Olá, caros leitores, bem vindos ao blog daqueles que guardam um sorriso solitário no canto dos lábios que versam sonhos coletivos. Bem vindos ao meu universo virtual poético, bem vindos ao mundo confuso e fictício ferido de imortal realidade. Bem vindos ao inóspito ambiente dos eus líricos em busca de identidade na multidão indiferente, bem vindos ao admirável verso novo.
Há um bom tempo, pretendo compartilhar minhas solidões poéticas com a
fodástica poetamiga que estreia hoje no blog: seu nome é Raquel Tavares, mas
liricamente ela atende pelo codinome Kel Lestat. Conheci Raquel Tavares,
através da divartistativistamiga Janaina da Cunha, em eventos do saudoso e
sempre mais-que-fodástico Identidade Cultural e Movimento Culturista. Admirei e
me fascinei logo pela fodástica poética de Raquel Tavares/Kel Lestat - ela
levava quase sempre uma pasta com diversos poemas dela, de diversas fases e
estilos e eu tive a honra de ler alguns destes poemas em primeira mão, entre
eles o que destaco hoje aqui no blog: o emblemático “Apocalipse Agora”. Pode-se
notar que o título é uma referência direta ao clássico Cult “Apocalipse now”,
drama/aventura do renomado diretor Francis Ford Coppola, Palma de Ouro no
Festival de Cannes e nomeado ao Oscar de Melhor Filme e o Globo de Ouro de
Melhor Filme - Drama, com elementos de “Dispatches” de Michael Herr, a versão
cinematográfica de 1965 da obra “Lord Jim” de Conrad, “Coração das trevas”,
também de Conrad, e Aguirre, der Zorn Gottes (1972) de Werner Herzog.
Assim como o roteiro desse filme é super-complexo e passou por diversos
percalços/momentos conturbados na produção até alcançar a glória, o eu lírico
do poema de Raquel Tavares/Kel Lestat passa, verso a verso, por uma espécie de
viagem de autodescoberta e destruição do que lhe foi pré-estabelecido até sua
autorreconstrução (lembra muito o personagem lucidamente enlouquecido – e, ao
mesmo tempo, alucinadamente são - magistralmente interpretado por Marlon Brando
no filme “Apocalipse Now”).
A poética de Raquel Tavares/Kel Lestat é assim: mistura de forma genial
referências cinematográficas, musicais (segundo a própria escritora, sua fase
atual consiste em se inspirar em canções de seu gosto – por sinal, ela está me
devendo algumas dessas produções líricas mais recentes), geeks, nerds e cults a
um lirismo febril, emocionado (tanto que se torna emocionante) e vibrante, com
uma linguagem sem rebuscamentos, mas por isso ardilosamente fodástica e
complexa, pois esconde na primeira leitura a multiplicidade lírica maravilhosa
e a riqueza de referências que pode passar despercebida à primeira vista.
Aconselho aos amigos leitores que leiam e releiam o poema – na primeira
leitura, já encontrarão algo fascinante; se lerem mais uma vez, ficarão ainda
mais fascinados. Acompanhemos o Apocalipse agora de Raquel Tavares/Kel Lestat, amigos
leitores! (segue também o link da página lírica dela no facebook, onde volta e
meia, ela apresenta um novo poema: https://www.facebook.com/Meu-apocalipse-500559333420181/
)
Esse poema eu devia ter postado no blog há tempos e destaco-o hoje,
neste dia 20 de novembro, quando comemoramos o Dia da Consciência Negra.
Escrevi o poema, inspirado nas saudosas e fodásticas aulas da Doutora Mestre
Escritora-Mais-Que-Fodástica Conceição Evaristo, divartista de imenso destaque
da literatura afrobrasileira, durante as aulas na Pós-Graduação sobre Literatura e Cultura Africana, cujo
curso iniciei, mas não encerrei, apesar de, até hoje, trazer e me aproveitar (e
muito!) dos materiais e das lições aprendidas em seus módulos. Tenho o
privilégio e o orgulho imenso de ter lido o poema em primeira mão para a
mais-que-fodástica Conceição Evaristo e ter recebido elogios dessa superadmirada
escritora. No mesmo ano em que o escrevi, publiquei-o algum tempo depois no meu
quinto livro “Eu & Outras Províncias – Progressos & Regressos” (2008).
