Às vezes os dias são cinzas, nublados, às vezes não, mas independente
do tempo – seja dia, seja noite, quando tudo parece turvado ou quando (in)surge
o inesperado – o sol da poesia sempre aquece nossos corações. Há poucos dias
atrás, tive a oportunidade de ver este sol lírico retornar nos versos do jovem
e talentoso escritor teresopolitano Danilo Oliveira, ex-poetaluno e agora
eterno poetamigo.
Danilo é daqueles que veem a vida como um desafio e, por isso, a encara
com todas as suas forças. Sua ressurreição poética veio num poema breve, de
quatro versos, mas de imenso lirismo, e, claro, o
professor-poeta-pateta-blogueiro que vos fala não poderia deixar de destacar
esse retorno de Danilo à poesia, por isso hoje compartilho sua quadra, rica em
metáfora ousada e com um lirismo intenso, desafiador e sublimamente incomum.
Além da quadra recentemente escrita por Danilo, trago e relembro um
outro texto, uma prosa poética que ele escreveu em parceria com Antonio
Medeiros, de 2013, época em que os autores eram meus artistalunos no 9.º Ano A
da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva.
Acompanhemos a mente autenticamente sonhadora de Danilo Oliveira,
amigos leitores, e aprendamos com o seu eu lírico a nunca desistirmos de nossos
planos.
A mente sonhadora
É a mente de um vilão:
Mesmo sendo escravo da maldade,
Nunca desiste dos seus planos.
(Danilo Oliveira)
Tudo o que vejo e tudo que quero
Ali na beirada daquele precipício observo de tudo
E tudo passa pela cabeça.
Imagino tudo como seria e como foi
As montanhas calmas e a BR irritada...
Vejo pessoas pra lá e pra cá
Algumas com destino e outras não.
A brisa fria e o sol quente resultam em uma combinação única;
Tudo seria maravilhoso se estivéssemos com a pessoa amada.
O verde atrai meus olhos, mas o rosto dela é mais bonito.
Quem nunca se pegou imaginando a pessoa amada com você ali só
observando a paisagem ou olhando um para o outro?
É assim que eu vejo o meu tudo
Não preciso ter tudo, basta ter o que gosto
E o que gosto é da companhia dela e de tranquilidade...
(Danilo Oliveira e Antonio Medeiros – Poema de destaque na Descrição
Poética da Natureza)
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