Hoje é dia 31 de outubro, o Dia das Bruxas, conhecido
mundialmente como um feriado celebrado principalmente nos Estados Unidos, onde
é chamado de Halloween. Mesmo sendo uma data comemorativa estrangeira, hoje em
dia é celebrado em diversos outros países do mundo, inclusive no Brasil. E é
claro que o blog não iria ficar pra trás: é dia de postar uma narrativa inédita
de terror e, por isso, compartilho minhas solidões poéticas com um dos contos
mais sobrenaturais e assombrosos da escritoraluna Andressa Oliveira, do oitavo
ano da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, da região rural de Teresópolis/RJ.
Andressa é uma escritoraluna dedicada e fã de narrativas
mais sombrias – versátil, ela escreve sobre diversos temas, seguindo os estilos
mais variados, mas sua preferência são os contos de terror. Além das atividades
de Redação solicitadas nas aulas, quase toda semana, Andressa me entrega uma nova
narrativa ou um novo poema, seja qual for o tipo ou gênero, sempre carregado
por uma marca autoral forte, um estilo próprio intenso (e muitas vezes tenso) e
domínio da linguagem. O conto de terror “A escola assombrada pela professora” é
um desses exemplos, cuja história marcante e assustadora destacou-se entre as
redações extras que ela me entregara neste ano.
Leiamos nesta noite de Dia das Bruxas, amigos leitores, esse
assustador e primoroso conto da hipertalentosa escritoraluna mestre das
narrativas de terror Andressa Oliveira!
Os contos terríveis de Andressa:
A escola assombrada pela
professora
Havia uma escola que tinha fama de ser assombrada.
Construída no século passado, o prédio possuía muitas salas e corredores
aterrorizantes.
Uma das lendas em torno do local dizia que uma professora
infeliz por ser abandonada por seu noivo suicidou em uma das salas. Dizem que
uma das inspetoras encontrou a pobre mulher enforcada. Sua face estava branca e
a língua lançada para fora.
A escola escondeu o fato pelo tempo máximo que pôde a fim de
evitar que a instituição não ficasse mal falada. Porém, depois do ocorrido,
algumas pessoas diziam ouvir choros e murmúrios pelos corredores durante a
noite, acontecimentos que ajudaram a aumentar a fama da professora.
Durante uma das aulas noturnas, uma adolescente ficou até
mais tarde para terminar um trabalho escolar e, quando estava indo embora,
percorrendo o longo corredor, passou por uma sala, onde avistou uma mulher
escrevendo no quadro negro. A jovem estranhou as vestimentas dela e procurou
observar mais um pouco, quando, de repente, a mulher virou-se. A menina sentiu
suas pernas tremerem, seus cabelos se arrepiarem e uma sensação de pânico
invadiu o seu corpo. A mulher não tinha rosto, sua face era lisa e tenebrosa.
Com um grito de horror, a menina venceu sua paralisia inicial e saiu correndo,
fugindo daquela estranha criatura.
Já fora do local, enquanto era atendida por pessoas que
foram atraídas pelos seus gritos, ela se lembrava dos escritos no quadro negro:
“por favor, me ajude, eu estou no INFERNO”.
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