Um dos fatos que, apesar das postagens espaçadas, me faz
insistir no blog é a mais-que´fodástica interação entre escritores que esse
espaço virtual coletivo me proporciona. Há algum tempo, tive o prazer imensurável
de receber do poetamigo e também blogueiro Victor Martins (ele possui um blog
fodástico de poemas chamado “Desaba Devaneios” – segue o link: http://desabadevaneios.blogspot.com.br/), inspirado em meu
poema “Elegia 2014” ,
publicado recentemente aqui no blog. “Saiu simples e direto! Tanto que, quando
li o teu post e tua elegia,saiu espontâneo...e a poesia tem que ser assim: natural!”,
afirmou o fodástico escritor paulista Victor Martins, após me enviar o seu
mais-que-fodástico poema pela caixa de mensagens do facebook.
É claro que eu não poderia deixar de publicar para os amigos
leitores essa obra-prima de Victor Martins. Por isso, hoje tenho a honra de
dividir minhas solidões poéticas com esse formidável poetamigo que traduziu, de
forma e lirismo fascinante, a nossa insistência e resistência em continuar
escrevendo poemas, buscando palavras, desabando em devaneios, apesar de todos
os pesares que o mundo nos traz, o eu lírico de Victor Martins nos lembra de
que é preciso continuar fazendo arte, independente dos obstáculos.
Que a poesia permaneça inabalável e maravilhosa em nosso
universo, como nos mais-que-fodásticos escritos líricos de Victor Martins. Enfrentemos
a dura realidade com arte, amigos leitores, nunca nos esqueçamos da saudação:
Arte Sempre!!!
.
Escravo da Palavra
Sou escravo da palavra
ainda que minhas preces estejam escassas
e minhas estruturas abaladas
ainda assim serei escravo da palavra
Ainda que o monstro da rotina
me atormente nas estradas
afundando minha nuca no travesseiro
serei o poço fundo da esperança
Ainda que a noite caia no mundo
inundando meu corpo na escuridão
sem mostrar piedade divina
terei ainda a luz da sala ligada
Ainda que o campo minado me atormente
com seus pequenos espaços de sobra
num caminho tortuoso de correntes
segurarei firme o meu lápis e meu caderno
Ainda que a sociedade esteja caída
perdida como formigas sem um percurso
no firme circulo do desespero
ainda assim serei escravo da palavra!
Victor,
ResponderExcluirEu creio que todos sempre seremos escravos da palavra. Ela pode nos libertar como tambem nos condenar.
Bjs