Olá, caros leitores, bem vindos ao blog daqueles que guardam um sorriso solitário no canto dos lábios que versam sonhos coletivos. Bem vindos ao meu universo virtual poético, bem vindos ao mundo confuso e fictício ferido de imortal realidade. Bem vindos ao inóspito ambiente dos eus líricos em busca de identidade na multidão indiferente, bem vindos ao admirável verso novo.
O mês
de agosto não foi fácil, amigos leitores! Por isso, que nada melhor que, nesses
minutos finais do fatídico mês, retomar o blog e encerrar o mês com um
fodástico poema novo do poetatletamigo Genaldo Lial da Silva, inspirado no tema
“fim de agosto”.
Segundo
o autor, o poema surgiu a partir da declaração amarga do professor-amigo
Fernando de Souza Pires, nosso colega de trabalho, que refletia que até o
chocolate andava sem gosto em agosto.
Yeah, amigos, levei um bom tempo pra retornar ao
blog, mas, como expliquei aos amigos do facebook, andei com muito trabalho na
escola, logo estava um tanto cansado. Mas, aos poucos, vou retomando as
atividades do meu canal no youtube e do blog Diários de Solidões Coletivas.
Pra reiniciarmos as postagens, trago “Proibidos de
Amar”, o mais novo curta-metragem do Grupo Luz, Câmera...Alcino!, da Escola
Municipal Alcino Francisco da Silva, da região rural de Teresópolis/RJ. As
gravações já haviam sido feitas há algum tempo, mas só há poucos dias pude me
concentrar e editar devidamente o curta-metragem livremente inspirado na
inesquecível história de amor proibido pelos pais, escrita por William
Shakespeare: a peça "Romeu e Julieta".
Construída a partir da modernização da tragédia
shakespeariana, da letra de canção "Todo mundo quer cuidar de mim",
de Brava, do poema "Ninguém vai me impedir", da poetaluna Vânia
Ribeiro Camacho do 9.º B, e da crônica "Recado aos pais", de Mayane
de Sousa, do 9.º A, o curta contou com minha direção e edição e atuação dos
artistalunos Carollainy Corrêa, Danylo Sampaio, Hebert Gabriel, Vitória
Cristina, Gutyellen Canto, Stallone Oliveira, Maiara Charles, João Paulo de
Oliveira Costa e Vânia Ribeiro Camacho.
Na trilha sonora, foram escolhidas as canções:
"Sem voltar atrás", de Vinny (só a parte instrumental inicial, para
abertura) e "Amor proibido", da banda de pagode Marcando Pedaço.
O vídeo foi criado devido a um pedido antigo das
artistalunas Mayane de Sousa, Laís Martins, Ana Gabriela Medeiros e Dafiny
Quintanilha.
Além do curta metragem, trago também o poema “Ninguém vai me
impedir”, da mais-que-fodástica poetaluna Vânia Ribeiro Camacho, e a também
mais-que-fodástica crônica “Recado aos pais", de Mayane de Sousa (o
original sofreu algumas adaptações minhas para adequação ao vídeo; trago aqui a
crônica já editada).
Que sejamos sempre livres para amar, sonhar e fazer
muita arte, amigos leitores!
Curta-metragem: Proibidos de amar
(Grupo Luz, Câmera...Alcino!)
Todo mundo quer cuidar de mim
(Brava)
Eu fico quieta, quase não peço nada
E quando é sobre mim, eu fico calada
Todo mundo quer saber da minha história
Dizem que eu tô sempre tão desligada
Todos estão prontos pra me socorrer
E pedem que eu tome muito cuidado
E me dizem que viver é perigoso
E me pedem que eu não saia de casa
Todo mundo quer cuidar de mim
e na verdade o que eu quero é sair
Todo mundo quer cuidar de mim
e na verdade o que eu quero é cair
Todo mundo quer cuidar de mim
e na verdade o que eu quero é sair
Todo mundo quer cuidar de mim
e na verdade o que eu quero é cair
Ninguém vai me impedir
(Vânia Ribeiro Camacho)
Ninguém
pode me impedir
Vocês
não mandam no meu coração
Jamais
deixarei de sentir
Vocês
não controlam essa paixão
Não
podem me proibir de amar
O
sentimento é meu
Meu
amor não vai acabar
Essa
criança aqui já cresceu
Não
vê como você não consegue
Pelo
contrário, só faz aumentar
Pai
você nunca vai conseguir
Aceite
ou me fará infeliz
Recado aos pais (adaptado)
(Mayane de Sousa)
O namoro na adolescência é coisa
normal, afinal, qual adolescente que não ama? Qual adolescente não sofre por
ter amado demais e por ser abandonado pela pessoa amada?
