Na última sexta-feira, início da tarde, logo após sair do SESC-Teresópolis/RJ,
onde havia comprado ingresso para a peça “O incansável Dom Quixote”,
reencontrei a genial poetamiga Laryssa
Barrozo, ex-poetaluna da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva – onde leciono
– e agora jovem poeta do mundo. Na verdade, quem me reencontrou foi ela, pois
foi ela quem me chamou a atenção enquanto eu rumava distraído para fora do
SESC. Ainda bem que conseguimos nos reencontrar, pois, sem revê-la e pedir-lhe
a permissão de publicar alguns poemas dela – que ela (yeah!) aprovou
tranquilamente, as solidões compartilhadas de hoje ficariam engavetadas até que
eu conseguisse contato com a fodástica artistamiga.
Hoje trago dois poemas super-fodásticos de Laryssa Barrozo: o primeiro,
intitulado “É você” tem razão por estar em tal posição – foi um dos primeiros
que ela me entregou, para fascínio de meus olhos sempre em busca de poemas tão
bem elaborados e emocionantes como este (salvou minha visão de um dia
cansativo, sem emoção e sem poesia); o segundo, intitulado “A luz dele” foi
escrito por ela na sala de aula, quando a turma dela – na época, o 9.º A – votava
para eleger o melhor poema (cujo tema era luz) dos oitavos – Laryssa mostrou-se
extremamente exigente com a qualidade dos poemas votados, a ponto de expor sua
opinião na classe, o que fez um outro aluno desafiá-la a fazer melhor (pronto! Jamais
desafie uma talentosa poeta: ela fez o poema “A luz dela”, fato que me deixou super-feliz
com o final da peleja verbal, pois, no fim das contas, quem ganhou [e muito!]
foi a arte de sublimar as discussões em fodásticos poemas!). O poema “A luz
dela” ficou tão bom que até foi escolhido para fazer parte de um dos curtas-metragens
do “Luz, Câmera...Alcino!”, com marcantes interpretações de Ana Gabriela
Medeiros e João Paulo Costa e participação especial de Daiana Vieira, que, finalmente, vai ao ar hoje no youtube e é
compartilhado mais abaixo, juntamente com os dois poemas citados.
Falando em “Luz,
Câmera...Alcino!”, lembro que, em breve, retornaremos com novos vídeos neste
ano e também me recordo de que Laryssa Barrozo já participou de peças e vídeos
marcantes durante os anos em que ela fez parte do grupo, por isso, também
resolvi postar novamente dois desses vídeos: a peça feita em homenagem ao
aniversário de Teresópolis e encenada nas festividades realizadas na Escola
Municipal Neide Angélica, em 2011 (sim, Laryssa ainda estava no primeiro
segmento e já brilhava nos palcos teresopolitanos ao lado de Diana Paim,
Thaynara Lima, Vanessa Olveira, Mayara Silva, Jéssica Reis, Andriele Vieira,
Natania Souza, Maiara, Stefanni Amaral e cia) e outro mais recente, inspirado
na canção “Os Barcos”, de legião Urbana, e poema de Daphine Quintanilha (nesse
segundo vídeo, um dos primeiros produzidos no ano passado, Laryssa é a
protagonista abandonada pelo personagem interpretado por João Paulo Costa).
Que nossos olhos tenham o privilégio de serem multiplamente iluminados
pela imensa luz lírica da fodástica, versátil e talentosa artistamiga Laryssa
Barrozo, amigos leitores! Boa leitura e Arte Sempre!
É você (Laryssa Barroso)
É você que tem que ser meu namorado
É você que tem que falar não quando eu falar sim
É você que tem que me olhar até eu ficar sem graça
É você, meu pequeno,
Que me deixa sem ar só de te olhar
É você, meu loirinho,
Que tira minha concentração,
Que me faz bem só de estar ao meu lado.
É você que tem que ir atrás de mim
Quando eu falar que quero ficar sozinha
Pra me pedir um beijo
Quando eu estiver com raiva de você.
É você que tem que ficar comigo
Quando eu estiver sorrindo,
Quando eu estiver chorando por dores de cólicas
É você que eu escolho a partir de hoje
Para cair e levantar,
Aprender e errar comigo.
É você que tem que esperar o ônibus comigo
É você que tem que ficar com ciúmes
Mesmo sabendo que meu infinito só é completo com
Você.
A luz dele (Laryssa Barroso)
Eu só queria encontrar uma solução,
Uma luz,
A resposta para minha escuridão.
Uma luz maior,
Um amor maior,
Uma solução para esse sentimento,
Para esse vazio.
Achei o que queria encontrar
A luz,
A luz no olhar dele,
O som suave da voz dele,
Simplesmente a luz era ele.
A luz mais linda de se olhar,
A luz mais leve de se lembrar,
Mas tudo que brilha demais
Um dia vai se apagar.
A luz acabou,
Simplesmente apagou.
E tudo que tinha luz,
E todos os planos... tudo se foi!
Clipoema:
Luz, Câmera...Alcino apresenta
"A luz dela", de Laryssa Barroso
(2015)
Apresentação do Luz, Câmera...Alcino! no aniversário de Teresópolis
(2011)
Clipoema:
A confusão da solidão no caminho dos barcos (Luz, Câmera,,,Alcino! Legionário)
(2015)
Nenhum comentário:
Postar um comentário