segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Quase Dois Anos Depois Reencontro as Saudades Eternas: Resgatando a Fodástica Elegia de Richarles Mello para Chorão

As solidões compartilhadas de hoje estão com quase dois anos de atraso, mas permanecem eternas pela qualidade do escrito, pela chama que guia os corações embalados pelas grandes canções. Tenho o privilégio de receber muitas contribuições poéticas de fodásticos artistalunos e ex-artistalunos, recém artistamigos, e, acreditem, guardo todos os originais enquanto posso e a torre de babel de papéis em minha casa permitem – mesmo quando os digito, me vejo admirando e protegendo os originais de poemas de poetalunos e ex-poetalunos que considero fodásticos demais pra simplesmente me desapegar das folhas originais; assim, vivo num universo caótico de escritos meus e dos outros com outros eus que admiro tanto quanto alguns dos meus eus. Um desses casos, que destaco na postagem de hoje, é a fodástica elegia, escrita pelo jovem e hipertalentoso artistamigo teresopolitano Richarles Mello em homenagem ao saudoso rockstar brasileiro Chorão, eterno compositor e líder da banda Charlie Brown Jr.
Richarles me entregou esse elogiado poema no segundo semestre de 2015, quando eu lecionava para a turma dele, na Escola Municipal Alcino Francisco da Silva,  e, devido ao corre corre do fim de ano, somado ao repentino falecimento de meu avô, acabei não digitando o poema na época e o emocionado escrito lírico ficou na caixa de Pandora de minhas caixas de arquivos em desordem.  Hoje, mesmo gripado e mais enfraquecido ainda pela poeira nos papéis antigos, resolvi, a pedido de Richarles, finalmente resgatar o poema dele do meu caos particular. Conforme o próprio escritor afirma, é um dos melhores poemas que ele escreveu – traz um ritmo contagiante e ao mesmo tempo melancólico bem ao estilo de algumas canções do Charlie Brown Jr. e é uma elegia emocionada a um ídolo – mais que um ídolo, uma nova espécie de amigo, mesmo que distante, “um irmão”, como o próprio poema afirma.
Agora paremos de tagarelar- o show lírico de solidões poéticas compartilhadas precisa continuar! - e deixemos o poema falar por si só. Boa leitura, amigos leitores, e Arte Sempre!

Saudades eternas
(Richarles Mello)

Ainda não acredito que você se foi...
Não conseguimos nos despedir e nem dizer um oi...
Para todos você foi mais que um amigo, um irmão.
Gostava de andar de skate e fazia tudo de coração.

Infelizmente você se foi, ainda não tô acreditando
Que aquele cara humilde partiu e me deixou chorando.
Aquelas suas frases lindas de amor...
Quando leio, restam lágrimas e dor.

Onde você estiver saiba que você está em meu coração;
Você foi um colega, amigo e um irmão
E o que resta hoje é solidão.
Sou muito grato a você. Valeu, Chorão!


“Esta é uma homenagem a Chorão e Champignon, que faleceram em 2013.” (Richarles Mello)


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