha tão marcante,
Ao mesmo tempo tão sofrida.
No singelo e pequeno pedaço de pano,
Sua trilha mudou.
Não manchou apenas o pedaço de trapo,
Sua luz se apagou.
Logo o caminho seguiu,
Se entregar não deixou.
A pequena evoluiu,
A amargura superou.
As pequenas manchas de sangue,
ficaram só na memória.
Se engana quem achou
Que fosse triste sua história.
Por : Brendha Fernandes
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