Eis o poema logo abaixo, amigos leitores! Boa leitura e Arte Sempre!
Hoje
retiro uma vídeo-lembrança direto do túnel do tempo e a posto no blog,
juntamente com o poema declamado, minha lírica homenagem à fodástica escritora
maranhense Maria Firmina dos Reis. É um vídeo que andava meio perdido no meio
do caos de arquivos de meu bagunçado notebook. Trata-se de minha participação
no evento de lançamento da antologia "CENTO E NOVENTA POEMAS PARA MARIA
FIRMINA DOS REIS”, no ano de aniversário de cento e noventa anos de nascimento
de Maria Firmina dos Reis, em 12 de outubro de 2015, m Guimarães/MA.. Na
ocasião, declamei meu poema "Recado ao moço branco que folheia minhas
páginas negras", em homenagem à fodástica musa-escritora Maria Firmina dos
Reis.
Em
tempo: O meu livro mais recente, o meu 9.º livro-filho "O nada temperado
com orégano (Receitas poéticas para um país sem poesia e com crise na
receita)" traz esse poema e, neste fim de semana, realizo um sonho que não
pude realizar no final do ano passado: a convite da divartistamiga Dilercy
Aragão Adler, no sábado e domingo, respectivamente, dias 18/11 e 19/11,
estarei, durante a tarde e a noite, no estande da Academia Ludovicense de
Letras (ALL) e em outros espaços, expondo e comercializando a preços
promocionais meus livros na 11.ª Edição da Feira do Livro de São Luís/MA
(FeliS) que homenageia a própria escritora-musa-inspiradora do meu poema.
Será
um excelentíssimo momento pra fazer aquele intercâmbio cultural que eu amo (São
Luís/MA) já se tornou uma das minhas cidades afetivas - tanto que no meu livro
mais recente dedico vários poemas a autores queridos maranhenses - e rever
fodásticos artistamigos que conheci lá!
Abaixo
seguem o poema citado, de minha autoria, e o vídeo que registra a minha
interpretação para ele.
Que
a poesia siga em frente, alcançando todos os cantos do Brasil!
Saudações
Firminianas e Gonçalvinas! Até breve e Arte Sempre!
Recado
ao moço branco que folheia minhas páginas negras
O
filme da Liga da Justiça ainda não estreou nos cinemas, mas o Grupo Teatral Escolar
Luz, Câmera...Alcino!, em seu triunfal retorno agora no quarto bimestre de 2017
(exatamente no dia 25 de outubro de 2017), levou os super-heróis mais poderosos
do planeta para uma partida de xadrez!
Na
postagem de hoje, trago o roteiro do esquete “Luz, Câmera... Alcino! apresenta:
Mulher-Maravilha No Xadrez da Guerra e do Amor: A origem da Justiça e do Super
Xeque Mate”, o vídeo com as duas apresentações do esquete nas abertura do VII Torneio
Xeque Mate da Escola Alcino e o superdocumentário produzido pela Superequipe de
Repórteres do Luz, Câmera...Alcino!
A
apresentação marca o retorno do Luz, Câmera...Alcino! e é uma homenagem ao
Torneio Xeque Mate, realizado todo ano na Escola Alcino e aos personagens
consagrados nos quadrinhos, no cinema e
no inconsciente nerd coletivo pela DC Comics.
Boa
leitura e boa diversão, amigos leitores! Vida Longa ao Torneio Xeque Mate do Alcino,
idealizado pelo superpoetatleta-medalha de ouro Genaldo da Silva Lial, e ao Luz,
Câmera...Alcino!
