sábado, 28 de julho de 2018

O Cordel do Carrossel das Burrinhas


Isso aconteceu no Programa Passa Ou Repassa, apresentado por Celso Portiolli, no SBT, e, devido à gafe, bombou em vídeos cômicos do Youtube: as atrizes Marcelina Guerra e Alicia Gusman, conhecidas por suas atuações na novela Carrossel, quando interrogadas no quadro do programa Passa ou Passa qual era a identidade do personagem de histórias em quadrinhos Tony Stark, cada uma deu uma resposta mais insólita que a outra com uma certeza comicamente equivocada – uma citou Super-Homem e a outra, eufórica, citou Batman.
Tempos depois, tal acontecimento não escapou dos olhos antenados e líricos dos artistalunos do nono ano do Centro de Ensino Serrano de Teresópolis/RJ, que, durante a aula de introdução ao gênero lírico cordel, produziram coletivamente o cordel “Carrossel das burrinhas”, postado, juntamente com o vídeo da gafe, logo abaixo.
Bom divertimento e Arte Sempre, amigos leitores!




Carrossel das burrinhas

Isso aconteceu
No Passa ou Repassa
Com Celso Portiolli
Não foi sem graça
Tinha duas burrinhas
Que se fizeram de palhaças

Elas tinham que acertar
De Tony Stark a identidade
Disseram Super-Homem e Batman
Mas isso não era verdade
Um mico pagaram
E viraram do riso celebridades.
(Escrito por Isabella Silva Valentim, Giovanna da Silva Rodrigues,Eduardo da Costa Pinto Cabral, Fellipe Patricio da Rocha, João Pedro Pimenta Ramos e Lucas Lucindo da Silva, sob supervisão do Professor Carlos Brunno, durante a  aula de Redação de introdução ao cordel de 10/07/2018)



domingo, 8 de julho de 2018

As Novas Cartas de Amor aos Mortos, escritas pelo Oitavo Ano do Centro de Ensino Serrano de Teresópolis/RJ


Inspirados na proposta de redação sugerida nos primeiros fragmentos do romance “Cartas de Amor aos Mortos”, da escritora Ava Dellaira, os escritores alunos do Oitavo Ano do Centro de Ensino Serrano de Teresópolis/RJ produziram cartas em homenagem a seus ídolos que faleceram.

                No livro “Cartas de Amor aos Mortos”, tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno da protagonista Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Já os escritores alunos do Centro de Ensino Serrano escolheram outros ídolos para seu “Correio do Além”: parentes queridos que partiram (estas cartas, mesmo sendo belíssimas, foram omitidas nesta postagem, em razão do caráter extremamente pessoal  e confessional dos escritos), Martin Luther King Jr., Stephen Hawking, Ayrton Senna, Roberto Gomez Bolaños  e Renato Russo.
Hoje, trago algumas dessas cartas, que fizeram parte da exposição da Feira Literária do Centro de Ensino Serrano de 2018.
Boa leitura e Arte Sempre!



Teresópolis/RJ, Brasil, 04/04/2018 


Querido Martin Luther King Jr.,


Olá, Martin, decidi escrever para você porque hoje é o dia em que você morreu, porém exatos cinquenta anos depois. Gosto muito de seus discursos e suas frases. A que mais gosto é: “Para criar inimigos não é necessário declarar guerra, basta dizer o que pensa”.


Sei que, na sua época, você tinha muitos inimigos e era contra toda política americana e contra o racismo. Porém, com somente 39 anos, já tinha conseguido balançar todos os Estados Unidos com uma política de paz.


Atualmente, você, Martin Luther King Jr., é o maior símbolo contra o racismo nos Estados Unidos e no mundo. O que você disse no seu discurso “Eu tenho um sonho” se tornou realidade, e não só para seus filhos, mas para o mundo.


Atenciosamente,


Daniel da Rocha Lima


Teresópolis/RJ, Brasil, 10/04/2018 

Querido Stephen Hawking,

Venho, por essa carta, te dizer que você foi um guerreiro, pois, com essa doença degenerativa, você poderia simplesmente “desistir da vida”, mas foi além, fez cálculos complexos e escreveu livros, ações que homens “normais” não fazem.

Você lutou até o fim, ao ponto que só conseguiu falar usando um adaptador que captava o movimento de sua bochecha.

Obrigado por todas suas frases ditas nesse mundo.

Adeus,

Arthur Andrade Corrêa de Melo


Teresópolis/RJ, Brasil, 12/04/2018 

Ayrton Senna,

Gostaria de te conhecer, pois as pessoas me falam que você corria muito e, quando botava o carro na frente dos outros, ninguém conseguia chegar em você e te passar.

Você poderia ter muitos anos de carreira, mas infelizmente morreu.

