Essa é outra das postagens que eu estava devendo colocar no
blog há tempos. Em abril, a divartistamiga voltarredondense Carina Sandré me
convidou para participar da oitava edição de seu show “Lugar de Mulher é no
Vocal”, do qual apenas não estive presente na primeira edição (assisti,
fascinado, à segunda edição, e, sempre a convite de Carina Sandré – umas das
poucas artistas da região a reservar espaço a poetas em seus shows -,
participei declamando das demais edições). O evento aconteceu no Teatro Gacemss
II, na Vila Santa Cecilia, em Volta Redonda/RJ, no sábado, dia 22 de abril de
2017 (um dia após a festa lírica de comemoração de 5 anos do Sarau Solidões
Coletivas na Comuna da Quinta das Bicas (quintal da casa do Mestre-ativistartistamigo
valenciano Gilson Gabriel, na Biquinha, em Valença/RJ).
Como no repertório estava programada a música “Ainda é cedo”,
Carina Sandré me sugeriu que eu fizesse um tributo à famosa canção da banda
Legião Urbana. Aceitei o desafio e fiz uma subversão lírica com eu lírico
feminino, dando outra visão dos fatos cantados na letra da música original. O meu
poema-homenagem inédito pode ser lido e analisado pelos amigos leitores nessa
postagem, juntamente com o vídeo, gentilmente cedido pela divartistamiga Carina
Sandré, que registra a minha declamação do escrito citado e a emocionante
interpretação de Carina Sandré e banda para a icônica canção “Ainda é Cedo” da
eternamente querida e idolatrada banda Legião Urbana.
Vida Longa ao Sarau Solidões Coletivas e ao espetáculo “Lugar
de Mulher é no Vocal”, maravilhosamente idealizado por Carina Sandré! Venham
mais mil edições hiperfodásticas como as oito anteriores! Legião Urbana Omnia
Vincit, assim como o Sarau Solidões Coletivas e os fascinantes projetos
musicais da divartistamiga Carina Sandré! Espero que gostem, amigos leitores! Abração
e Arte Sempre!
Pro cedo dele eu não cedo
Carlos Brunno Silva Barbosa
(subvertendo a canção “Ainda é
cedo”, da banda Legião Urbana)
Um menino lhe contou
O que jamais eu confessei.
Lhe faltara exatidão,
Jamais fui títere de ninguém.
Ele sorria sempre insano,
Eu jamais retribuí,
Nunca fui sua donzela,
Eu não tava nem aí.
Mas o altruísmo me pegou
E eu quis lhe ajudar
Como ele jamais me ajudou
E fingi me apaixonar.
Ele sempre chegava de partida
E por isso eu lhe tratava assim também,
Mas nunca fui sua donzela,
Nunca ajoelhei aos seus améns.
E eu lhe servia meus olhos secos,
Secos, secos, secos, secos
Enquanto ele chovia os seus medos
Medos, medos, medos, medos
Sempre fingindo que era cedo
Cedo, cedo, cedo, cedo
E a tarde desmentia que era cedo...
Sei que ele inventou
Um adeus que eu não lhe dei
E o que ele lhe encobriu
É que eu só parti, eu me cansei
Ele narrou um novo enredo
Numa esfinge sem segredo, querendo comover,
Forjando um novo enigma
Que encubra o vazio que é despedir-se de alguém
Ele não admite que eu o deixei só para o vazio não crescer,
Não havia sentimento, não havia o que dizer!
Eu lhe servi um adeus seco,
Seco, seco, seco,
seco
E isso não sacia os seus medos,
Medos, medos, medos, medos,
Pras mentiras dele eu não cedo,
Cedo, cedo, cedo, cedo
Pras mentiras eu não cedo...
It was very useful for me. Keep sharing such ideas in the future as well. This was actually what I was looking for, and I am glad to came here! Thanks for sharing the such information with us.
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