Hoje compartilho minhas solidões poéticas com a
divartistamigativista cultural (só o vitorioso currículo literário dela
encheria pelo menos duas postagens do blog fácil, fácil) aniversariante Janaina
da Cunha, que não vejo há algum tempo, mas que sempre foi uma super-parceira
lírica. Seus livros de poemas “Entrega – A essência de uma mulher” e “Versos
soltos” têm lugar cativo na minha estante de autores favoritos. Sua poesia é
intensa e capaz de sublimar as palavras e fatos mais simples – seus poemas são
daqueles que você lê com os olhos sedentos, aplaudindo de pé.
Posto hoje um poema de Janaina da Cunha, do livro “Versos
soltos” (yeah, eu tenho um exemplar que adquiri logo no lançamento!) que a
própria autora há poucos dias compartilhou e relembrou numa postagem do
facebook.
Vale a pena ler, reler, vibrar e curtir essa
essência de mulher, diva, mais que fodástica poetamiga, rainha da liberdade
lírica, dos versos soltos, do que há de mais sublime na poesia, amigos
leitores!
Com quantos paus se constrói uma canoa?
Com quantas despedidas se faz uma saudade?
Afundei meus pés na areia,
mas o vento escondeu as pegadas.
Peguei carona nas nuvens
e te vi brincando de brincar no chão.
Continuo voando,
mas te carrego no coração.
Viajo na lembrança do seu olhar
e saio sem sair do lugar.
Me perco nos seus desejos, medos, anseios...
Não sei o porquê.
Não sei entender... sei lá.
Com quantos sonhos se sonha uma realidade?
Com quantas realidades se pode sonhar?
Quando você foi embora eu fui também.
Você foi para a direita e eu virei à esquerda.
Deixei a porta de casa aberta
e um copo d'água em cima da mesa.
Quem sabe sua sede faz sua ausência voltar?
Descansei meu retrato no sofá
só para lembrar o que sua cegueira
jogou fora.
O mundo adora dar voltas.
A dor que um dia foi minha
agora é sua, toda sua.
Divirta-se!
Afundei de novo meus pés na areia
e o vento apagou totalmente as pegadas.
Janaína da Cunha
(Do livro: Versos Soltos)
Amigo Poeta, querido irmão de Letras e Sonhos, Parceiro de tantas viagens líricas musicais. Quantas vezes compartilhamos o mesmo palco e quantas vezes demos juntos voz as vozes reprimidas e carentes daquilo que a Poesia pode dar?
ResponderExcluirGratidão pela lembrança e pelo carinho. Não importa a distância física ou o silêncio, estamos sempre juntos.
Em breve boas e grandes novidades.
Ahhhh... E prepare nossos Amigos e Irmãos Valencianos... Tenho uma surpresa!!
Mas, já posso te revelar. Não aqui perante todos. Sei que você, Ju e Patty guardam segredos, né??
Então... Preparem-se!!
Hehehe...