quinta-feira, 30 de maio de 2019

Andressa de Oliveira escreve e Leandro Hyatti declama o que a Família é...


Na semana passada, no fim de tarde de quinta-feira, dia 23/05, foi comemorado na Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, em Teresópolis/RJ. Para os artistalunos dos nonos anos e da Aceleração IV, esse dia foi mais que especial: foi dia da votação popular dos poemas enredos (Disputa do Estandarte Popular 2019 – Tema Orfeu em Teresópolis) dos compositores poetalunos dos nonos anos e a participação de Leandro Ciriaco Hyatti, da Aceleração IV, na abertura do Dia da Família na Escola, declamando o poema “Família é...”, de autoria de Andressa de Oliveira, do 9.º B (o texto, porém, fora escrito quando ela estava no 8.º Ano, especial para a exposição de objetos antigos de família na Festa da Família do ano passado).
Hoje posto o poema e o vídeo com a interpretação segura e lírica de Leandro Hyatti para os singelos versos da consagrada poetaluna Andressa de Oliveira.
Para ler, ver e defender as boas vibrações que toda boa família (seja ela composta das mais variadas formas) pode trazer. União, Compaixão, Amor, Família e Arte Sempre!



FAMÍLIA É...

União, compaixão, amor.
Família é você se sentir especial quando acha que não é.
Família é ajudar quando mais precisa.
Família é quem te protege de todo mal.

Agradeço todos os dias por ter minha família,
seja brigando, sorrindo e até chorando.

Amo vocês!
Andressa de Oliveira Silva



domingo, 19 de maio de 2019

Solidões Compartilhadas: A Costureira do Infinito e As coisas invisíveis desse lugar de Rayssa Ribeiro

Rayssa Ribeiro atualmente

No domingo passado, foi Dia das Mães e, devido às minhas muitas idas e voltas por Valença x Teresópolis (incluindo uma desventurosa passagem do ‘especial’ e superatrasado ônibus da Viação Util Valença x Rio [o tal ‘especial’, marcado para as 16:30h, pasmem, saiu bem depois do 17h – pra ser mais exato, às 18:05h, o tradicional serviço privado {frisando bem no privado, tão cultuado pelos defensores do atual governo} desta viação de ônibus, que como tantas outras, não trazem o menor apreço e respeito com seus passageiros consumidores]), somadas às tarefas frenéticas diárias e a necessidade de procrastinações esporádica diante da rotina estafante, acabei dando mais uma vez um tempo do blog. Mas a postagem de hoje vai compensar toda espera, amigos leitores, pois hoje trago duas crônicas de uma das mais formidáveis cronistas que passaram pela Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, da região rural de Teresópolis/RJ. Seu nome é Rayssa Ribeiro, e, nos tempos em que cursava o nono ano do ensino fundamental (pra ser mais exato, em 2014), ela se destacou por sua prosa fluida, com sensibilidade lírica tocante, emocionante.
Rayssa Ribeiro com a mãe Valéria Souza
A primeira crônica de Rayssa Ribeiro, que publico hoje no blog, foi intitulada “Costureira do Infinito” (o título e as poucas revisões gramaticais foram minhas pífias interferências neste maravilhoso texto, de lirismo único), datado de 15/07/2014, é uma poética homenagem da escritoramiga à sua mãe, Valéria Souza, captando, de forma divinamente poética, o dia a dia materno na profissão de costureira. Na época, tentei mandar a crônica dela para concursos literários juvenis nacionais e internacionais, mas, infelizmente, na época, não houve nenhuma opção de concurso de crônicas com tema livre na categoria da idade dela (há muitos concursos literários para a idade dela em verso, mas em prosa são raríssimos [quando aparecem, são regionais, específicos de uma cidade ou Estado do qual não fazemos parte]). A versão completamente revisada ficou guardada comigo, no formato original e também em arquivo doc por longo tempo perdido no caos de memória que é o meu notebook e, com a passagem do Dia das Mães  e proximidade da Festa da Família na escola, retornou às minhas lembranças.
Rayssa Ribeiro
nos tempos da escola
“Costureira do Infinito” merece ser lido por muitos leitores, assim como a crônica bônus seguinte, “As coisas invisíveis desse lugar”, também de Rayssa Ribeiro,  onde a genial cronista traz seu olhar lírico para tudo que ela via durante o trajeto da escola para casa. Na época, a crônica foi a selecionada da turma para disputar a seletiva para a Olimpíada de Língua Portuguesa de 2014, representou a escola, mas não foi a escolhida pelo júri no município, fato que não  invalida a exuberância lírica e genialidade do escrito da talentosa cronista.
Viajemos pelo incrível universo lírico de Rayssa Ribeiro, amigos leitores, e conheçamos a espetacular Costureira do Infinito e as líricas coisas invisíveis desse lugar!

