Hoje trago ao blog um vídeo que registra um momento super-especial da
minha participação, representando o Sarau Solidões Coletivas, na II Virada
Poética de Volta Redonda, organizada por Carlos Eduardo Giglio, no sábado, dia
16 de janeiro de 2016, na Toca do Arigó, em Volta Redonda/RJ: acompanhado pelos
músicos-amigos voltarredondenses Dio Costa e Thales Arakawa, declamei o meu
poema georgeharrisoniano "Enquanto a chuva toca sua guitarra
invisível" (com direito a trechos cantados da homenageada canção composta
por George Harrison, "While My Guitar Gently Weeps", interpretada na
apresentação por Dio Costa).
O poema declamado faz parte de "Bebendo Beatles & Silêncios -
George Harrison e eu num bar de Shangri-lá" (2013), meu sétimo livro,
premiado com terceiro lugar no Concurso Poetizar com Livros 2014.
Desenho feito pelo artista mexicano DarkScarecrows, disponível no link: http://darkscarecrows.deviantart.com/art/while-my-guitar-gently-weeps-313249538 |
Foi um sonho realizado graças aos artistamigos envolvidos (desde o
Tributo a George Harrison, em Valença/RJ, em 2011, quis fazer algo assim, e na
II Virada Poética de Volta Redonda, finalmente consegui [5 anos depois e o
sonho aconteceu!]).
Aproveito também para postar novamente o poema declamado.
Em tempo: meus dois livros mais recentes - o sétimo, "Bebendo
Beatles & Silêncios" (2013), livro terceiro colocado no Concurso
"Poetizar o Mundo com livros" 2014, e o oitavo "Foda-se &
Outras Palavras Poéticas" (2014), livro finalista do "Prêmio Olho
Vivo 2015 - Categoria Livro" - agora estão à venda na Livraria Veredas
(Rua 14, nº 350, lj 59 - Pontual Shopping - 2.° Piso - Vila Sta Cecília. Volta
Redonda/RJ)!!! Amigos e artistamigos de Volta Redonda/RJ e região, aproveitem a
oportunidade para adquirirem já os seus exemplares!
Enquanto a chuva toca sua guitarra insensível
Eu ouço o trovão da morte sobre o corpo caído,
Enquanto a chuva toca sua guitarra insensível.
Eu ouço em cada pingo o som abafado de um grito,
E, contínua, a chuva toca sua guitarra insensível.
São tantos ais, ninguém te lembrou
De que a terra se move...
São tantos ais e alguém te encontrou
Muito além do solo frio...
Eu ouço aquele morro deslizar, ele está vindo,
É assim que a chuva toca sua guitarra insensível.
Novamente, a tevê mostrou vidas partindo,
E, promíscua, a chuva ainda toca sua guitarra insensível.
E ninguém vai me dizer o que não entende
Por que Deus também te levou
E alguém vai morrer em mim sempre
Porque o que chove é dor
Eu ouço todo mal circulando, invencível,
Enquanto a chuva toca sua guitarra insensível.
Eu estou mal
E, assim, minha chuva chora outra guitarra, inaudível.