Luz, Câmera... Alcino! apresenta: Mulher-Maravilha No
Xadrez da Guerra e do Amor: A origem da Justiça e do Super Xeque Mate
Roteiro e Direção:
Professor Carlos Brunno Silva Barbosa
[O roteiro contém poemas de Kaylanne Pimentel (monólogo
em versos do Superman), de Thaynara Silveira e de Nathacha Felippe Correa
(monólogo em versos de Ares) e fragmento de canção de Valdivino A. Almeida (coro
final)]
CoDireção / Revisão de posicionamento e roteiro:
Isabela Correa
Cenário:
Professor Genaldo da Silva Lial (Educação Física)
Figurino:
Professora Neiva (Artes), Professora Aline Camacho, Jaqueline
Santos da Silva, Simone Cruz, Diretora Paloma de Souza, Orientadoras Pedagógicas
Flávia Araújo e Vanessa Sátiro, Shayane Silva, Isabela Murta, Leticia Siqueira, Byanca Lima, Maria
Emilia de Oliveira, Professor Carlos Brunno, Professor Genaldo Lial
Personagens/ Elenco:
GENERAL LUDENDORFF (rei negro): Tamara Pinheiro
DOUTORA VENENO (rainha negra): Laryssa Fernandes
HITLER [turno da manhã] (torre negra) / Superman [turno
da tarde] (comentarista): Hevelyn Carneiro
CAPANGA DO CORINGA (peão negro): Tatiane de Jesus
AMAZONA (cavalo branco): Lidiane Silva
CORINGA (bispo negro): Professor Carlos Brunno
ARLEQUINA (bispo negro / bispo branco): Byanca Lima
STEVE TREVOR (rei branco): Carlos Emanuel Fernandes
MULHER MARAVILHA (rainha branca): Samira Ferreira
HIPÓLITA: Liz
ANTÍOPE: Maria Emilia Oliveira
ARES (jogador de xadrez das peças negras): Isabela
Murta
AFRODITE (jogadora de xadrez das peças brancas): Livia
de Jesus
LOIS LANE
(reporter): Shayane Silva
SUPERMAN [turno da manhã] (comentarista): Brenda
Pimentel
No cenário, há um
palco tabuleiro com as seguintes peças-personagens: do lado negro, o GENERAL LUDENDORFF
é o rei, DOUTORA VENENO a rainha, HITLER uma torre, CORINGA E ARLEQUINA os
bispos, CAPANGA DO CORINGA 3 o peão na frente do caminho do bispo Coringa. Do
lado branco, STEVE TREVOR é o rei, MULHER MARAVILHA a rainha, HIPÓLITA e
ANTÍOPE as torres, AMAZONA um dos cavalos, À frente do palco tabuleiro, há uma
mesa, com um tabuleiro de xadrez montado como no palco tabuleiro. Entram para
jogar: do lado negro, ARES, deus da guerra, e do lado branco, AFRODITE, deusa
do amor. Ambos estão sentados frente a frente à mesa com o tabuleiro de xadrez.
LOIS LANE está posicionada em frente à mesa, na parte central, de frente para o
público. Ao seu lado, estão Superman (à direita) e Batman (à esquerda).
LOIS
LANE: Aqui quem fala é a repórter Lois
Lane, diretamente do Monte Olimpo da Escola Municipal Alcino Francisco da
Silva. Hoje o destino da humanidade está em jogo numa partida de xadrez. De um
lado, Ares, o deus da guerra. Do outro, Afrodite, a deusa do amor. Quem ganhará
essa importante competição e comandará o destino da Terra? Os
supercomentaristas Superman e Batman fazem a análise. O que pensa sobre essa
partida decisiva, oh, superpoderoso, supermaravilhoso, superquerido,
super-tudo-de-bom Superman?
SUPERMAN:
É uma partida equilibrada, querida Lois.
