sábado, 12 de maio de 2018

Solidões Compartilhadas: A Premiada Vida e O Emblemático Viajante do Futuro de Débora Branco


Há 2 dias atrás (10/05), a fodástica poetamiga teresopolitana Débora Branco fez aniversário.
Conheci seus poemas na época em que ela ainda era estudante na Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, em 2014. Eu ainda não lecionava Português na turma dela (isso só aconteceria no ano seguinte), mas, por recomendação de vários artistalunos, voltei minha atenção para sua poética e, assim, conheci um de seus mais formidáveis poemas, “Vida”, já publicado aqui no blog (e relembrado nesta postado junto de outros). Diante do fodástico poema, não resisti e, mesmo Débora não sendo minha aluna, apadrinhei seu lirismo e enviei seu poema para disputar a Categoria Juvenil do Concurso de Poesia da Alap (Academia de Letras de Paranapuã) de 2014, no Rio de Janeiro/RJ. Não deu outra: o poema “Vida” de Débora Branco foi laureado com Medalha de Ouro no certame literário daquele ano!
Em 2015, Débora Branco esporadicamente me entregou uma série de poema, entre eles - outro que destaco nesta postagem – o intrigante, emblemático “Viajante do futuro”, cheio de referências literárias e reflexões filosóficas (marca principal dos escritos poéticos da jovem escritora). Como uma “viajante do futuro”, Débora sempre esteve liricamente à frente de seu tempo, com uma poética madura e sublime. É sempre uma honra compartilhar minhas solidões poéticas com essa fodástica e merecidamente premiada escritoramiga.
Fiquemos com a vitoriosa “Vida” e as passadas viagens “do futuro” de Débora Branco, amigos leitores!

Vida

Às vezes penso em acreditar,
Mas prefiro sonhar.
Às vezes quero correr
Em vez de caminhar.

Não penso no distante futuro,
Apenas no imediato amanhã;
Hoje foi descoberto,
Hoje o presente,
Amanhã o mistério.

Mas a vida nos surpreende
Em cada minuto,
Enfim somos
Apenas marionetes do absurdo da vida.
(Poema de Débora Branco, premiado com Medalha de Ouro, na Categoria Juvenil do XXV Concurso de Poesia da ALAP [2014])




O viajante do futuro

Quem é esse?
Um viajante do futuro?
Quando olhares para o futuro o que verás?
Tantas perguntas e tão poucas respostas.
Não se preocupe com as perguntas
E sim com as respostas.

Mas que mistério há nesse viajante...
Sabe todos os segredos da vida,
Tantas vividas e tão pouca sabedoria,
O mundo gira, a tristeza fica
E uma nação na solidão.

Não desiste do impossível,
Não deixe de descobri-lo.
O que é a ilusão?
Uma armadilha do destino
Ou a última solução?

Esta é a cicatriz que o tempo nos deixou.
Sabes quem é o viajante do futuro?
O próprio tempo que nos adiantou!



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