O poema que compartilho hoje já foi declamado pelas 3 poetalunas na Edição Especial do Sarau Professora Rosa Amélia da tarde em 2013 |
O poema que compartilho hoje foi escrito em 2013 a quatro
mãos (por três mais-que-fodásticas escritoraluna – Cassiane Silva, Aninha Costa
e Vitória Silva - que estavam no sexto ano - e atualmente completam o nono ano –
passando pela revisão do poetamigo-blogueiro que vos fala) e deveria ter sido
postado no Dia da Consciência Negra, devido a sua temática, mas como sou
bastante enrolado, só agora vai pro blog.
O mais-que-fodástico poema em homenagem ao heroico personagem
histórico Zumbi foi escrito a partir da perspectiva de uma possível dona de
escravos que se apaixonara pelo ar rebelde do rei africano escravizado, futuro
fugitivo e líder do Quilombo de Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência
negra na época da escravidão. O mais legal do poema é que ele foge do lugar
comum quando se trata de poemas sobre escravidão e apresenta uma fantástica
inversão de valores: a dona de escravos é escravizada pela força do porte
orgulhoso e resistente do apenas aparentemente escravizado Zumbi.
Em tempo: Cassiane Silva já confirmou presença no Sarau
Professora Rosa Amélia 2016, que acontecerá na manhã da próxima segunda-feira,
dia 05 de dezembro, na Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, na região rural de Teresópolis/RJ, e garantiu
que interpretará o mais-que-fodástico poema do qual ela é coautora.
Boa leitura, amigos leitores! Arte e Consciência Sempre!
O meu negro amor
Escravo te fiz,
Hoje eu é que sou infeliz.
Como eu quis, como eu quis
Impedir você de ser feliz.
Agora escrava sou eu,
Sofrendo tudo que você sofreu.
Ontem eu te pisei,
Hoje você é o rei.
Zumbi, meu negro amor,
Hoje eu sinto a tua dor.
Cassiane Silva, Ana Caroline Costa e Vitória Silva, com participação
especial: Carlos Brunno.
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