Ambos possuem uma forte torcida, jogadas poderosas e técnicas semelhantes,
apesar de opostas. Admiro muito a rainha escolhida pela deusa Afrodite, a
Mulher Maravilha.(LOIS LANE puxa-lhe
os cabelos com ciúme. SUPERMAN continua, meio sem graça)É... bem... O resultado é imprevisível, mas
estou otimista, nobres terráqueos.
LOIS
LANE: E você, Batman? Qual é sua visão
desse terrível jogo?
BATMAN:
Ao contrário do meu supercolega, eu
sempre espero o pior, Lois! Desde que perdi meus pais, sei o quão nefasta e
tenebrosa é a humanidade. Ambos são deuses, o xadrez é um jogo de estratégia –
até penso que Atena seria melhor jogadora que Afrodite por ser a deusa da
sabedoria. Lembro a vocês que Ares é ardiloso e extremamente perigoso. Mas se
você, telespectador, torce pra esse crápula, já vou avisando: eu vou caçar você
onde estiver e fazê-lo sangrar!
SUPERMAN:
Calma, Bruce... quer dizer, Batman!
Cuidado com o coração!
FLASH
(aparece correndo): Vamos começar logo
com essa partida, gente! O público está com pressa!
LOIS
LANE: Os adversários já estão
posicionados. Antes de iniciarmos, só gostaria de lembrar que esse torneio
mundial é patrocinado pelas Empresas Star, Wayne e Lexcorp.(Nessa hora, LEX LUTHOR aparece e abraça de
forma fingida BATMAN E SUPERMAN , que tentam sair do abraço. Os dois se mostram
desconfortáveis e saem antes de LEX LUTHOR. LEX LUTHOR sai em seguida, mas,
antes, dá um tapa amigável em ARES e rouba uma torre [ANTÍOPE, que sai do
tabuleiro e dá os braços para LEX LUTHOR] de AFRODITE).
AFRODITE:
Eu sei o que você fez, sei que roubou
minha peça, Lex Luthor, mas não deixarei
o mal vencer!
LEX
LUTHOR sai sorrindo, com a peça na mão,
levando ANTÍOPE e, irônico, dá tchaulzinho: “Tchaul,
querida!”
ARES:
Nem começamos e já perdes uma das poucas
peças que tens, Afrodite! Tens certeza de que não preferes desistir e deixar que
eu, deus da guerra, domine a Terra e acabe com toda essa humanidade mesquinha?
AFRODITE
(sempre sorrindo): Ah, meu querido, sei
que os homens preferem a guerra, mas o amor há de vencer. Sou a deusa do amor e
sei que, apesar de toda crise, o amor há de vencer!
(Após falar isso,
ela move AMAZONA, que faz um movimento em L no palco tabuleiro e manda um beijo
para o CAPANGA DO CORINGA (em frente ao bispo), que cai apaixonado e sai do
tabuleiro gritando: “Estou apaixonado! O
amor me pegou! O amor me pegou! “ ARES soca a mesa e os personagens todos
aparentam ter balançado num terremoto.
STEVE
TREVOR: Nossa, esse jogo é muito
perigoso, Diana! Deixa que eu te protejo!
MULHER
MARAVILHA: Ora, Steve, preste atenção:
minha mãe Hipólita, rainha de Themyscira, me cedeu o posto de rainha pra eu te
proteger. Sou muito mais forte que você, querido. Deixe de bancar o machão e
aceite: como mulher e super-heroína sou muito mais capaz de proteger a nós
todos que você proteger a mim! Vocês, homens, já tentaram por séculos e
fracassaram. Agora é a vez de nós, mulheres e amazonas, sermos admitidas como
protagonistas da História, tentarmos e salvarmos a humanidade!
AFRODITE:
É sua vez, Ares!
ARES move o bispo
CORINGA. O CORINGA finge obedecer, mas sai do tabuleiro, retorna a sua peça para
o lugar inicial e retorna à sua posiçãor inicial.
