Ano Novo, velhas postagens novas. Começo as postagens deste ano de
2018, com o poema-homenagem que fiz à cidade de Volta Redonda/RJ, a famosa
Cidado do Aço, local que escolhi para passar essa virada de ano mais recente
(yeah, com direito a assistir um showzaço da banda Os Paralamas do Sucesso e
encontrar fodásticos amigos loucos como Juliana Seabra e Max Pires).
O poema que posto logo abaixo, “As Voltas Redondas que o passado traz”,
é o primeiro que escrevo em homenagem a Volta Redonda, cidade de grande
efervescência cultural, onde já me apresentei várias vezes, e foi inspirado em ideias e projetos dos
artistamigos Carina Sandré (esse ainda é meio secreto, em processo de gestação)
e Rafael Clodomiro, da banda ALira (esse já planejado, mas, devido a aperto em
nossas agendas, ainda não completamente concretizado). O poema é resultado de
alguns estudos que fiz sobre a História da fundação da cidade e, nele, busquei
colocar um ritmo meio ode-hino-marchinha-samba-enredo. “As Voltas Redondas que
o passado traz” ganhou ainda mais destaque na minha trajetória lírica, pois,
com ele, conquistei a honraria de “Destaque Sul Fluminense” no Prêmio Maria
José Maldonado de Literatura 2017, realizado pela Academia Volta-Redondense de
Letras.
Esse meu poema premiado também pode ser encontrado na Coletânea Digital
“Prêmio Maria José Maldonado de Literatura 2017 - Antologia de Textos Premiados”,
que pode ser baixada no site da Academia Volta-Redondense de Letras (segue o
link: https://www.avl.org.br/livros
).
Espero que gostem, amigos leitores! Feliz 2018 e Arte Sempre!
As Voltas Redondas que o passado traz
Dando voltas pela Barra Mansa antiga,
encontramos uma Volta Redonda pequena
que ainda escondia a Volta Redonda imensa
que aquele outrora oitavo distrito se tornaria.
Já foi lugarejo, depois freguesia,
viu o café cair, o gado leiteiro se sobressair,
foi terra diminuída até ver a escravatura abolida,
tornou-se distrito, depois Eldorado,
para finalmente assumir a vastidão voraz e sublime
de seu definitivo aço.
Largou o católico Santo Antônio,
outrora em seu nome colado,
pra se tornar Volta Redonda grande,
com mais tendência à ciência que ao bispado,
mas, para não abandonar o passado cristão,
manteve o divino nas orações
de seus devotos operários.
Nas reviravoltas do progresso,
a Voltinha cresceu, virou cidade,
e, nas revoltas contra o retrocesso,
a Volta Redonda estabeleceu a sua liberdade!
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