quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Solidões Compartilhadas de Terror: A escola assombrada pela professora, um conto de terror de Andressa Oliveira


Hoje é dia 31 de outubro, o Dia das Bruxas, conhecido mundialmente como um feriado celebrado principalmente nos Estados Unidos, onde é chamado de Halloween. Mesmo sendo uma data comemorativa estrangeira, hoje em dia é celebrado em diversos outros países do mundo, inclusive no Brasil. E é claro que o blog não iria ficar pra trás: é dia de postar uma narrativa inédita de terror e, por isso, compartilho minhas solidões poéticas com um dos contos mais sobrenaturais e assombrosos da escritoraluna Andressa Oliveira, do oitavo ano da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, da região rural de Teresópolis/RJ.
Andressa é uma escritoraluna dedicada e fã de narrativas mais sombrias – versátil, ela escreve sobre diversos temas, seguindo os estilos mais variados, mas sua preferência são os contos de terror. Além das atividades de Redação solicitadas nas aulas, quase toda semana, Andressa me entrega uma nova narrativa ou um novo poema, seja qual for o tipo ou gênero, sempre carregado por uma marca autoral forte, um estilo próprio intenso (e muitas vezes tenso) e domínio da linguagem. O conto de terror “A escola assombrada pela professora” é um desses exemplos, cuja história marcante e assustadora destacou-se entre as redações extras que ela me entregara neste ano.
Leiamos nesta noite de Dia das Bruxas, amigos leitores, esse assustador e primoroso conto da hipertalentosa escritoraluna mestre das narrativas de terror Andressa Oliveira!

Os contos terríveis de Andressa: 
A escola assombrada pela professora

Havia uma escola que tinha fama de ser assombrada. Construída no século passado, o prédio possuía muitas salas e corredores aterrorizantes.
Uma das lendas em torno do local dizia que uma professora infeliz por ser abandonada por seu noivo suicidou em uma das salas. Dizem que uma das inspetoras encontrou a pobre mulher enforcada. Sua face estava branca e a língua lançada para fora.
A escola escondeu o fato pelo tempo máximo que pôde a fim de evitar que a instituição não ficasse mal falada. Porém, depois do ocorrido, algumas pessoas diziam ouvir choros e murmúrios pelos corredores durante a noite, acontecimentos que ajudaram a aumentar a fama da professora.
Durante uma das aulas noturnas, uma adolescente ficou até mais tarde para terminar um trabalho escolar e, quando estava indo embora, percorrendo o longo corredor, passou por uma sala, onde avistou uma mulher escrevendo no quadro negro. A jovem estranhou as vestimentas dela e procurou observar mais um pouco, quando, de repente, a mulher virou-se. A menina sentiu suas pernas tremerem, seus cabelos se arrepiarem e uma sensação de pânico invadiu o seu corpo. A mulher não tinha rosto, sua face era lisa e tenebrosa. Com um grito de horror, a menina venceu sua paralisia inicial e saiu correndo, fugindo daquela estranha criatura.
Já fora do local, enquanto era atendida por pessoas que foram atraídas pelos seus gritos, ela se lembrava dos escritos no quadro negro: “por favor, me ajude, eu estou no INFERNO”.



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