Yeah, amigos leitores, no dia 20 de outubro, comemorou-se o Dia do
Poeta e. é claro que, mesmo um tanto atrasado, o blog não poderia deixar de
citar e também comemorar essa data especial. Por isso, hoje compartilho minhas
solidões poéticas mais uma vez com o mais que fodástico poetatleta medalha de
ouro Genaldo Lial da Silva, de Mesquita/RJ. Professor querido de Educação
Física na Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, em Teresópolis/RJ, idealizador
e organizador do formidável Torneio Xeque Mate (cuja próxima edição ocorrerá
nesta quarta-feira, dia 25/10) e poeta experiente e premiado, superdedicado à
escrita lírica febril , Genaldo já escreveu vários metapoemas (ou seja, poemas
que falam sobre a arte de escrever poemas e/ou sobre elementos que cercam o
fazer poético) – fato que demonstra que o poeta chegou ao patamar mais altivo
de sua escalada poética: quando não só escreve, mas reflete na escrita sobre o
ato de escrever - e são 4 dessas obras primas da poética genaldiana que trago
aos amigos leitores hoje.
Vale a pena ler e reler cada verso extremamente rítmicos de Genaldo
Lial da Silva, amigos leitores! Viajemos com ele pelo universo maravilhoso do
fazer poético!
P.S: E não esqueçamos: Nesta quarta-feira, dia 25/10/2017, de manhã e à
tarde, na Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, acontecerá mais uma
edição do bem-sucedido Torneio Xeque Mate, com incríveis partidas de xadrez,
atrações artísticas sobre o tema e muita informação e lazer. Não percam!
P.S 2: E também não esqueçamos: o nosso blog "Diários de Solidöes
Coletivas" está entre os 10 concorrentes pra finalíssima do Prêmio Olho
Vivo 2017! E agora só depende de nós, amigos, a votação começou às 0h do dia 20/10
-é só clicar no link, fazer login pelo facebook e votar: http://www.olhovivoca.com.br/enquetes/174/conteudo-digital-em-qual-voce-vota-para-receber-o-premio-olho-vivo-2017/
P.S. 3: E também não esqueçamos
3: No sábado, dia 28 de outubro, das 15h às 17h, estarei organizando um sarau e
fazendo uma sessão de autógrafos de meus livros na Fundação Cultural CSN, em
Volta Redonda/RJ. O evento, batizado de "As Solidões Coletivas das Voltas
Redondas e dos Poetas de Aço" contará com as participações mais que
especiais dos superfodásticos artistamigos Rafael Clodomiro (ALira e as
Poerídicas), Albinno Oliveira Grecco (dos Versos Ferinos), Jean Carlos Gomes, a
super-divartistamiga Aline Reis, entre outros maravilhosos artistamigos. Espero
vocês nessa mais que fodástica festa lírica no sul do Estado!
Boa leitura e Arte Sempre, amigos leitores!
DO VEGETAL AO VERSO
O que faço?
Senão, aguardar
Inspiração para um traço
No papel rabiscar
Na brancura residual
De uma madeira morta
Deslizo a caneta afinal
No pulsar da aorta
À minha frente imensidão
De papel branco sem linha
À espera de uma criação
Que seja pura e minha
E o pequeno e reles mortal
Que a vós humilde escreve
Sobre a textura do vegetal
Espera que a alma se eleve
Com a alma então elevada
Deixarei aqui registrado
Para cada árvore cortada
Um verso deve ser dedicado
Se me permitirem ainda dizer
Que cada papel já teve vida
E morto se permite escrever
Sem cobrar uma contrapartida
Que nobre e ilustre vegetal
Que mesmo após sua morte
Registra em si verso imortal
Dos poetas do sul aos do norte.
VERSOS MEUS
Se ilustre poeta eu fosse
Não seria esforço grande
Destilar um verso doce
Quando a alma se expande
Traria com facilidade
Emoção guardada no peito
Exibindo grande veracidade
Simples versos sem defeitos
Concluiria assim dizendo
Não faço verso de academia
Mas meus poemas vou escrevendo
Como no início já fazia
E agora pouco mais experiente
Sinto a mesma emoção de outrora
Ao declamar algo pertinente
Que do meu coração aflora
ESSÊNCIA
De tudo aquilo o que sei
De nada, então, me valerá
Se ainda não encontrei
O que em minha alma haverá
Escrevendo a vós, nobres leitores,
Curvo-me à essência do ser ,
Dispo-me dos meus vis pudores,
Para nada de inútil escrever
Olhando o vazio do espaço
E ouvindo o silêncio, eu confirmo
Que não há conflito no que faço
Pois, na essência do ser, eu me afirmo.
Loucos Poetas
Será chegado o momento certo
Pra dizer algumas palavras poucas?
Chegar um tanto quanto mais perto
Daquelas pessoas chamadas loucas?
Loucas, porque não são compreendidas
Sábias no dizer o que têm dito
Suas rimas, por poucos, aplaudidas
Mas eu, no que escrevem, acredito.
Acredito que transcendem lá da alma
O que os corações duros não alcançam
E quem os lê logo se acalma
E até os ferozes se amansam.
Com sensibilidade e rara beleza
Transmitem o que as almas lhes mandam
Rabiscam qualquer papel sobre a mesa
E a nós, também loucos, encantam.
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