sexta-feira, 16 de outubro de 2020

As ilusões dos anzóis, as noites e os caminhos, às vezes, sem rumos, mas só possível com amor: Pelas musas e por vocês, amigos leitores, as solidões líricas compartilhadas de Renato Galvão

Esta semana que vai chegando ao fim é um período que traz datas importantíssimas; foi nela, por exemplo, que, em 12 de outubro, comemoramos, além do Dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, e do Dia das crianças, também saudamos o Dia do Mar e o Dia Nacional da Leitura (sim, precisamos, com milhares de datas, lembrar muito desta prática pouco exercida – ou exercida preguiçosa e descuidadamente - pela maioria da população brasileira). Além de muitas outras datas comemorativas desta semana, o blog, na seção Solidões Compartilhadas, institui o Dia do Mais Que Fodástico Multiartistamigo Renato Galvão, Artista Plástico, Escritor e Poeta na empresa Ateliê Ren-Artes, além de idealizador do Jornal Alecrim (segue o link deste formidável site: https://www.jornalalecrim.com/ ) e nosso artistamigo aniversariante do dia 15 de outubro (sim, ele teve a proeza lírica de nascer no comemorativo e super louvável Dia dos Professores). Como podem já perceber, hoje, compartilho minhas solidões coletivas neste espaço lírico-virtual com o grande mestre multiartistamigo Renato Galvão, autor de quatro de livros de poesia e de milhões contribuições poéticas nas artes plásticas (ele próprio confessa que a arte plástica lhe veio quando começou “a escrever um livro sobre ficção e realidade...”).
O próprio Renato Galvão humildemente se define: “Sou o que se pode chamar de escritor amador. Um homem que gosta de juntar letras, formar palavras e construir textos que tentam traduzir gestos, olhares, sorrisos. Simplesmente traduzo sentimentos”. Sobre seus temas, o autor comenta: “Escrevo para pessoas, sobre pessoas, suas palavras e frases, suas lágrimas, seus sorrisos, suas alegrias, suas paixões, seus sofreres, suas felicidades, suas nostalgias. Enfim, seus sentimentos. Também escrevo sobre situações e ações do nosso dia a dia, protestos e desigualdades sociais, contos e outros gêneros. A grande maioria dos textos que escrevo são frutos da observação da vida humana. Costumo também retratar e até homenagear pessoas que sequer me conhecem, que não fazem a menor ideia de minha existência e que figuram ou são a razão de minhas palavras. Naturalmente aos amigos(as), parentes e tantos outros se incluem nesta procura por palavras observando o ser humano. Escrevo também sobre os meus sentimentos e os externos através de poesias...”
Foi o mais que fodástico multiartistamigo Renato Galvão quem comemorou, ontem, mais um aniversário de infinidade lírica (como ele próprio diz, “Continuo fazendo arte e não devo parar nunca mais...”), mas quem ganha as oferendas líricas são vocês, amigos leitores! Naveguemos nos universos líricos que a arte do mais que fodástico multiartistamigo Renato Galvão nos traz! 

Série Lua Drágna - Tela n.º 13


Ilusão do anzol 


Quem irá se perder,
Praticando o medo de uma nova relação
Ou distanciando-se de um nobre coração?

Quem irá se perder,
Pela própria culpa ou
Por trocar a coragem pela dúvida?

Quem irá se perder,
Por não se permitir uma nova chance
Ou por encarar tudo como revanche?

Você está me perdendo, 
Não para uma nova relação
Ou para outro coração.

Você está me perdendo
Para suas cansadas desculpas
Ou por não admirar a lua.

O tempo escurecerá,
Quando a ilusão do anzol passar,
Quando o fim chegar.

Aqui também escurecerá,
Mas sem ilusão ou anzol.
Encontrarei o caminho de volta ao sol...



Não há caminhos que se possa trilhar 

Não há caminhos que não se possa trilhar.
Não há rainhas ou reis de gelo, de ouro ou prata
Que o amor possa enclausurar.

Nem sábios ou ignorantes,
Nem poderosos ou humilhantes
Que possa o amor descartar.

Foi por amor que viemos,
Foi por amor que Michael de Nebadon
Surpreendeu os universos com seu dom.

