terça-feira, 26 de julho de 2022

Poema literalmente à moda da casa: Saboroso resgate

Gabriele Münter - Breakfast of the Birds, 1934
– óleo sobre madeira – 45,7 x 55,2 cm
– National Museum of Women in the Arts, Washington, D.C.

Nesta segunda quinzena de julho, em recesso do trabalho de professor, tenho viajado bastante, rodando pelo Estado do Rio de Janeiro, indo a diversos eventos literários e musicais, e só há pouco (exatamente ontem), iniciei uma pausa mais prolongada (mas nem por isso longa, visto a correria lírico-diária dos dias) em minha querida cidade afetiva Valença/RJ. Acordar hoje de manhã aqui, tomar café em casa, me fez relembrar de um poema recente meu, escrito no ano passado, e classificado com Menção Honrosa pela classificação entre os 50 poemas finalistas no Concurso Cultural Poesia Urbana - Edição 2021 - Gostinho de Casa, realizado pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, 
Extensão e Cultura do Centro Universitário de Brusque/SC - UNIFEBE. Sim, como a própria temática do concurso, ao qual o meu poema concorreu e classificou, propõe, o poema que compartilho hoje tem sabor caseiro, fala do gosto lírico que só o café da manhã em nosso lar materno possui.
Para apreciação e degustação lírica, compartilho hoje o meu poema “Saboroso resgate”. Espero que curtam e saboreiem, amigos leitores. Bom apetite e Arte Sempre!

Saboroso resgate
Carlos Brunno Silva Barbosa

A máquina de café escondida feito pecado.
O velho coador deixa o gosto mais imperial.
Fumaças do antigo baronato.
Bolinhos de chuva dançam da frigideira cansada
para a mesa levemente beijada pelo sol da manhã rural.
As narinas ansiosas do filho pródigo
abraçam o retorno à velha casa.

"Café da manhã no campo", de Philipimage,
disponível em: https://br.freepik.com/fotos-premium/cafe-da-manha-no-campo_6363350.htm


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