“Eu tive fora uns dias
Numa onda diferente
E provei tantas frutas
Que te deixariam tonta
Eu nem te falei
Da vertigem que se sente”
Yeah, amigos leitores, como o eu lírico da estrofe da canção “Uns dias”,
da banda Paralamas do Sucesso, o blogueiro que vos fala esteve fora do universo
blogueiro-virtual por uns dias (às vezes, um breve retiro misantropo é
necessário pra reavaliação dos passos e descompassos poéticos). Mas também,
como o eu lírico dessa mesma canção, trago novidades quentes: o acervo lírico
das Solidões Compartilhadas deste blog está bombando, cheio de fodásticos
poemas de artistamigos para os olhos dos amigos leitores se fascinarem!
Retorno ao compartilhamento de solidões poéticas com mais um poema do
Mestre dos Mestres, o mais-que-fodástico poetamigo valenciano Gilson Gabriel,
que amanhã comemorará 52 anos de eternidade (na verdade, continuará a
comemorar, afinal no sábado, dia 21, ele já celebrou antecipadamente a data com
uma mega-festa na Comuna da Quinta das Bicas [quintal da casa dele, na
Biquinha]. A mega-festa foi tão grandiosa que até ressuscitou a escrita de
outro Mestre dos Mestres, o Lisergy Wyrebuss, alter-ego de Alexandre Fonseca
[leia o fodástico “PARÁGRAFOS LANÇADOS A ESMO (3) ou CRÔNICAS DE UM FIM DE
SEMANA BIPOLAR” no seguinte link: http://algumcantoemseusorriso.blogspot.com.br/2015/02/paragrafos-lancados-esmo-3-ou-cronicas.html]).
O poema de Gilson Gabriel que compartilho hoje reflete sobre a passagem
do tempo e as marcas de amadurecimento e poesia que esta passagem cultiva no eu
lírico. Traz aquela beleza infinita de pintura magnificamente simples que só os
poetas mais-que-fodásticos como Gilson Gabriel sabem desenhar com palavras.
Em tempo: O Mestre dos Mestres Gilson Gabriel está sempre presente no
Sarau Solidões Coletivas e no próximo sábado, dia 28/02, às 18h, rolará a
próxima edição do evento na Biblioteca Municipal D. Pedro II, em Valença/RJ
(Rua Padre Luna, 68, sl. 101, Centro, em frente ao Shopping 99). Quem sabe não
teremos o prazer incomensurável de ouvir o fodástico poema declamado pelo
próprio Gilson Gabriel?
Eternizado (Gilson Gabriel)
Hoje olho meus olhos no espelho
e me vejo no infinito
Leio em minhas rugas verdades nuas
e as percebo companheiras.
Hoje olho à volta e vejo a estrada
que circunda e se eterniza
Leio em meus cabelos a cor do tempo
e a traduzo na história mais certeira.
Hoje sinto o cheiro de obstáculos
e não os estranho
E leio pelas curvas do caminho
que o tempo inda se faz infindo.
Hoje beijo as raízes do meu chão
e afago nele minhas origens
E leio no seu cheiro de água e lama
que é com o seu fruto que me blindo.
Algum presente se compara a uma lembrança-homenagem como essa? Vc não vê, mas eu leio e choro por ter, entre muitos, amigos como vc. Grande abraço irmão!
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