Foto de Marco DaCosta |
Há muito tempo eu vivi calado, mas agora resolvi falar: chegou a hora e com o (des)prefeito Arlei Teresópolis/RJ não pode mais ficar!
Confesso que no início vacilei, hesitei... O movimento seria
válido? Lutar, esperar, desesperar? Na ausência de respostas, estagnei, esqueci
a velha máxima “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Enquanto isso, os
donos do poder - prefeito, sindicato patronal e vereadores de Teresópolis -
mantinham-se serenos, colhendo os frutos da impunidade no jardim da minha
acomodação. Enquanto isso, os salários do funcionalismo público continuaram
atrasando, rombos nos cofres públicos, governantes ostentando novas posses e
nenhum respeito com aqueles que os elegeram, com aqueles que deveriam ser
representados por eles, os poderosos e omissos seres desse cenário político
sujo da região serrana. Enquanto isso, outros funcionários públicos, muito mais
conscientes, organizados e corajosos que eu, se colocaram no meu lugar,
sofreram as minhas dores, foram pra luta e formaram um movimento legítimo de
reivindicação dos nossos direitos, autenticado pela insistência, sabedoria e
resistência. E eu, logo eu, que sempre defendi que meus alunos lutassem por
seus direitos, logo eu, o primeiro a bradar por honrados protestos contra o
abuso de poder e os desgovernos, logo eu, me passando por passivo, omisso...
covarde? É duro e difícil continuar a encarar-me no espelho assim. Por isso,
fui pras ruas hoje, fui pra frente da Prefeitura, me juntar ao MPET - Movimento
Professores pela Educação de Teresópolis, participei da assembleia e, a partir
de agora, os acompanho e apoio seus passos. Só podemos mudar nosso trágico
cenário se intervirmos nele, nada muda se não lutarmos. E agora estou com eles,
amigos, alunos, responsáveis e companheiros de trabalho (falamos tanto das
injustiças, nos declaramos solidários aos professores do Estado do Paraná e do
Rio de Janeiro e, na nossa vez, logo na nossa vez, vamos arregar?) e vamos
lutar até os desgovernos serem banidos de Teresópolis e o respeito aos nossos
direitos voltar aos ares serranos.
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