sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Meu pseudoépico psicodélico grunge quadrinístico incompleto: As aventuras do espetacular Chris Cornell Lee

Apresentando "As aventuras do espetacular
Chris Cornell Lee", acompanhado do violão lírico
musical de Gabriel Carvalho

Na edição do Sarau Solidões Coletivas de 12/01/2019, que aconteceu na Comuna da Quinta das Bicas, quintal da casa de Gilson Gabriel, no bairro Biquinha, em Valença/RJ, declamei, acompanhado do violão lírico musical do mais que fodástico artistamigo Gabriel Carvalho, meu poema inédito meio épico psicodélico grungre quadrinístico “As aventuras de Chris Cornell Lee”, em homenagem a Chris Cornell, Stan Lee, Belchior, Bowie e Luiz Melodia.
Material Quadrinístico Inspirador
Escrito às pressas, numa tentativa de cobrir toda a temática louca sugerida no mais recente Sarau Solidões Coletivas, meu objetivo era fazer um poema extenso, no molde épico punk popular pop HQ, mistura de história roteirizada por Stan Lee, com referências ao grunge de Chris Cornell, como um “Faroeste Caboclo” versão super-heroica Marvel, com um conjunto de 5 ‘Cantos’, mas, devido ao tempo escasso e persistente preguiça/cansaço existencial, o meu tosco poema pseudoépico grunge quadrinístico ficou incompleto, com apenas os 2 primeiros Cantos. Seja como for, fica aí a louca ideia e o início de uma fantasia/alucinação lírica HQmaníaca.

As aventuras do espetacular 
Chris Cornell Lee

Canto Primeiro
Das vidas, mortes, ressurreições e insurreições do Capitão Chris Cornell Lee

O espetacular Chris Cornell Lee
fora Capitão da brigada sem Pátria,
soldado heroico  da Antiguidade Clássica,
defendeu povos massacrados
por governantes e desgovernantes enfurecidos
que davam graças a deuses distantes do Olimpo
enquanto pisavam nos plebes mortais.
Cornell Lee amou Homeros e Safos,
Helenos e Helenas,
sem preconceitos, como seus iguais.
Resgatou e abraçou nativos e estrangeiros,
sobreviventes e refugiados
e hasteou, mesmo quando destroçado,
as bandeiras da esperança e da paz.
Por proteger pacificamente a Terra,
Capitão Cornell Lee pelos da guerra
foi condenado, trancado e enterrado
nas  geleiras da Censura e da Solidão.

Seu corpo sobreviveu às eras de tortura,
às guerras atômicas, às greves de fome
e à crescente incompreensão.
Na década de 1990, foi despertado
pela Ordem dos Humanos Cães Templários
que uivavam embriagados
em busca de um salvador pagão
que diminuísse o vazio em cada coração.
Chris Cornell Lee, agora Capitão do Som,
resgatou com arte a heroica essência,
roubando o pão das bocas da Decadência
para alimentar os famintos e fracos irmãos.
Residiu em jardins sonoros,
escolheu ser escravo da música,
mas foi assassinado, mais uma vez,
pelos surdos senhores da guerra.

Quando o mundo parecia completamente perdido,
o caixão de Capitão Chris Cornell foi atingido
por um cometa de poesia.
Novamente, nosso herói voltava à vida,
desta vez na pele de apenas um rapaz latino americano
humano demais para poderes meta humanos.
Deparou-se, assustado,
com um universo cada vez mais devastado
pelas hordas de Velhos Capitães Fascistas,
associados à Galeria da Vilania
da Recatada Hipocrisia
e da Endiabrada Sagrada Família
da Máfia Moral Armada.
Diante do triste cenário,
o Excelsior Cornell Lee, mesmo desarmado,
ofereceu resistência contra a velha inimiga Decadência.
Recebeu o apoio de um novo astro,
o herói iluminado, apesar de violentado,
chamado Halley Ceará,
e seguiu a dupla espetacular
pelas paralelas de Belchior,
cercanias de cordéis e rondós,
para alcançarem os aventureiros reinos
de Cony, Bowie e Melodia
em busca de artefatos de magia e poesia
afim de enfrentar e derrotar
os novos senhores da Velha Tirania.

Sigamos, leitores, destemidos e aflitos,
os passos heroicos e pacíficos
de Chris Cornell Lee, o verdadeiro e único capitão amigo,
e de seu novo parceiro, o gentil Halley Ceará.
Viajemos, velhos e novos leitores líricos,
pelo solidário infinito
que só o imaginário solitário coletivo
pode nos levar e nos salvar.

Canto Dois
Das memórias de Halley Ceará

Capitão Cornell Lee
é o novo velho herói que conheci
nas ruínas dos jardins sonoros
quando eu, sozinho e oprimido,
enfrentava os cães das trevas de Oroboros.
Recém ressuscitado e ainda enfraquecido,
Capitão Chris Cornell Lee permanecia destemido:
com a força de vontade de deuses legítimos e poetas,
chutou as cobras da Preconceituosa Reza
e expulsou com drummondianas pedras
os cães asseclas dos senhores da guerra.
Mesmo sem seus três populares poderes,
mostrou-se resistente guerreiro,
e atirou os inimigos no sol do buraco negro.
Agora sigo com novo velho amigo
pelas trilhas do Infinito,
nas paralelas de Belchior,
em busca das Joias do Amor Maior.
Venha com Capitão Chris Cornell Lee
e comigo, o gentil Halley Ceará,
pelas terras da Paixão e do Sonhar.


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