ARES:
Coringa, seu bispo mortal desobediente!
Recolhe-te a sua mediocridade e obedeça os meus movimentos!
CORNGA:
Rá, rá, rá! O Todo poderoso coloca um
palhaço como bispo, pra ficar andando em diagonal pra lá e pra cá e pensa que
manda em moi.(observação para o ator: lê-se moá) Rá, rá, rá!(insano e irritado)Ninguém
manda no Coringa! Eu sou o caos, vim pra ser rei, rei do caos! Falando em rei...(empurra LUDENDORFF e toma seu lugar) Sai daqui, seu vilão fracote! Rá, rá, rá! (dirige-se para a DOUTORA VENENO) Gostou do seu novo rei? (DOUTORA VENENO lhe dá um tapa no braço). Ai! Tudo bem, ok, volto com o rei(coloca LUDENDORFF de volta ao posto de rei)Fica aqui igual um cãozinho obediente. (CORINGA volta a andar pelo centro do tabuleiro)
Rá, rá, rá! Sabe duma coisa? Cansei
desse jogo sem graça!(saca uma
pistola) Vou matar todo mundo que
está assistindo! Rá, rá, rá!
ARLEQUINA
(sai do seu lugar e abraça o Coringa, derrubando-lhe
a arma): É isso aí, pudinzinho! Por
isso que eu te amo! Você sabe tornar tudo divertido!
CORINGA
(desagarrando da Arlequina e
empurrando-a):Sai daqui, Arlequina,
sua grudenta maldita, está atrapalhando meu espetáculo!
MULHER
MARAVILHA (também sai do seu lugar e
desarma o Coringa): Não admito
relações abusivas!(fala para
Arlequina) Se o homem te agride,
denuncie, Arlequina! Nenhuma mulher deve se submeter à violência e grosseria de
homens palhaços como esse Coringa!
CORINGA
(meio sem jeito, com medo): Arlequina, amor da minha vida, somos dois,
vamos enfrentar essa super-megera!
ARLEQUINA:
Ah, pudinzinho, pensa que sou boba? Ela
é mais forte que nós dois! Eu vou é pro lado dela(abraça a MULHER MARAVILHA e vai pro lugar do bispo branco que estava
faltando no outro lado do tabuleiro)!
CORINGA
(ri, embaraçado): Rá, rá, rá! Que maravilha – eu, o palhaço
terrível, trocado por uma Mulher Maravilha. Ok, vocês venceram essa, mas
lembrem-se: quem ri por último é porque não entendeu a piada! Rá, rá, rá!
BATMAN
retorna:
Deixe esse palhaço comigo, Mulher Maravilha! Vai jogar durante muito
tempo em outro xadrez, Coringa!
CORINGA:
Ui, o Cavaleiro das Trevas ressurge! Rá,
rá, rá! O morceguinho guerreiro devia estar com Ares, mas está com Afrodite,
cheio de amor pra dar! Rá, rá, rá! Que piada mortal!
BATMAN arrasta o
Coringa. ARES irritado joga seus dois bispos pra fora do tabuleiro. AFRODITE
pega um bispo branco e coloca-o do seu lado do tabuleiro.
AFRODITE:
O amor está realinhando o jogo da
humanidade, Ares! Já perdeu o Coringa, o bispo insano, e eu ganhei a Arlequina,
a bispa doidinha! O amor traz a paz, transforma vilões em grandes heróis!
ARES:
Blasfêmia! A humanidade é doente, violenta e
autodestrutiva! Eu vencerei no final! Tenho a rainha mais perigosa, a Doutora
Veneno.(mexe com a rainha dele, a
Doutora Veneno fica numa posição afastada do rei e atira veneno na AMAZONA, retirando-a
do tabuleiro)
AFRODITE:
Observe melhor suas peças, Ares! Olhe
como a rainha Doutora Veneno olha para o rei Ludendorff. A Doutora Veneno, por mais
violenta que seja, só está do seu lado porque assim fica ao lado de seu grande
amor, o malvado Ludendorff. Mesmo a sua
peça mais maldosa e poderosa carrega um pouco de mim, um grande amor. (Afrodite posiciona a MULHER MARAVILHA)Xeque! Aposto que os outros se sacrificarão
por Ludendorff, mas não será um ato de guerra, e sim um ato de amor.