Hoje em dia vemos adolescentes que são
proibidos pelos pais de namorarem. Sabemos o porquê da proibição: ciúmes, medo
de ver o seu filho sofrer. Mas tudo que nós, adolescentes, queremos é que os
pais entendam que amar, sofrer, falar que nunca mais vai fazer de novo e acabar
fazendo, tudo isso faz parte do ciclo de nossas vidas, vai nos ajudar a
crescer.
Talvez nossos amores não sejam por
aqueles que os pais queiram, mas nós queremos; nós, os adolescentes, cansados
de tantas proibições, somos humanos... e os humanos às vezes seguem o que o
coração manda. Quando se acha a pessoa certa não há mal nenhum nisso e ninguém
vai tirar esse sentimento de nossos corações através de injustas proibições.
Pais, nós, os adolescentes, queremos
vocês do nosso lado, que sejam mais compreensivos e que possam nos ajudar,
queremos a liberdade de lhes contar segredos e não apanhar, queremos apenas um
pouco mais de liberdade pra amar sem que vocês nos condenem sem pensar...
Sei
que às vezes fico meio sumido, amigos leitores, mas a vida (e os eventos
artísticos) tem sido mais acelerada que qualquer conexão. Ou seja, o meu sumiço
desse espaço lírico-virtual se deve a uma série de eventos artísticos e
profissionais com os quais estou vibrantemente envolvido (graças a Deus e às
demais divindades que protegem os professores-artistas-patetas, estou com a
agenda de agosto lotadaça. E agosto não poderia começar melhor, amigos! Há
poucos dias atrás, recebi a notícia de que mais uma de minhas crônicas foi
premiada com o 3.º Lugar no Concurso "Lembrança do ìdolo - Homenagem a
Rosil Cavalcanti" [vejam no link: http://www.caldeiraodochico.com.br/parque-o-rei-do-baiao-divulga-vencedores-do-concurso-lembranca-do-idolo/], em São João do Rio do Peixe/PB (como
a cerimônia será no próximo fim de semana e não me planejei, curtirei o sucesso
de minha filha-crônica à distância – mas, deixa estar – farei de tudo pra me
classificar no concurso do ano que vem e, se for bem sucedido na empreitada
artística, ah, da próxima vez, estarei lá com certeza!).
Conforme
prometi aos amigos do facebook e do twitter, trago hoje ao blog Diários de Solidões
Coletivas) a crônica premiada, escrita em homenagem a Rosil Cavalcanti,
fodástico ator, radialista e compositor de canções como “Tropeiros da Borborema”
(interpretada em 1980 pelo Mestre Luiz Gonzaga), “Cabo Tenório” (lançada pelo
Mestre Jackson do Pandeiro, em 1954), “Saudade de Campina Grande” (gravado pela
Diva Marinês), entre outros sucessos [para conhecerem melhor desse fodástico
compositor, nascido em Macaparana/PE, em 20 de dezembro de 1915 {ele faria 100
anos, se ainda estivesse vivo em 2015} e residente em Campina Grande/PB, onde
faleceu em 10 de julho de 1968) compartilho também um vídeo que encontrei no
youtube durante meu estudo para composição da crônica (apesar das fodásticas
parcerias com grandes mestres da música nordestina, o nome de Rosil Cavalcanti
ainda é quase que completamente esquecido/ignorado por muitos brasileiros).
Fiquemos
com a crônica em homenagem a Rosil Cavalcanti e com as suas mais-que-fodásticas
canções! Arte Sempre!
Conversa (a)fiada
com o jovem louco da praça enquanto a Campina fica ‘mais Grande’ no horizonte
distante
Sou muito novo, seu moço, não conheci o Seu Rosil Cavalcanti assim de intimidade, aperto de mão, conversa solta e companhia de baile; o homem faleceu muito antes de eu chegar nesse mundão de Deus... Mas, não sei o senhor me entende, o Seu Rosil Cavalcanti parece que está aqui comigo, bem perto de nós, é aquele lance estranho, seu moço, de sentirmos a presença constante de alguém que nem conhecemos, mas que sentimos como se fosse um velho amigo. Faz tempo que ele me acompanha, seu moço, e não pense que sou doido não, pois eu lhe provo que sou é muito são: ele está aqui, seu moço, dentro desse radinho, toca sempre no mesmo horário no programa do Seu Nonato. Ouve só: está tocando “Tropeiros da Borborema”, com Seu Dr. Luiz Gonzaga.
