Hoje é Dia dos Finados e a morte desfila toda rainha pelo feriado
nacional de 2 de novembro. Lembrando-me disso, resolvi estreiar hoje (solo,
pois já teve uma página de diário inventada dela postada na antologia de
escritos dos escritores-alunos da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva em
homenagem à obra literária e cinematográfica “Minha vida de menina”) nas Solidões
Compartilhadas do blog a multiartistaluna (é atriz, escritora, sonhadora,
louca, sã, hipermúltipla), a brilhante superescritoraluna Shayane Silva,
atualmente no 9.º Ano da E.M.A.F.S., de Teresópolis/RJ, com seu poema gótico dedicado à Morte!
Multifacetada (seu lirismo é ora gótico, ora otimista, ora
ultrarromântico, ora filosófico, ora tudo isso misturado num poema só, sim, a
jovem poeta possui um estilo bem próprio, uma marca bem pessoal, é única e, ao
mesmo tempo, paradoxalmente múltipla), Shayane tem períodos de febris produções
poéticas, que abordam de forma vibrante e extremamente lírica e densa vários
temas, dos mais obscuros aos mais iluminados. No poema “A Morte”, a talentosa
poetaluna dá vida à Morte, num formidável poema-pesadelo-real.
Vejamos como esse obscuro eu lírico de Shayane Silva encara a Indesejada
das gentes, a Iniludível, a terrível musa definitiva de muitos poetas, a Morte!
A Morte
Hoje a Morte falou comigo
Ela disse que dela ninguém foge
Que a ela ninguém sobreviverá
E que ninguém nunca a vencerá.
A Morte me disse
Que chegará para todos,
Baterá na porta de cada um
E levará todos, um por um.
Ela disse:
“Ninguém me engana,
Ninguém se esconde,
Eu chego sem ninguém perceber.
Eu sou a Morte,
Sou dona da vida,
Sou motivo de tristeza
E causadora da pior dor.
Sou o passado, o presente e o futuro
Eu sou seu pior medo,
Sua destruição
E sua pior realidade.”
Shayane Silva
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