No dia 31 de agosto, outro fodástico amigo teresopolitano – e,
algumas vezes, sublime artistamigo – fez aniversário: João Vitor da Silva Oliveira, ex-aluno
da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, para quem tive o privilégio de
lecionar Produção Textual e Português no ano de 2015. Apesar de sua dedicação e
boas notas, João Vitor nunca foi muito interessado em desenvolver sua veia
poética, até certo dia, no segundo semestre de 2015, quando me entregou um
fodástico poema de sua autoria – como não possuía título, batizei-o com o nome
da principal conjunção coordenativa adversativa “Mas”.
O poema me chamou muito a atenção e até me
surpreendeu pelo fato de, depois tantos pedidos durante os bimestre para que
ele escrevesse um poema, finalmente e repentinamente, de forma natural e sem
exigências (não havia nenhum trabalho proposto com poemas naquele momento), próximo
do fim do ano, João Vitor me entregava uma obra poética sua, de raro lirismo. Não
é um poema com estilo comum da adolescência, fase em que, quase sempre, ficamos
mais ensimesmados em nossas sensações e impressões; é uma arte madura, na qual
o eu lírico volta seu olhar ao(à) próximo(a) e às contradições das sensações do(a)
outro(a).
Essa lembrança, esse poema ficou marcado em minha memória, tanto que
enviei o seu escrito poético para um concurso literário juvenil – infelizmente,
o poema recebeu apenas um diploma de participação, mas seu lirismo cativante permanece
brilhante e vivo.
Hoje, os leitores amigos têm a oportunidade de conhecer
esse fodástico poema de João Vitor da Silva Oliveira. Boa leitura e Arte
Sempre!
Mas
Você fecha os olhos pra não ver,
mas a mente imagina.
Você tranca o coração,
mas de nada adianta.
Você se recusa a pensar,
mas, quando percebe, já está pensando.
Você finge que não ama,
mas, toda vez que o vê, o seu coração dispara.
Você pensa em um recomeço,
mas sabe que certos finais são necessários.
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