Costureira do Infinito

                Cheguei em casa e comecei a observá-la. Lá estava ela no mesmo lugar, sentada, trabalhando em suas máquinas, costurando como todos os dias.
                Fiquei ali parada, observava cada movimento. Ela se deslocava para outras máquinas em apenas um segundo, trocava linhas e começava de novo o mesmo trajeto.
                No decorrer do dia, a campainha tocava mais de mil vezes, eram muitas pessoas diferentes com roupas diferentes trazendo mais trabalho para a costureira. E ela ali, parecia gostar de repetir todo aquele trajeto, nunca reclamava, apenas costurava.
                Ah, minha mãe, queria ter uma disposição assim como você para fazer algo que nunca tem fim!
Rayssa Ribeiro

As coisas invisíveis desse lugar

                Voltando da escola, comecei a reparar em tudo, tentando encontrar as coisas que ninguém vê no lugar onde moro. A pedido do professor, comecei a pensar o que eu poderia falar do lugar onde vivo.
                Quando cheguei em casa, me sentei e, com a janela aberta, fiquei observando a rua. Pessoas passando, cachorros latindo, portas se abrindo e se fechando, como acontece todos os dias, parecia até que eu estava me relembrando.
                Logo a frente, vejo uma barraca e, nela, um homem maqueta sentado, sempre na mesma posição, sem nada pra fazer, parece meio triste, meio sem rumo, sem destino.
                A rua é movimentada e possui um nome meio estranho. Morro Agudo é o nome dela e parece mais uma viela. Rua sem vida e sem criatividade.
                Com o tempo tudo passa e, como aquele homem manqueta, fico sempre aqui, sentada, pensando e esperando a rua evoluir, mas isso não acontece.
               Tentando encontrar as coisas invisíveis que o professor pediu, eu continuo sentada aqui a esperar...
Rayssa Ribeiro

sábado, 11 de maio de 2019

40 anos de idade e muitas solidões coletivas pra contar: Eu, Carlos Brunno, na visão lírica imagética audiovisual cinematográfica de outros

Correria pós-aniversário (fiz 4.0 no último dia 07 de maio), enxames de notas, provas, trabalhos e prazos + dia das mães e tantos etcéteras que o tempo nem liga denos ver tão ocupados e prefere seguir acelerado em sua cinza das horas voraz, a postagem de hoje sai meio às pressas e meio autorreferente e meio diferente: é uma compilação de imagens e vídeos com meu eu espalhado por canais de youtube, memes, imagens líricas, etc - como aqui é um diário solitário coletivo, resolvi misturar as coisas, compartilhar bons momentos, fragmentos de mim pelos outros compilados numa mesma postagem.
Eis um pouco de mim com os outros (na visão de Jammy Said, Rafael Clodomiro, Helene Camille, Jorran Souza, Kauane Hrescak, Cláudio Alcântara), de meus momentos líricos solitários coletivos - uma postagem bem autorreferente (ao mesmo tempo que rápida de fazer pra não deixar o blog no marasmo), mas de coração para os amigos leitores que lembraram do meu aniversário e/ou acompanham o blog e curtem a arte deste blogueiro escritor sempre enrolado que vos escreve.