Atenciosamente,

Filipe Soares Pereira de Medeiros


Teresópolis/RJ, Brasil, 04/04/2018 

Incrível pesquisador sobre Física e lutador Stephen Hawking,

Gostaria de parabenizar você.

Sei que nasceu na Inglaterra, Oxford, em 8 de janeiro de 1942. Ao contrário do que seu pai desejava, que era que você cursasse Medicina, seguiu sua paixão que era saber mais sobre a galáxia.

Aos seus 21 anos, descobriu sua doença que não havia cura, a esclerose lateral amiotrófica.Você participou de filmes e seriados conhecidos, entre eles The Simpsons, Futurama, Dexter’s Laboratory, The Big Bang Theory. Seus temas abordados eram sensacionais, como: natureza da gravidade, a origem do universo. Apesar de sua luta em relação à doença, você não deixou de lutar e estudar. Em um de seus documentários, alegou que é uma necessidade sua saber mais sobre o universo.

Você morreu em casa em Cambridge, na Inglaterra, no começo da manhã de 14 de março de 2018, com 76 anos. Foi elogiado em diversas áreas na Ciência.

Milla Miranda Silva Carvalho


Teresópolis. 9 de abril de 2018.

Caro C. S. Lewis,

Acho admirável seu trabalho, principalmente as suas produções voltadas ao cristianismo, como “Protestantismo Puro e Simples” e sua coleção “Milagres”. Gosto de assistir ao “As Crônicas de Nárnia”, que foi inspirado no seu livro.

Meu irmão tem uma biografia sua que foi escrita por David Downing, “C. S. Lewis, o mais relutante dos convertidos”. Esse livro tem como foco o período da sua infância até o início dos seus 30 anos, quando viveu uma jornada tumultuada de pesquisa espiritual e intelectual. Penso como marcou a história com suas obras, do modo que começou no início de 1930 e ainda é conhecido atualmente, em como seus livros escritos detalhadamente há anos são sucessos de vendas.

Você usou dedicação para defender sua fé – isso é admirável.

Respeitosamente,

Vitória Lopes de Carvalho Vidal 


Teresópolis/RJ, Brasil, 04/04/2018 

El Chavo,

Olá, Roberto Gomez Bolaños, eu não te conhecia com esse nome como creio que todos os meus amigos também não. Nós te conhecemos como Chaves. Eu sempre te via na televisão, suas piadas nunca perdiam a graça.

Todo o Brasil te conhece como Chaves, seu programa fez parte da infância de todos. Mesmo falecido, seu programa ainda faz sucesso. Se você estivesse vivo, estaria orgulhoso pelo império que construiu de pessoas que te conhecem.

Atenciosamente,

Anderson Siqueira Junior 


Teresópolis/RJ, Brasil, 14/04/2018 

Querido Renato Russo,

É um grande prazer escrever uma carta para um grande ídolo como você.

Gostaria de agradecer pela grande geração de músicos que se espelham em você e em suas composições. Gostaria de agradecer também pelas suas músicas que são como uma herança para o mundo.

Fico triste por saber que muitas pessoas ainda não conhecem suas músicas e a Legião Urbana. Mas isso pode mudar, essa “geração coca-cola” pode mudar, e isso me deixa entusiasmada.

Às vezes brinco dizendo que “nasci na época errada” e que nunca irá existir alguém como você, um grande cantor e compositor, com tanta dedicação pelo nosso país, que infelizmente está cada vez mais em decadência; não digo só em relação à política, mas à cultura. Como sua música cita: “Que país é esse?”.