Foi por amor que recebemos
A dádiva do Criador.
Foi por amor que o Criador Michael nos enviou.

Foi por amor que o mais
Humilde dos humanos
Ousou despertar o amor nos estranhos.

Foi por amor que tudo se fez luz.
Foi por amor que nos perdoou.
Foi por amor que, nossas vidas, transformou.

Não há caminhos que não se possa trilhar.
Não há amor que se possa desprezar.
Não há amor que se possa ignorar.

Sem amor só haverá escuridão.
Sem amor não se praticará o perdão.
Sem amor somos servos da solidão.

Sem amor não haverá luz,
Sem amor não se pode brilhar.
Sem amor não haverá caminhos que se possa trilhar...



Série Lua Drágna - Tela n.º 14


Noites

Pelas noites a procuro em espaços errados.
É nas noites que descubro que estou abandonado.
São em noites escuras que sonho sonhos desesperados.
Pelas ruas não a encontro nem mesmo para um abraço.

Deito-me na cama do acaso,
Do direito de perder,
Mesmo que o desejo venha me dizer
Que você não quer fazer parte do meu viver.

As estrelas me visitam
E recolhem o brilho das lágrimas
Que iluminam o delírio de um
Coração apaixonado.

As lembranças se transformam em
Abismos de saudades.
E assim sigo esperando por milagres,
Castigado pela sua falta de coragem...


Por você... 

Por você
Dedicar-me-ia.
Perseguiria o impossível. 
Controlaria o impassível.

Por você
Desenharia seu infinito.
Seria um soldado lutando por sua paz.
Mudaria sua vida fugaz.

Por você
Transformar-me-ia num escudo.
Tiraria você desse poço fundo.
Defender-lhe-ia de suas dores,
Curaria suas feridas. 
Dizimaria seus horrores.

Por você.
Eu seria você.
Mas... Se, somente se,
Você fizesse por me merecer...

Sem rumos

Quando vieste
Era puro encanto.
Quando partiste
Veio solidão ao meu encontro.

Quando eu disse: amo-te.
Meu mundo eu esqueci em instantes.
Quando saíste, trancaste as portas,
Esquecendo-me num canto.

Quando sorrias
Via-se a magia.
Quando vinhas
Era pura alegria.

Tua voz enchia de alegria a casa.
Hoje, não há mais nada.
Ficamos para trás na tua estrada.
Só restou o silêncio das frias madrugadas.

Agora não tenho teu sol.
Só me deixaste a chuva.
Os dias são escuros.
Vivo sem destino, sem rumos.

Esquecer-te meu coração não quer.
A saudade me deixa triste.
Amar-te é o que me mantem de pé
Sem ti, nem eu e nem a nossa casa existe.

Sonhar? Sim...
Foi o que me restou.
Com teu sorriso,
Tua alma
E teu amor...

Alguns livros de Renato Galvão

CurtaPoesia: 
Renato Galvão ao vivo
no Sarau em Cores,
organizado por Thay Lucas





4 comentários:

  1. Há uma grande e belíssima intertextualidade entre poemas, telas e sensibilidade. A arte de observar por si só seria grande. Mas a junção de outras faz com que a arte se sobressaia em várias vertentes. Parabéns ao artista e sua arte.

    Raquel Leal

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  2. Meu querido fodástico artistamigo (plagiei rs) com esse coração humanista apaixonado pelas letras, sensível e, acima de tudo,um grande escritor e poeta; me traz essa surpresa maravilhosa em plena semana de meu aniversário de vida. O que dizer? Sem palavras para agradecer este gesto sublime que a amizade nos faz viver. Gratidão pura por seu gesto e por essa reportagem sobre minha humilde vida artística. Obrigado, muito obrigado. Deus te abençoe!

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  3. Anestô Alves fazendo da vida uma arte e da poesia um show. Viva o poeta e salvem a poesia.16 de outubro de 2020 às 22:15

    Parabéns viva o poeta e salvem a poesia,Viva a cultura popular que brilha em qualquer lugar.

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  4. Parabéns. A arte em letras ou pincel, é benção para todos.

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