“Estala relho marvado
Recordar hoje é meu tema
Quero é rever os antigos tropeiros da Borborema”
Essa música me dá um aperreio, seu moço, é daquelas canções que faz a melancolia sorrir arrastada e festiva dentro da gente! Até sinto saudades dos antigos tropeiros da Borborema que jamais conheci. Como posso sentir o Seu Rosil Cavalcanti distante se sua agonia bonita bate aqui dentro de mim? Como posso dizer que ele se foi, seu moço, se ele está aqui?
E já até sei o que senhor pode alegar, seu moço. O senhor pode até me acusar de nem conhecer a tal da Borborema, que eu estou longe das geografias de Campina Grande, terra maravilhosa onde Seu Rosil Cavalcanti desembarcou em 1943, quando nem nascido eu era; o senhor pode até me mostrar nos mapas das gentes sem sonhos que a Paraíba dele está muito longe de nós. Pois mais uma vez quebro seus argumentos, seu moço, com a magia simples dessa cidade pequena, mas grande aos olhos de Deus: pois se achegue aqui no domingo, bem no fim da tardinha, e passe ali no Forró do Risca Faca que o senhor vai ver Campina Grande cada vez mais grande, exuberante entre os forrozeiros do baile da população: vai ver um monte de Sebastiana sendo convidada para dançar um forró na Paraíba, vai reconhecer nos rostos desconhecidos dos seguranças mais marmanjos aquela velha pose de inspetor do “Cabo Tenório”, tantas vezes relembrado pelos grupos que resgatam o repertório do Mestre Seu Dr. Jackson do Pandeiro; o senhor vai ver até milho invisível na “Festa do Milho” sem milho, quando essa música for cantada pelos fãs do rei do Baião que tocam ali no Risca Faca.
Não é preciso morar em Campina Grande para Campina Grande morar dentro da gente, seu moço, ela está aqui no radinho, nas canções tocadas no programa do Seu Nonato, está ali no Baile do Risca Faca, nas festas juninas e julinas que enchem de alegria o coração imenso dessa cidade pequena. Quem ouve as composições do Seu Rosil Cavalcanti nunca está sozinho, seu moço: Campina Grande baila toda comigo quando as canções desse célebre amigo tocam nos meus ouvidos, enchendo meu peito de harmonia e de doces lembranças que eu jamais tive.
Agora me deixa ir, seu moço, que o dia se finda e o sono pede o carinho daquele banco sozinho no qual pretendo dormir se o Seu Guarda não me tirar. Vou eu mais Seu Rosil Cavalcanti pra cama de céu aberto, pra poder aproximar em sonho as estrelas inesquecíveis do distante firmamento da Borborema. Inté mais ver, seu moço, Seu Rosil Cavalcanti e eu gostamos muito de lhe conhecer.
Ontem, dia 03 de agosto, houve o retorno às aulas, o início de segundo
semestre nas escolas municipais de Teresópolis/RJ. E nada melhor que comemorar
esse momento compartilhando minhas solidões poéticas com o jovem e super-talentoso
poetaluno Douglas Marques Lopes, de uma das turmas dos oitavos anos da Escola
Municipal Alcino Francisco da Silva, da região rural de Teresópolis/RJ, onde
leciono.
Poetaluno dedicado e sempre orientado pela professoramiga, minha
companheira no ensino da Língua Portuguesa, Mariuza Diovane, Douglas Marques
traz em sua poética um lirismo vibrante e revelador. Douglas utiliza a poesia para
dar voz aos seus sentimentos mais profundos e outrora secretos que sua
personalidade retraída não lhe permite libertar fora do plano poético; seus eus
líricos abrem suas sensações para o mundo, abraçam cuidadosamente e carinhosamente
o universo das palavras e são carregados de um estilo sincero e espontâneo.
Hoje posto dois de seus diversos poemas (o jovem e super-talentoso
poetaluno organiza em cadernos uma rica coletânea de preciosos poemas de sua
autoria e me deu o privilégio de ler suas obras antes de o público conhecê-las)
para que os amigos leitores conheçam um pouco desse já fodástico artistaluno.
Em tempo: esses dois poemas serão declamados pelos artistamigos que
participarão do próximo evento do Sarau Solidões Coletivas, “As Solidões
Coletivas dos Vadios de Casaca e das Legiões Urbanas”, que acontecerá no dia 08
de agosto, às 17:30h, na Biblioteca Municipal D. Pedro II, em Valença/RJ (Rua
Padre Luna, 68, sl. 101, Centro de Valença/RJ, em frente ao Shopping 99).
