Há 2
dias atrás (10/05), a fodástica poetamiga teresopolitana Débora Branco fez
aniversário.
Conheci
seus poemas na época em que ela ainda era estudante na Escola Municipal Alcino
Francisco da Silva, em 2014. Eu ainda não lecionava Português na turma dela
(isso só aconteceria no ano seguinte), mas, por recomendação de vários
artistalunos, voltei minha atenção para sua poética e, assim, conheci um de
seus mais formidáveis poemas, “Vida”, já publicado aqui no blog (e relembrado
nesta postado junto de outros). Diante do fodástico poema, não resisti e, mesmo
Débora não sendo minha aluna, apadrinhei seu lirismo e enviei seu poema para
disputar a Categoria Juvenil do Concurso de Poesia da Alap (Academia de Letras
de Paranapuã) de 2014, no Rio de Janeiro/RJ. Não deu outra: o poema “Vida” de
Débora Branco foi laureado com Medalha de Ouro no certame literário daquele
ano!
Em
2015, Débora Branco esporadicamente me entregou uma série de poema, entre eles
- outro que destaco nesta postagem – o intrigante, emblemático “Viajante do
futuro”, cheio de referências literárias e reflexões filosóficas (marca
principal dos escritos poéticos da jovem escritora). Como uma “viajante do
futuro”, Débora sempre esteve liricamente à frente de seu tempo, com uma
poética madura e sublime. É sempre uma honra compartilhar minhas solidões
poéticas com essa fodástica e merecidamente premiada escritoramiga.
Fiquemos
com a vitoriosa “Vida” e as passadas viagens “do futuro” de Débora Branco,
amigos leitores!
Vida
Às
vezes penso em acreditar,
Mas
prefiro sonhar.
Às
vezes quero correr
Em vez
de caminhar.
Não
penso no distante futuro,
Apenas
no imediato amanhã;
Hoje
foi descoberto,
Hoje o
presente,
Amanhã
o mistério.
Mas a
vida nos surpreende
Em cada
minuto,
Enfim
somos
Apenas
marionetes do absurdo da vida.
(Poema
de Débora Branco, premiado com Medalha de Ouro, na Categoria Juvenil do XXV
Concurso de Poesia da ALAP [2014])
O viajante do futuro
Quem é
esse?
Um
viajante do futuro?
Quando
olhares para o futuro o que verás?
Tantas
perguntas e tão poucas respostas.
Não se
preocupe com as perguntas
E sim
com as respostas.
Mas que
mistério há nesse viajante...
Sabe
todos os segredos da vida,
Tantas
vividas e tão pouca sabedoria,
O mundo
gira, a tristeza fica
E uma
nação na solidão.
Não
desiste do impossível,
Não
deixe de descobri-lo.
O que é
a ilusão?
Uma
armadilha do destino
Ou a
última solução?
Esta é
a cicatriz que o tempo nos deixou.
Sabes
quem é o viajante do futuro?
O
próprio tempo que nos adiantou!
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