HITLER
(irritado): Ei, vocês, suas deuses babacas! É por isso que o guerra está ruindo! Eu
é o melhor pessoa pra ser rei. Comigo, Ares será forte!
ARES pega a torre HITLER
e joga-a fora do tabuleiro. HITLER sai do tabuleiro.
AFRODITE
(surpresa): Jogaste fora a torre HITLER!
Está se sensibilizando, querido Ares?
ARES:
Sou o Deus da Guerra e não o demônio da
guerra. Mesmo ansioso pela vitória, tenho princípios, Afrodite! Não posso
deixar crescer na humanidade novamente o totalitarismo, o fascismo e o nazismo!
Tenho vergonha de já ter tido peças tão medonhas como essas do meu lado! Quem
dera se a humanidade imbecil também os esquecesse e os rejeitasse!
MULHER
MARAVILHA: Dê-me a força suprema do
amor, Afrodite!(AFRODITE beija a
peça que representa a rainha branca. MULHER MARAVILHA cruza seus braceletes e,
nesse momento, as peças negras todas caem e saem do tabuleiro. ARES também cai,
derrubando suas peças. Os personagens peças negras se levantam e saem
abraçados. As peças brancas também se abraçam).
HIPÓLITA
(com orgulho): Essa é a minha filha querida! Orgulho da mamãe!
STEVE
TREVOR (abraça a Mulher Maravilha): Uau! Que maravilha, Diana! Não tô
acreditando! Você nos levou à vitória! (os
dois estão quase beijando...
...mas ARLEQUINA
entra no meio e se agarra aos dois:É,
vamos comemorar, meus pudinzinhos! Nossa, Mulher Maravilha, você tem bom gosto!
Esse Steve é pudinzão! Divide comigo?(MULHER
MARAVILHA e STEVE TREVOR colocam a mão no rosto, rindo, mas meio sem graça)
SUPERMAN
(retorna):
“Na guerra
ou na paz,
Mulher Maravilha
é sempre demais.
(...)
Nos dias de luta,
nos dias de glória,
Mulher Maravilha
Sempre traz a
vitória.”
LOIS
(brava): Já está arrastando a capa pra
cima da Diana de novo, né, Superman?
FLASH
(aparece correndo):Vou te
salvar, Super! Vamos sair rapidinho de fininho, camarada!(arrasta o Superman)
AFRODITE:
Super Xeque Mate, Ares! Admite: o amor
venceu!
ARES
(se levantando): Não! Eu estava tão perto! Maldita Mulher Maravilha! Malditas mulheres!
Foste traiçoeira, AFRODITE!
AFRODITE
(coloca a mão no peito de Ares de forma
carinhosa): Por que carregas tanta
guerra no coração, querido Ares? O amor não quer o mal, não sente inveja ou se
envaidece. Pensa bem: se fosses campeão,
tudo seria destruído. E de que adiantaria seres um deus sem ninguém pra te
adorar? Morrerias também. Sente meu toque de amor, Ares, ex-deus da guerra?
ARES:
Sim! Eu sinto teu amor, Afrodite! E...
e... confesso que te amo! (abraça
AFRODITE e se direciona ao público)
“Eu, Ares,
aterrorizador de donzelas,
Grande Deus da
Guerra,
Brinco com as pessoas da Terra,
Induzindo-as à
guerra,
Como pude ser tão
fraco
E contra meus
princípios
Ter me apaixonado.
Até mesmo eu
Que me achava
invencível
Acabei caindo.