Viajemos pelos amores eternos e esperanças dos eus líricos do jovem
Douglas Marques, amigos leitores!
Na sexta, dia 31 de julho, tive o privilégio de, representando o Sarau
Solidões Coletivas, de Valença/RJ, participar do mais-que-fodástico Evento
Sexta Cultural/Encontro de Artistas, na Biblioteca Popular Municipal Anísio
Teixeira, em Campo de São Bento, em Niterói/RJ (ainda tive o prazer de conhecer
um espaço encantador e extremamente lírico. O evento Sexta Cultural/Encontro de
Artistas foi brilhantemente organizado e dirigido pela muito-mais-que-fodástica
dançariina-poeta-artistamiga:Jammy Said, uniu várias manifestações artísticas
(literatura/poesia, dança, música, arte social) numa festa lírica única e
inesquecível!
Hoje posto no blog o vídeo que traz as minhas intervenções poéticas no
evento acompanhado pelo violão lírico do músico-amigo Ébano, de Niterói/RJ. No
evento declamei o inédito “Iluminar”, escrito na madrugada de 31/07 (entre meia-noite
a 2 horas da madruga) em homenagem à Creche Iluminando, conhecida organização
social que ajuda moradores de rua. Juntamente com o vídeo, trago o poema inédito
citado. Depois, declamei dois poemas, “Velho tênis sujo” e “Amor fora de si”,
de meu sétimo livro “Bebendo Beatles e Silêncios” (2013), obra premiada com o
3.º Lugar no Concurso Internacional “Poetizar o Mundo com Livros 2014” (esses
dois outros poemas não foram colocados nesta postagem, pois podem ser
encontrados em postagens anteriores no marcador “George Harrison e eu –
Georgeharrisonianas” na barra lateral deste blog).
Yeah, amigos leitores, graças ao convite da muito-mais-que-fodástica
artistamiga Jammy Said, encerrei o calendário de eventos de julho com chave
lírica de ouro! E agosto promete muito mais emoções, amigos leitores! Leiam o
poema “Iluminar”, curtam no vídeo um pouco do fodástico evento Sexta
Cultural/Encontro de Artistas, mandem seus comentários e preparem-se para novas
emoções nos próximos eventos e postagens! Valeu o apoio mais uma vez e Arte
Sempre!
O vídeo da apresentação:
Carlos Brunno na Sexta Cultural, organizada por Jammy Said
O poema inédito Iluminar, em homenagem à Creche Iluminando
Iluminar
Significados de iluminar:
1- espalhar luz em algum lugar. Clarear.
2- enfeitar com luzes.
3- (Figurado)- esclarecer; mostrar melhor.
4- (Figurado)- orientar ; inspirar.
5- (Figurado)- tornar-se vivo; animado.
6- (Figurado)- ilustrar; enobrecer.
Deixa-me acender a lanterna em teu peito, mãe do sagrado coração
desfeito,
Pois é preciso espalhar luz nesta manjedoura de novos Jesus
abandonados, sem lar,
É preciso enfeitar com o brilho dos anjos o teu telhado de estrelas
apagadas,
É preciso tornar mais clara a estrada que leva os novos reis magos até
a tua casa sem paredes.
Deixa-me abrigar teus filhos açoitados pelo sereno, mãe do divino
perdido nas ruas do esquecimento,
Pois é preciso orientar os olhos cansados a derramarem chuvas de
esperança e glória
Ao invés de lágrimas de estéril revolta,
É preciso animar as emoções desanimadas, acordar a luz nobre adormecida
no leito plebeu,
É preciso ilustrar com luminosa caridade a humanidade anoitecida pelas
trevas do egoísmo.
Deixa que meu poema envolva os desertos eus até transformá-los em
correntes nós, mãe de todos vós sem voz,
Deixa a poesia falar, brilhar e alcançar os olhos sem iluminação
Para sairmos juntos desse labirinto incerto cheio de visões turvas e
abandono cego,
Vamos juntos derrotar o Minotauro da Acomodação!
Deixa a poesia de estrela guia, mãe protetora das almas perdidas,
Vamos juntos, senhor, senhora, senhorita, relembrar a União esquecida,
Pois é preciso abraçar os astros depostos pra constelação continuar
luzidia,
É preciso resgatar a luz apagada do outro pra mantermos a chama
infinita.
Vamos juntos, senhor, senhora, senhorita, ressuscitar a constelação da
vida!