Ok, amigos leitores, hoje confesso o evidente: às vezes, pleno de
vazios, me encho de tudo, me escondo, sumo, quase desisto (é só dar uma rápida passada
pelo blog pra perceber minha inconstância no ritmo das postagens). Mas a prosa
poética de uma jovem poetamiga super-talentosa chamada Maísa Morelli Samagaio,
a “menina dos cachos”, de São José do Vale do Rio Preto/RJ, me relembra que é
hora de retornar, parar de me esconder e retomar os projetos poéticos (o blog,
por exemplo).
Conheci Maísa por intermédio da desenhistamiga, escritoramiga e fotografamiga
Lorraine “Loh” Ferreira, ex-artistaluna minha, para quem tive o privilégio de
lecionar e de curtir as suas mil facetas líricas. Loh Ferreira recomendou que a
fodástica poetamiga Maísa Morelli Samagaio procurasse meu blog e me
acrescentasse na sua lista de amigos no facebook. Ao mesmo tempo, Loh me
apresentou um dos escritos de Maísa, “Menina dos cachos”, com o qual
compartilho pela primeira vez minhas solidões poéticas com a minha nova e
talentosa poetamiga de cachos dourados do mais puro lirismo.
Meus olhos ficaram encantados com a maravilhosa e estimulante prosa
poética de Maísa Morelli Samagaio (e tenho certeza de que o amigo leitor também
ficará). Que esta seja a primeira de muitas solidões compartilhadas com a
brilhante escritoramiga Maísa Morelli
Samagaio! O blogueiro que vos escreve
deseja vida longa às inspirações sublimes de Maísa nas solidões compartilhadas
do blog e uma boa leitura aos amigos leitores (saiamos de vez de nossa inércia
sem poesia com este super-lírico escrito!). Até breve e Arte Sempre!
Menina dos cachos
Respirou fundo. Soltou os cabelos e deixou a brisa leve bagunçá-los.
Abriu as asas e se jogou. Criou coragem e agora está aprendendo a voar.
Sentiu-se livre, independente.
Se escondeu por muito tempo. Agora era a hora de sair, sentir os raios
de sol e até mesmos as gotas geladas de chuva.
Afinal, a vida é isso! Altos e baixos; um dia a vida te arranca
lágrimas, noutro sorrisos.
E se não mandarmos o medo embora e passar a vida se escondendo... não
vivemos. E quando estivermos velhos, sentados numa cadeira de balanço... será
que teremos lembranças? Lembranças de alguém que um dia sofreu, chorou, lutou,
quase desistiu ou desistiu, mas viveu cada momento, que derramou lágrimas, mas sorriu
a cada manhã acreditando que seria um dia melhor!
Viva. Sinta. Abra suas asas e voe! Sem medo, sem armaduras e sem se
esconder do mundo.