Fui pego de
surpresa
Caí nos encantos
Da deusa do amor
E saí perdendo.”
(ARES abraça
novamente AFRODITE)
AFRODITE
(para o público. Todos os personagens
retornam abraçados uns aos outros):É isso aí, bravos jogadores, joguem sempre
com amor, protejam o amor como as peças de xadrez protegem o rei e, na vitória
ou na derrota, sempre hão de vencer!
TODOS:
“Vamos jogar xadrez
Vamos jogar xadrez
Nós todos já
aprendemos
Agora é sua vez
Luz, Câmera...Alcino!
– Xeque-mate!”
SUPER-FIM
Vídeo da apresentação do Luz, Câmera...Alcino! nas aberturas do VII Torneio Xeque Mate da Escola Alcino
Quarta-feira,
25 de outubro de 2017, dia do Torneio Xeque Mate da Escola Alcino - Quase um ano depois de sua última
apresentação, o super-grupo teatral escolar "Luz, Câmera...Alcino!"
retorna com o super-esquete "Mulher-Maravilha no Xadrez da Guerra e do Amor:
A origem da Justiça e do Super Xeque Mate"", apresentada nas
aberturas da manhã e da tarde do Torneio Xeque Mate da Escola Alcino, evento
idealizado e organizado pelo professor-poetatleta Genaldo Lial da Silva e
realizado na Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, na região de
Teresópolis/RJ.
O
roteiro (que contém poemas de Kaylanne Pimentel, de Thaynara Medeiros e de
Nathacha felipe Corrêa) e direção da peça foi do professor-poeta-pateta Carlos
Brunno Silva Barbosa, co-direção de Isabela Corrêa e contou com as
super-atuações de Livia de Jesus (Afrodite, a Deusa do Amor), Isabela Murta
(Ares, Deus da Guerra), Shayane Silva (Lois Lane), Brenda (superman, na
apresentação da manhã), Livia Portela (Batman), Karolayne Gomes (Flash),
Isabela Corrêa (Lex Luthor), Maria Emilia Oliveira (amazona Antíope), Tatiane
de Jesus (Capanga do Coringa), Carlos Brunno (Coringa), Byanca Lima
(Arlequina), Samira Ferreira (Mulher Maravilha), Carlos Emanuel Fernandes
(Steve Trevor), Laryssa Fernandes (Doutora Veneno), Tamara Pinheiro
(Ludendorf), Hevelyn (Hitler, na apresentação da manhã, e Superman, na da
tarde), Liz (Hipólita, mãe de Diana/Mulher Maravilha). O cenário foi preparado
pelo professor poetatleta Genaldo da Silva Lial e o figurino foi elaborado a
partir de contribuições coletivas, que incluem a Equipe Diretiva (Flavia
Araújo, Simone Cruz, Jaqueline e a diretora Paloma), professores e os próprios
artistalunos da peça.
As
filmagens das apresentações foram realizadas pela cineastartistaluna Poliana
Reis (apresentação da manhã) e Cineasta-Professoramiga Marcia Medeiros
(apresentação da tarde).
A
apresentação marca o retorno do Luz, Câmera...Alcino! e é uma homenagem ao
Torneio Xeque Mate, realizado todo ano na Escola Alcino e aos personagens
consagrados nos quadrinhos, no cinema e
no inconsciente nerd coletivo pela DC Comics.
Vídeo do Superdocumentário sobre o VII Torneio Xeque Mate da Escola Alcino
Escola
Municipal Alcino Francisco da Silva, região rural de Teresópolis/RJ, 25 de
outubro de 2017 - Artistalunos e Repórteres-Alunos da E.M.A.F.S. se reuniram e
realizaram, de improviso e com visões absolutamente geniais, divertidas e
originais (o professor Carlos Brunno e a escola só cederam as câmeras - o
recorte jornalístico foi todo elaborado e roteirizado pela equipe de
repórteres-alunos e câmeras-alunos), o registro jornalístico/documentário do
VII Torneio Xeque Mate da Escola Alcino, importante e tradicional evento anual
da E.M.A.F.S. , idealizado pelo Professor-Poetatleta-Medalha-de-Ouro Genaldo
Lial da Silva (que fez aniversário no mesmo dia em que o famoso evento foi
realizado na escola).
