sábado, 21 de dezembro de 2019

Quando a Canção do Exílio de Gonçalves Dias escrita em território português virou a Terra do Flamengo em corações infantojuvenis brasileiros


Apesar de o blogueiro que vos fala ser vascaíno, não há como negar que 2019 foi, no esporte, o ano do Flamengo (por isso, deve ter sido um ano tão difícil e ruim em diversos aspectos rs, brincadeirinha/recalque meu).
 Seja como for, esse ano vitorioso do Flamengo me levou a um túnel do tempo: assim como o Urubu Rei do Futebol revive momentos gloriosos como em seu passado, relembro de meu início de trajetória lírico-docente, como professor de Português na Escola Municipal Nadir Veiga Castanheira, de Teresópolis/RJ, no longínquo e sempre presente 2006, quando realizei um dos primeiros trabalhos bem sucedidos de produção textual com os artistalunos do 7.º Ano (na época, 6.ª série) das saudosas 601, 602 e 603: as paródias sobre a “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias.
A “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, é um poema, do século XIX, que canta as saudades e a paixão cega/exacerbada pelo Brasil.  Por ter sido muito conhecido e ser popular até hoje, a “Canção do Exílio” tornou-se alvo de diversas paródias (textos que imitam um texto mais conhecido, provocando humor e crítica). Incentivados por mim e inspirados nessa prática poética, os artistalunos da E. M. Nadir Veiga Castanheira também produziram suas paródias sobre o famoso poema. Isso aconteceu no longínquo e memorável terceiro bimestre de 2006. 13 anos depois, trago o poema que dois artistalunos flamenguistas, Wellington e Leonardo, da antiga 601, produziram na época, parodiando a “Canção do Exílio” para exaltar o time de coração deles. Mais pra frente, pretendo trazer outras dessas paródias (tem uma de corrupção, escrita por Marcelo e Edivan, que é atemporal e até premonitória), mas hoje é dia do Flamengo em outra final de campeonato, agora mundial, por isso hoje fiquemos com “A minha terra é do Flamengo”, de Wellington e Leonardo.
Boa leitura, amigos leitores rubro negros e não rubro negros. Paz entre as torcidas, abração e Arte Sempre.

A minha terra é do Flamengo
(Wellington e Leonardo)

A minha terra é do Flamengo
Aonde voa o urubu.
Quando o Flamengo joga
Todo mundo fala: “UUUUUHHH!”

Quando eu saio pro terreiro,
Os urubus estão no chão.
Na hora que eu falo que o Flamengo é campeão,
Todo mundo sai do chão.




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