Antes de seguir viagem neste fim de ano, eu não poderia
deixar de passar aqui no blog e desejar um feliz ano novo a todos os amigos
leitores. Sei que este ano foi muito mais positivamente agitado culturalmente
(e olha que os anos anteriores não foram nada estáticos!), cheio de eventos
novos, lançamento do meu sétimo livro “Bebendo Beatles e Silêncios, mais
premiações literárias, saraus, etc, foi tanta coisa legal que rolou que, em
diversos momentos, tive que deixar esse espaço lírico-virtual meio de lado, mas
vocês, amigos leitores, foram fiéis e mantiveram o blog com um bom índice de
visualizações. Pra quem achou que minha ‘mania de fazer versinhos’ passaria na
idade adulta e não seria levada a sério, cá estou com 34 anos de idade, 19 anos
de carreira literária, 16 anos de organização de eventos literários, mais de 6
anos lecionando e conhecendo novos poetalunos e mais de 2 anos de blogueiro
febril, seguindo as trilhas líricas de
cavaleiro-professor-pateta-poeta-errante. E se minhas solidões poéticas
permanecem vivas e coletivas é porque vocês, amigos leitores e artistamigos,
contribuem para que este sonho seja real, compartilhando seus comentários líricos,
suas opiniões, seus gostos e suas solidões coletivas e poéticas, dividindo um
pouco desse lirismo cotidiano com o artista que vos fala e agradece.
E, como vocês já sabem, as solidões poéticas desse blog são
coletivas e, neste ano, inovei: ao invés de encerrar as postagens de 2013 com
um texto meu, finalizo com um fodástico poema de fim de ano escrito pelo
poetamigo Maurílio Tadeu de Campos (pela primeira vez, compartilhando solidões
poéticas aqui no blog!), de Guarujá/SP. Conheço Maurílio há tempos, pois, junto
com os grupos Ars Viva e Contemporânea, ele organizava eventos literários fodásticos,
de âmbito internacional, na cidade de Santos/SP, eventos dos quais tive a honra
de participar e conhecer grandes artistas da região santista e do Brasil. Ele é
autor de dois fodásticos livros de poemas: Poemas Translúcidos (2003) e Gravitando
(2007), é membro da Academia Santista de Letras e publica suas crônicas em
diversos jornais da região paulista. O poema de Maurílio Campos que compartilho
hoje com os amigos leitores é uma fodástica mensagem para o Ano Novo, publicado
por ele em uma de suas atualizações no facebook há alguns dias e gentilmente
cedido pelo próprio autor para fazer parte das solidões poéticas compartilhadas
deste blog.
Que, juntamente com o eu lírico de Maurílio Tadeu de Campos,
tenhamos todos um feliz e próspero ano
novo, com muita arte, pra que o sonho por dias mais pacíficos, poéticos e
melhores nunca se acabe, amigos leitores
ANO NOVO SONHADO
Para que tenhas um ano admirável
pintado da tua cor preferida,
retocado com filetes de paz,
de harmonia...
precisarás desejar, muito, o melhor
de tudo aquilo que queiras,
não apenas para ti, mas para todos
para o mundo, para o Universo.
Não será preciso ficar fazendo intenções
mesmo que sejam boas, mas nada práticas
dessas que se põe na gaveta em janeiro
e só se retira em dezembro, empoeiradas...
Não precisas chorar, nem ficar arrependido
daquilo que fez, e te deixou com remorsos...
... tudo o que foi feito, não poderá ser apagado,
mas tudo o que puderes realizar, será a recompensa
de dias mais felizes, mais realizados,
momentos de alegrias, de sorrisos,
instantes de perfeição, beirando ao amor...
E, para que ganhes um bom ano novo
terás de merece-lo, porque, dentro de ti
está a chave desse novo ano esperado.
Pegue-a, rapidamente, com desenvoltura,
e abras, de vez, todas as venturas,
as esperanças, os anseios
embebidos em licores, em aromas, em sabores...
que farão parte de ti, para sempre
e que sejas, finalmente, o que sempre desejaste,
mas nunca quiseste ser:
Uma criatura pura, feliz, consciente de tua natureza.
Capaz de sorrir de coisas simples,
capaz de amar, incondicionalmente,
capaz de sentir felicidade, eternamente.
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