Hoje falarei no blog sobre um movimento artístico que tem
conquistado cada vez mais adeptos poetamigos: a aldravia.
Antes de mostrar-lhes alguns exemplos, preciso
mostrar-lhes um pouco da história dessa revolucionária e recente tendência
poética. Para isso, cito trechos adaptados do texto original do Prof. J. B.
Donadon-Leal "ALDRAVIA – nova
forma, nova poesia", cuja obra está licenciada sob uma Licença Creative
Commons (sendo assim, relembro e dou crédito ao autor original: jbdonadon@jornalaldrava.com.br
):
Em novembro de 2000, com o lançamento do Jornal Aldrava
Cultural, nascia o novo movimento poético em Mariana/MG. Do permanente
congresso do movimento aldravista de artes, do qual participam ativamente
Andreia Donadon Leal, Gabriel Bicalho, J. B.
Donadon-Leal e J. S. Ferreira, surgiu uma nova forma de poesia: a aldravia,
nome sugerido por Andreia Donadon Leal a uma forma elaborada por Gabriel
Bicalho, com base na concepção de encontro com os sentidos na possibilidade
real de se ter o máximo de poesia no mínimo de palavras, acompanhando a
tendência minimalista mundial.
ALDRAVIA tem origem em "aldrava", batedor,
argola de metal com que se bate às portas para que estas sejam abertas por quem
está dentro da casa. Era comum na maioria dos casarões antigos de Mariana,
Sabará, Ouro Preto e outras cidades mineiras.
Trata-se de um poema sintético, capaz de inverter ideias
correntes de que a poesia está num beco sem saída.
Essa forma nova demonstra uma via de saída para a poesia
– aldravia.
O poema é estruturado em seis versos univocabulares, ou
seja: somente 6 palavras, uma em cada verso. Esse limite de 06 palavras se dá
de forma aleatória, porém preocupada com a produção de um poema que condense
significação com um mínimo de palavras, sem que isso signifique extremo esforço
para sua elaboração.
Para trazer ao amigo leitor uma coletânea mais rica dessa
nova forma poética chamada aldravia, pedi ao mais que fodástico artistamigo
Paulo Roberto de Oliveira Caruso, Presidente da Academia Brasileira de Trova, Diretor
Financeiro e Cultural da Academia de Letras e Artes de Paranapuã e Administrador
e Advogado pela Universidade Federal Fluminense, Especialista em Direito e
Processo do Trabalho pela Universidade Cândido Mendes (RJ), dono do site https://reinodosconcursos.com.br/ , que fizesse a
seleção. Segundo Paulo Caruso me informou por e-mail, seu critério de seleção
baseou-se em me enviar aldravias vencedoras de concursos.
Abaixo, compartilho minhas solidões poéticas com os mais
que fodásticos aldravistas premiados, magistralmente selecionados pelo também
mais que fodástico multipremiado poetamigo
Paulo Caruso. Boa leituras, amigos leitores! Aldravia e(é) Arte Sempre!
ALDRAVIAS
VENCEDORAS DO CONCURSO DE ALDRAVIA DO ANCINE:
1.º Alexandre
Martins Teixeira Costa Monteiro
cheguei
chegaste
irreconhecíveis
reencontros
pavimentam
caminhos
2.º Bruno
Rodrigues de Souza e Souza
tempo
caminho
longo
orvalho
no
oceano
3.º Adrianna da
Silva Pinto
amar
sem
limites
viver
sem
palpites
4.º Paulo Costa
Ribeiro
e
se
eu
tu
ele
Nostradamus?
5.º Paulo Costa
Ribeiro
sétima
arte
quintessência
das
outras
seis
6.º Isabel
Cristina Martins da Silva
Ator
Notório
Cria
Inventa
Nova
Emoção
7.º Alexandre
Martins Teixeira Costa Monteiro
toda
regra
tem
exceção
até
essa
8.º Paulo Costa
Ribeiro
cinéfila
atitude
sonhar
de
olhos
abertos
9.º Alexandre
Martins Teixeira Costa Monteiro
teu
pavio
aqueceu
meu
pé
frio
10.º Alexandre
Martins Teixeira Costa Monteiro
velho
sorriso
doce
cheiro
de
abraço
11.º Paulo Costa
Ribeiro
doses
de
aldravia
pílulas
de
poesia
12.º André Rocha
Cordeiro
Tanto
Feio
Fez
Que
Beleza
Faltou
Aldravia premiada
no Concurso literário da FALARJ 2017 – categoria: aldravia
1.º Lugar: Paulo
Roberto de Oliveira Caruso (Niterói – RJ)
Caymmi
foi
pra
maracangalha
onde
descansa
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