Gabriele Münter - Breakfast of the Birds, 1934 – óleo sobre madeira – 45,7 x 55,2 cm – National Museum of Women in the Arts, Washington, D.C. |
Nesta segunda quinzena de julho, em recesso do trabalho de professor, tenho viajado bastante, rodando pelo Estado do Rio de Janeiro, indo a diversos eventos literários e musicais, e só há pouco (exatamente ontem), iniciei uma pausa mais prolongada (mas nem por isso longa, visto a correria lírico-diária dos dias) em minha querida cidade afetiva Valença/RJ. Acordar hoje de manhã aqui, tomar café em casa, me fez relembrar de um poema recente meu, escrito no ano passado, e classificado com Menção Honrosa pela classificação entre os 50 poemas finalistas no Concurso Cultural Poesia Urbana - Edição 2021 - Gostinho de Casa, realizado pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura do Centro Universitário de Brusque/SC - UNIFEBE. Sim, como a própria temática do concurso, ao qual o meu poema concorreu e classificou, propõe, o poema que compartilho hoje tem sabor caseiro, fala do gosto lírico que só o café da manhã em nosso lar materno possui.
Para apreciação e degustação lírica, compartilho hoje o meu poema “Saboroso resgate”. Espero que curtam e saboreiem, amigos leitores. Bom apetite e Arte Sempre!
Saboroso resgate
Carlos Brunno Silva Barbosa
A máquina de café escondida feito pecado.
O velho coador deixa o gosto mais imperial.
Fumaças do antigo baronato.
Bolinhos de chuva dançam da frigideira cansada
para a mesa levemente beijada pelo sol da manhã rural.
As narinas ansiosas do filho pródigo
abraçam o retorno à velha casa.
"Café da manhã no campo", de Philipimage, disponível em: https://br.freepik.com/fotos-premium/cafe-da-manha-no-campo_6363350.htm |
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