Hoje
é o dia da estréia oficial do filme “Jogos Vorazes – A esperança Parte 2” e
isso faz lembrar o blogueiro-poeta que vos fala sobre um projeto fodástico que
realizei com os mais-que-fodásticos artistalunos da Escola Municipal Alcino
Francisco da Silva, da região de Teresópolis/RJ: o Clube do Livro Alcino Voraz.
No
dia 08/09, um dia após a ‘Independência’ do Brasil, promovemos, na E. M. Alcino
Francisco da Silva, a primeira reunião do Clube do Livro Alcino Voraz. Partindo
da ideia do Círculo do Livro Alcino, iniciada e idealizada no ano passado pelas
poetalunas Ana Gabriela Medeiros e Laís Martins, e livremente inspirado no
conhecido Clube Literário Palavras ao Vento, de Valença/RJ, organizado por Pit
Larah e Cia, o Clube do Livro Alcino Voraz tem como principais objetivos:
estimular a leitura reflexiva, compartilhar e debater experiências de leitura,
estabelecer leituras comparativas entre as diversas linguagens literárias
(visão comparativa de livros e versões cinematográficas) e fazer a releitura de
obras literárias através da produção textual (construir novos poemas, contos e
crônicas inspirados no conteúdo do livro debatido).
Feito
no contraturno das aulas, a primeira reunião contemplou como livro-tema o
primeiro romance da trilogia “Jogos Vorazes”, da escritora estadunidense Suzane
Collins. Foi realizado o debate do livro (homônimo ao nome da trilogia),
incluindo as relações históricas que envolvem a obra (regimes totalitários,
fatos históricos e pessoais que estimularam a escritora na construção do
romance, comparações com o nazismo, fascismo e colonialismo, indústria do
entretenimento [de reality shows e programas de MMAs) a exibição da versão
cinematográfica do livro e a produção de poemas inspirados na obra.
A
entrada e participação no Clube do Livro Alcino Voraz é livre/opcional (somos
escritores-leitores vorazes e não autoritários como os governantes da Capital
de Panem rs) e rende mais conhecimento e troca de experiência, sem barganhas de
pontos extras, e contou, no primeiro encontro, com os leitores-guerreiros-artistalunos-vorazes
Paulo Ricardo, João Paulo De Oliveira Costa, Rian Lopes, Stallone Oliveira, Diogo
Lima, Amanda Barboza, Patricia Flores e Guttyellen Canto. Na postagem de hoje,
trago os primeiros poemas, escrito por eles e por mim, inspirados no livro e na versão
cinematográfica de Jogos Vorazes.
E
quem pensou que a ideia era apenas uma ‘moda passageira’, não sabe o quanto
somos leitores guerreiros: depois desse primeiro encontro, já fizemos mais 2
(para os outros dois livros da trilogia “Jogos Vorazes – os poemas serão publicados
aqui no blog nas próximas postagens), com cada vez mais adesões, e já prevemos, pelo menos, mais uns 3 antes de o ano letivo acabar (!!!!).
Vida
longa ao Clube do Livro Alcino Voraz – Educação, Alcino Teresópolis e Arte
Sempre!
Jogos
Vorazes
(Paulo Ricardo e Rian)
O
que pensar naquele momento?
Correr
ou morrer, realmente é o que todos pensam
Sobreviver
– sonho de muitos, realidade de poucos.
Os
que iam para os jogos e tinham ânsia de vencer
Frequentemente
eram favorecidos e mais patrocinados
Os
membros dos primeiros distritos
Enquanto
os outros – quase todos – eram sacrificados.
Em
meio a tantas armadilhas e perigos
Com
muitos inimigos
Entre
vinte e quatro tributos
Somente
um sairá vivo.
Viver
ou morrer
(Diogo Lima, Amanda Barboza, Patricia Flores e Guttyellen)
2
semanas em pânico
24
tributos
E
somente um irá ganhar.
A
floresta os organizadores dos jogos podem controlar
Os
tributos irão se machucar
E
também terão que ser espertos
Tudo
para ficarem cada vez mais despertos
Pessoas
quando forem morrer
Será
pra valer
Somente
um irá vencer.
Sentimento
voraz
(João Paulo e Stallone)
Vinte
e quatro de nós foram convocados
E
somente um será consagrado
Um
só povo dividido em 12 distritos
Mas
todos nós temos uma coisa em comum:
Somos
heróis por aguentarmos uma vida sofrida,
Condenados
pelos pecados de eras atrás.
Será
que não seremos perdoados nunca mais?
Será
que esses sentimentos serão transmitidos por mais quantas gerações?
Imagine
como lidamos com tantas emoções
Meu
instinto fala mais forte,
Não
importa quanto eu tente, não consigo controlar
Minha
alma fala mais alto, tenho que me revoltar.
Acima
de nós está a Capital,
Formada
por tolos e ignorantes de modo geral
Mal
sabem que seriam nada sem os distritos
Deveriam
nos ver como heróis mais do que como sacrifícios.
Os
últimos suspiros de Cato
(Carlos Brunno S. Barbosa)
Pareço
arrogante
Para
teus olhos capitais
Cheios
de humildades superficiais
Ah,
tua maquiagem borra
Enquanto
eu sangro...
Eu
sou teu monstro de estimação,
Princesinha
Capital,
O
dragão sensual da lâmina letal,
O
pior mal que te faz tão bem.
Assistes
extasiada ao meu show animal.
Enquanto
beijas teus amantes,
Eu
lapido com sangue
Os
teus diamantes.
Tantos
pensei ter matado
Para
descobrir na infinita poça de sangue
O
reflexo de meu rosto destroçado.
Eu
sempre estive morto, crueldade miss,
Mas
só agora percebi.
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