O
documentário contou com a participação especial de artistalunos do elenco da
apresentação teatral do Luz, Câmera...Alcino! na abertura do torneio, do
ator-repórter-escritor Jackson Carvalho dos Santos, do câmera-man-comentarista Alessandro
"Popó", das atrizes-repórteres Isabela Murta e Maria Emilia de
Oliveira, do ator-câmera-man Carlos Emanuel Fernandes "Steve Trevor"
[faltou o nome dele nos créditos do vídeo], das câmeras-girls-escritoratrizes
Tamara Pinheiro, Tatiane de Jesus e Laryssa Fernandes. A edição tosca foi feita por mim, Professor
Carlos Brunno Silva Barbosa (deixei mais ou menos como as gravações estavam até
pra manter a espontaneidade do roteiro elaborado pelos
cine-documentaristas-alunos e até queria caprichar mais, mas minha habilidade técnica
com edições de vídeos é bem primária).
Foram
entrevistados alunos, ex-alunos participantes do torneio, professores (é o
terceiro ano que realizamos o documentário do torneio e é a primeira vez que
conseguimos entrevistas exclusivas com o idealizador do projeto, Genaldo Lial -
e duas vezes {!} [de manhã e à tarde]) e a diretorativista pedagógica-cultural
Paloma de Souza.
Era meu dia de folga, mas não perderia aquele momento com brilhantes
poetalunos da escola onde leciono por nada! Na tarde de sexta-feira, dia
20/10/2017, Higor Leonardo Santos, Nathacha Felippe Corrêa e eu representamos a
Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, de Teresópolis/RJ, no V Festival
Intermunicipal de Poesias nas Escolas, cuja edição aconteceu na cidade de
Trajano de Moraes. Higor e Nathacha Corrêa (Nathacha Felippe) brilharam na
declamação de seus poemas e representaram liricamente e fodasticamente o
município de Teresópolis/RJ. Infelizmente não conquistamos os primeiros
lugares, mas brilhamos intensamente durante o evento! Alcino e Arte Dentro e
Fora da Escola Sempre!
Na postagem de hoje, trago os dois poemas classificados e o vídeo das
declamações dos fodásticos textos líricos realizadas pelos próprios geniais autores-poetalunos
. Boa leitura e diversão, amigos leitores!
Saudade que machuca
O coração se parte de pensar em ti
Só de imaginar que não estás aqui
Não entendo porque tiveste que partir
Sinto saudade do beijo, do abraço, do amor
Sinto saudade, pois contigo minha vida ainda tinha cor
Sinto saudade e agora também dor
Volta, pra eu poder sorrir
Volta, pra eu poder sonhar
Volta, pra eu te abraçar e nunca mais soltar
Volta pra ficar mais perto
Meu coração tá tão deserto
Vem pra eu te cuidar
E nunca mais te abandonar
Saudade que dói no peito
Não dá mais pra aguentar
Te espero, não demora
Pra te ver, já tá na hora!
Poema classificado na Modalidade I, de Higor Leonardo dos Santos
Fonseca, da Aceleração IV
Nosso paradoxo
Existe um paradoxo
Entre eu e você;
Coisa meio absurda
De se ver.
Nossos toques equivalem a choques,
Nossos beijos transmitem desejos,
Os olhares dividem maldades
E tudo está no seu devido lugar.
Somos como eletricidade,
Nossos polos apresentam adversidade,
Vivemos entre amor e brasas
Em constante velocidade.
Poema classificado na Modalidade II, de Nathacha Felippe Corrêa, do 9.º
Ano B