Depois
de chegar aos 38 anos ontem, em breve estar comemorando 23 anos de poesia (essa
data nunca me recordo bem; foi mais ou menos no meio do ano de 1994 que
descobri a poesia), sendo 20 destes 23 promovendo eventos culturais (esse tem
data a ser comemorada: o primeiro evento que organizei foi no dia 13 de junho
de 1997) e sabendo que o blog em breve comemora 6 anos de existência,
resistência e insistência, não podia mais adiar meu retorno a esse espaço
lírico-virtual de coletivas solidões poéticas compartilhadas. Por isso, hoje
trago um miniconto inédito meu, bem intimista, pra retornar às postagens.
Espero
que os amigos leitores gostem. Abraços do blogueiro-artistamigo, que, muitas
vezes, desaparece virtualmente, mas sempre que pode (ou quando diminui sua
crises virtuais existenciais) reaparece. Boa leitura e Arte Sempre!
O
estranho que me vejo
Olho para o espelho mais uma vez e
pergunto ao estranho que me vejo quem sou eu, mas ele nunca me responde –
apenas repete meus trejeitos, reproduz mudo e ao mesmo tempo minha dúvida.
O estranho que me vejo no espelho tem o
mesmo olhar desesperado, a mesma busca angustiada por respostas que não vêm, o
mesmo desejo de criar um mundo novo e infinito em formatos limitados de papel
(sim, o estranho que me vejo também carrega uma caneta de sonho e palavras inaudíveis
que parecem gritar sem parar).
Abandono o espelho e o estranho que me
vejo continua a me seguir por toda casa, por toda noite, por todo dia, por toda
vida! Em rotineiro frenesi e viciado na luta diária com as palavras como eu, o
estranho que me vejo senta comigo mais uma vez em frente ao velho notebook e,
unidos pela insônia obscura, reproduzimos com o coração nos dedos novos gritos
em silêncio na tela iluminada.
Nossa,que loko...
ResponderExcluirDepois dos trinta, fica dificil nos reconhecer,depois dos trinta agente meio que fica nos alimentando do passado,talvez por medo do que vira.Sei lá