A convite da divamiga Rose Almeida, o Sarau Solidões Coletivas retornou
com o evento ”Sarau Coletivas In Bar: O retorno dos anjos caídos", na
sexta-feira, após o carnaval, dia 03/03/2017, às 19h, no Restaurante Variedade
& Sabor, situado na Travessa 27 de Janeiro, n.º 128, no bairro Água Fria,
em Valença/RJ. Foi uma noite fodástica e inesquecível (em breve, estarão no
youtube e aqui no blog os vídeos)! Lembrar do retorno do Sarau Solidões
Coletivas é também reencontrar a mais-que-fodástica poesia do
Mestre-Divo-Artistamigo-Maior Gilson Gabriel, parceiraço dos eventos realizados
pelo blogueiro-poetamigo que vos escreve.
Enquanto os vídeos do “Sarau Coletivas In Bar: O retorno dos anjos
caídos" não saem, nada melhor que desentorpecer com mais um
mais-que-fodástico poema de Gilson Gabriel. Crítico liricamente ácido de nosso dia
a dia, com formato poético meticuloso e vigoroso e influenciado pelo melhor do
lirismo latino-americano (como Neruda, etc), Gilson nos traz uma formidável
leitura poética dos nossos tempos e a busca incessante do poeta em, por meio da
arte, resgatar a esperança aniquilada pelo contexto do desalento. Vale a pena
ler e reler, ler e reler, ler e reler incansavelmente tamanha a beleza e energia
dos versos de Gilson Gabriel, até que a vista, hipnotizada pelo fodástico
lirismo dos escritos, abra as portas da percepção e abrace o projeto de um
amanhã novo, com muita arte pra enfrentar os desgastes do precipitado e
ferrenho agora.
Desentorpeçamos com o mais-que-fodástico poema do Mestre-Divo-Artistamigo-Maior
Gilson Gabriel, amigos leitores! Boa leitura e Arte Sempre!
Desentorpecer (Gilson Gabriel)
O que dizer se já se disse tudo?
Se os amores já se frustraram,
os sorrisos se amarelaram,
os bandidos se delataram?
O que fazer se o que era pra ser feito o foi?
As máscaras caíram,
as muralhas ruíram,
o ontem se foi?
O que esperar se o sonho já se desfez?
As noites assombraram,
as manhãs se ofuscaram,
os anos se perderam?
Resta um futuro a ser posto.
Resta um amanhã pra nascer.
Resta um sim e um não a dizer.
O que pedir se tudo já foi negado?
O beijo virou fel,
o prato se quebrou,
a música silenciou?
O que querer se o desejo não é presente?
A criança faz-se ausente,
a mão é afago torpe,
o chão faz-se a cova ciente?
Para onde olhar se as vistas já se cansaram?
As nuvens se nublaram,
as aves de voar cansaram,
os horizontes se encurtaram?
Resta um futuro a ser posto.
Resta um amanhã pra nascer.
Resta um sim e um não a dizer.
O que dizer sobre esse plema de Gilson Gabriel? Por mais que procure palavras...elas se tornam pequenas diante da grandiosidade deste poema. Simplesmente espetacular!
ResponderExcluirLer e reler, ler e reler, ler e reler. Resta esperança.
ResponderExcluir