Beijos,

Giovanna Pimentel Lage




sexta-feira, 6 de julho de 2018

Os mais que fodásticos Planos e Poemas de Nanny Oliveira


E, mais uma vez, a Seleção Brasileira, “a pátria de chuteira no pé”, é eliminada nas quartas de final  da Copa do Mundo  (já colecionamos 4 eliminações [3 nas quartas] para seleções europeias, cujos países possuem um índice muito superior ao nosso no investimento em saúde, educação e, pasmem, até no esporte do qual somos tão vidrados). Como afirma a fodástica escritoramiga valenciana Nanny Oliveira, com sua ironia lírica sutil, “pelo jeito, acabou a alegria do brasileiro, volta a rotina... Fora Temer, abaixar a gasolina.... e não ser liberado mais cedo do trabalho!”
E por que estou falando da fodástica artistamiga Nanny Oliveira? Porque, pela primeira vez no blog, tenho a honra de compartilhar minhas solidões poéticas com os mais que fodásticos escritos dela. Conheço Nanny Oliveira há tempos, antes mesmo de ela surgir com esse quase pseudônimo (na verdade, é uma espécie de diminutivo do nome dela – e fato poético: com essa diminuta alteração, ela revelou sua grandeza lírica). Conhecia-a com seu nome de batismo, com seu nome do dia a dia, da rotina e das muitas vezes que nos esbarramos na zoeira ou no caminho para casa (somos de bairros vizinhos em Valença/RJ). Já a Nanny Oliveira conheço há pouco frequentando a rede social virtual facebook (“como eu não conhecera esse lado lírico dela antes?”, minha alma sedenta pelo vigor da fodástica poesia me pergunta, constrangida) não deixa de ser a Regiane dos dias a dias às vezes loucos, às vezes simplesmente iguais a outros dias,  vive a mesma rotina, mas a sublima com um lirismo espetacular. Ela mesma se define: “Não sou fofa, não sou doce, sou amorosa com quem sabe extrair o meu melhor. Mas sei uma aspereza, uma rispidez e um sarcasmo que não desejo a ninguém. Isso pode ser chamado de crueldade. Eu chamo de posicionamento”. 
Sua prosa poética e seus contos breves, todos sem títulos, atirados à efemeridade das publicações no facebook,  trazem aquela alma esfacelada, mas rebelde, lutadora, resistente, grandiosa apesar de toda a falta de grandeza nos nossos dias (sim, combina exatamente com minha estética de “poeta da derrota gloriosa”; sim, foi fascínio à primeira vista ler as atualizações líricas de Nanny Oliveira). Como blogueiro e criador da seção das Solidões Compartilhadas, espaço onde apresento novos, velhos e eternos fodásticos autores amigos, não podia deixar esses textos apenas no espaço passageiro das publicações do facebook, pedi, implorei que Nanny Oliveira liberasse seus fodásticos escritos para serem postados aqui no blog. E ela disse sim! (Fiz o sinal da Cruz e Sousa quando ela permitiu, agradecendo a todos os Deuses da Poesia por essa sublime permissão).
Pensam que eu estou exagerando, amigos leitores? Pois então leiam, amigos, e tenho certeza de que ficarão tão fascinados quanto eu pelos mais que fodásticos escritos líricos de Nanny Oliveira. Boa leitura e Arte Sempre!

“Seu Moço, acordei me perguntando por que a vida é essa reunião de sucatas e sucessão de ressacas. Pedaços de sonhos enferrujados espalhados pelo chão. Abraços a doses de euforia escorridas pelos dedos da mão. Pés bambeiam em lugar nenhum, coração se machuca em jejum e a cabeça lateja.
Veja: o nosso intento é um infortúnio. Por que destinos e bebidas sempre fogem ao nosso intuito? A gente se embriaga de planos e poemas e, no fim, nenhum sorriso é gratuito. Eu só pretendia colocar para fora o desejo que me preenche o peito e engolir uma garrafa cheia de mundo. É pedir muito?
Eu queria só por uma vez pagar a conta e chegar em casa com a certeza de que a felicidade realmente exige pouco. Mas, se tiver somente moedas de dor, Seu Moço, dessa vez não precisa trazer o troco.”
Nanny Oliveira



“Reconstruí meus dias do que não deixei ficar pelo caminho e percebi que o que restou foi minha mais pura essência.
Mergulhada em mim,decifrei todos os meus mistérios,encontrei a saída dos labirintos que o tempo causou,cicatrizei feridas que sofriam por doer,apaguei mensagens antes gravadas,que martelavam em meu ser de forma ensurdecedora.
Busquei a coragem que se acovardara na incerteza.
Agora me vejo inteira com as quatro estações dentro de mim: sei onde buscar meu sol e a hora de me deixar florir!”
Nanny Oliveira



“E bateu a exaustão.
Não, não da quarta-feira, mas sim dessa gente hipócrita e mesquinha, que fala uma coisa e faz outra, e que não faz nada de útil.
Bateu a exaustão dessas pessoas de sentimentos passageiros, do "eu te amo" sem valor algum que é dito como se fosse um "oi, tudo bem?".
Ela anda sem paciência com a maioria das pessoas, até se culpa por isso, mas não entende como atrai tanta gente imbecil pra sua vida.
Bateu a exaustão, das promessas não cumpridas, de doar-se e não ter o menor sinal de reciprocidade, de tentar resolver os problemas de todo mundo, e só receber ingratidão em troca.
E agora ela cansou de apanhar da vida, não vai bater de volta, não vai ficar revoltada, nem muito menos querer vingança por sofrimentos passados.
Bateu o amor próprio, ela apanhou todos os sorrisos que deixou pelo caminho e seguiu.”
Nanny Oliveira



Meu filho-poema selecionado na Copa do Mundo das Contradições: CarnaQatar

Dia de estreia da teoricamente favorita Seleção Brasileira Masculina de Futebol na Copa do Mundo 2022, no Qatar, e um Brasil, ainda fragiliz...