Hoje é o Dia Internacional da Mulher no universo real. Aqui
no blog, na arte dos Diários de Solidões Coletivas, todo dia é Dia
Internacional da Mulher, seja com as escritoramigas que compartilham comigo
suas solidões coletivas, seja com as leitoramigas, comentaristas ou não
comentaristas, que doam seu tempo e seus olhos a essa página lírico-virtual e a
tornam parte do universo lírico-real, seja com os eus líricos femininos que
todo artista carrega (artista que é macho tem que admitir seu lado feminino!), seja
como for, sempre houve e sempre haverá uma mulher em cada poema, em cada
escrito, em cada pintura, em cada olhar.
E, pra brindar esse dia especial, compartilho minhas
solidões poéticas com a fodástica poetamiga valenciana Luana Cavalera, uma das
maiores defensoras da volta do Sarau Solidões Coletivas (em breve, breve,
artistamiga!), rainha da poética underground (reinado que divide com a
poetamiga Karina Silva) e uma das escritoras que mais evoluiu e transcendeu sua
artitude (arte + atitude) a cada sarau que fizemos.
Que tal darmos um passeio pelo sublime sótão poético da fodástica
poetamiga Luana Cavalera neste Dia Internacional da Mulher?
No sótão (ou No sotton)
Tentando se esconder, se anular dos olhos críticos
Leva sua bebida, cigarros e um livro.
Olha da janela... os erros repetidos lá fora
O céu poluído, a cidade suja, pessoas respirando mentiras
Olhe pra você: o que você vê?
Você é só uma garota diferente.
O que tem seu tênis sujo, seu jeans rasgado?
Se preocupe com seus olhos cansados e pesados...
Como se uma tempestade fosse chegar
Entre as coisas esquecidas no sótão, você é só mais uma.
Acredite que pode ser melhor.
Reabra as cortinas sem medo.
Ninguém tem poder sobre você,
Ninguém pode lhee dizer como viver,
Por que deixar de ser você? Pare de se esconder
Desça!
E comece a ser o que eles não são
Desça degrau por degrau,
sem medo, sem culpa por não ser igual!
Um poema de libertação!!!Para sairmos do sótão de nossos receios!!!!
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