terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Quando uma tragédia une 3 poetas: Força, Chape, de Alessandro Moura, Matheus Quintieri e Emerson dos Santos

Quando me propus a fazer um blog cujo título possui como primeira palavra “Diários”, sempre busquei trazer aqui os relatos líricos e experiências dos meus eus líricos e dos eus líricos de outros artistamigos diante da realidade cotidiana, o poético viver o tempo “quando” de Vinicius de Moraes diante de um dia a dia estranho e que sempre parece nos negar o viver poético. Com a triste notícia da trágica morto de grande parte do elenco dos aguerridos jogadores da vitoriosa Chapecoense, o blog respeitou minutos de silêncio e luto, mas jamais deixaria de registrar esse dramático momento, afinal a morte de todo ser humano é sentida por todos nós, afeta o nosso cotidiano, pois pertencemos à mesma humanidade – a sensação de desconhecidas ausências se torna nossa conhecida quando nos deparamos com tragédia como essa.
Nesta foto, Alessandro Moura (à frente)
e Matheus Quintieri.
Na foto abaixo, Emerson dos Santos
Hoje o blog traz um poema escrito a três em homenagem ao fodástico time da Chapecoense – a simples, bela e singela elegia partiu do poetamigo Alessandro Moura, ex-poetaluno da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, da região rural de Teresópolis/RJ, que visitou sua ex-escola para participar do tradicional Sarau Professora Rosa Amélia, que realizamos todos os anos, reunindo artistalunos e ex-artistalunos. Inspirado pelo momento do sarau, Alessandro Moura aproveitou um intervalo, juntou-se com Emerson Santos e Matheus Quintieri e, unidos, eles construíram o belo, solidário e singelo poema abaixo, em homenagem a Chapecoense (eles também declamaram a especial elegia no Sarau, logo após o fim do intervalo – em breve, sairá o vídeo registrando esse e outros momentos mais-que-fodásticos do Sarau Professora Rosa Amélia deste ano).
Que os três poetamigos e poetalunos jamais abandonem esse fodástico lirismo que tanto ilumina o nosso cotidiano, que a Chapecoense, novo time de coração de todo brasileiro, siga sua trajetória internacionalmente vitoriosa e que jamais percamos, amigos leitores, essa poética capacidade de nos envolvermos com os outros seres humanos e compartilharmos dentro e fora de nós as alegrias e amarguras de toda humanidade.

Chapecoense, apenas um time?
Não, uma família
Não tinha só atletas, mas sim irmãos,
Uma família de sonhadores
Que tragicamente se foram.
Não só se foram
Nos deixaram uma lição:
Futebol não é só briga e confusão,
Mas sim amor e compaixão,
Unindo todos em uma só nação!

#força_chape

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