Fragmento de metapoema de minha autoria
na arte design de Jammy Said


Meu poema "Esferográfico Blues"
na arte design da multiartistamiga Jammy Said
Foto de Kauane Hrescak com um de seus poemas favoritos de minha autoria
"O Abraço mais quente":
Curta experimental de Helene Camille
para meu microconto "Amor é fogo que arde sem se ver"

Leitura de meu poema "Benditos sejam os malditos",
realizado pela divartistamiga Helene Camille

"Central de Atendimento S.O.S.":
Meu conto "Fale conosco (Ana e Téo)
em versão curta metragem de Jorran Souza

Improviso poético realizado no Prêmio Olho Vivo 2014
ao lado dos espetaculares artistamigos
Rosangela Carvalho e Pedro Henrique Mezzabarba,
no canal de Cláudio Alcântara (Olho Vivo):

Participação minha no Prêmio Olho Vivo 2015
registrado pelo canal de Cláudio Alcântara (Olho Vivo)

Premiação de meu nono livro
"Foda-se & Outras Palavras Poéticas"
no Prêmio Olho Vivo 2015,registrado pelo canal de Cláudio Alcântara (Olho Vivo)

Parceria Lírico Musical com Rafael Clodomiro,
registrado pelo canal ALira

Meus agradecimentos por lembrarem 
de meu aniversário:

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Repassando o Passado Trabalhador das Famílias com os 3 Ferros de Passar Movidos a Brasas


Hoje, 1.º de Maio, comemoramos o Dia do Trabalhador, por isso resolvi trazer uma postagem diferente: uma série de relatos e memórias sobre um objeto antigo, muito usado por donas de casa e empregadas domésticas em tempos passados: o ferro de passar movido a brasas. Este velho instrumento de trabalho, ainda encontrado principalmente em casas de famílias que vivem em regiões rurais, apesar de atualmente servir mais como peça de decoração ou como mais um mero objeto no espaço onde se guarda quinquilharias antigas, tem muitas histórias e traz muitas recordações.
Como parte de um projeto iniciado no ano passado, em homenagem ao Dia da Família na Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, em Teresópolis/RJ, solicitei aos oitavos anos da época (atuais nonos anos), entre o fim de maio e o início de junho de 2018, objetos antigos de família, com suas respectivas histórias/recordações, com objetivo de montar uma exposição, realizada no dia 9 de junho. O ferro de passar movido a brasas foi um dos objetos mais citados, sendo trazido por 3 escritores-alunos diferentes. 3 ferros de passar movidos a brasas, 3 relatos/depoimentos/memórias; não havia como ignorar sua importância nas lembranças, nas histórias passadas de trabalho.
Hoje, dia dos trabalhadores, compartilho minhas solidões poéticas com esses 3 ferros de passar movidos a brasas e seus 3 respectivos fragmentos de memórias, elaborados por 3 entusiasmados escritores-alunos.

O velho ferro de passar ou engomar


                Mais conhecido como ferro à brasa, o antigo ferro era como o modelo de hoje, com a diferença de que, para seu uso, abria-se a parte de cima e colocava-se a brasa nessa parte oca do objeto. Depois de tanto tempo, o ferro teve suas evoluções.
Ester Rodrigues Monnerat (na época, 8.º Ano B, atualmente no 9.° B)

O antigo ferro de passar da vovó


Minha avó, quando comprou esse ferro de passar, trabalhava para uma família rica.
      Ela passou muita roupa com esse ferro.
Jonathan Teixeira Maia, (na época, do 8.º Ano C, atual 9.º C), neto de Maria do Carmo

O ferro preto movido a brasas 
de minha avó Maria


No alto de um morro, morava a minha avó com sua família simples. Com o velho ferro preto, ela passava várias camisas, calças, shorts, etc.
      Me recordo de minha  avó dizer que colocava brasa nele e assoprava para aquecê-lo.
      Com o passar do tempo, tudo foi se modernizando. Hoje em dia, ele é só um ferro antigo, mas que um dia teve muitas qualidades e utilidade.
Vitória Fernandes (na época,  do 8.º Ano A, atual 9.º A), neta de Maria da Conceição

Meu filho-poema selecionado na Copa do Mundo das Contradições: CarnaQatar

Dia de estreia da teoricamente favorita Seleção Brasileira Masculina de Futebol na Copa do Mundo 2022, no Qatar, e um Brasil, ainda fragiliz...