Olá, amigos leitores! Há quanto
tempo não nos revemos! Retorno do mundo dos mortos digitais (passei um tempo
sem internet, lotado de compromissos reais – por sinal, graças a Deus, ao
trabalho [recompensador, mas extremamente cansativo] e aos frenéticos eventos
artísticos em que me envolvo, ainda lotado estou rs -, com um notebook
temperamental [que às vezes se desliga sozinho, entre outras traquinagens
misteriosamente ‘informaticantes’ que só meu notebook é capaz], acabei meio que
sumido dos espaços virtuais) e trago uma prosa de homenagem póstuma, meio
elegia em prosa, meio crônica, meio conto – nunca soube bem rotular textos sem
misturá-los, fazê-los do meu jeito – em tributo à minha tia Maria, falecida pro
mundo, mas eterna em minhas lembranças. Ela foi um dos meus parentes que mais
me inspirou a me dedicar à leitura e à escrita (tia Maria divide o posto de
cicerone-maior de minhas artes com minha madrinha Tia Celeste e meu tio João
Gomes) e, como dizem algumas religiões africanas, “a pessoa só morre se é
esquecida pelos vivos”. Por isso escrevo, pra mantê-la viva no Dia dos Finados
ou em qualquer outro dia.
Bom estar de volta, amigos
leitores!
As violetas de Tia Maria
Eram violetas
os sonhos que minha tia Maria pintava para mim. Não as flores que carrego
agora, e sim as cores que ela me pintou outrora.
Ela nunca
tingiu seus planos, mas eram essas as cores que eu via nas capas dos livros que
minha tia doava aos meus olhos de criança-traça-carente-de-boa-literatura.
Com o tempo,
as cinzas dos cigarros, consumidos vorazmente por minha tia, levaram-na pra
dimensões sem cor...
Sinto muito a
sua ausência, mas, pra não perdê-la completamente, mantenho as violetas de Tia Maria
em cada palavra que pinto, em cada momento que vivo, em cada pedaço de mim.
ResponderExcluirQue essas cores continuem a colorir os dois mundos que existem entre sua tia e você!Lindo
abç