quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Vencendo os medos e plantando flores belas com os eus líricos de Thaynara Medeiros

Ela não é de falar muito, mas é extremamente dedicada às atividades que se propõe e quando escreve... Uau!  Será tímida? Talvez... Observadora silenciosa do mundo à sua volta?  É quase certo. Uma brilhante escritoraluna? Com certeza! Ela não precisa berrar e/ou sinalizar aos quatro ventos para brilhar;  seus gritos silenciosos em versos ecoam nos olhos fascinados de quem a lê e caminham rumo às maiores constelações! Estou falando da superlírica, a mais que fodástica Thaynara Medeiros, de Teresópolis/RJ.
Quando comecei a lecionar na turma dela, neste ano, na Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, não sabia muito bem o que esperar e o que buscar nela: quase não falava, mas fazia todas as tarefas sem muita dificuldade, tirava uma dúvida ou outra quando sentia necessidade, só se comunicava quando achava necessário e ainda aparentava um certo ar misto de blasé com tédio. Falhei feio nesta primeira interpretação; depois de um tempo, percebi que seu ar estava mais para observadora constante e secretamente atenta a tudo, aprendendo e apreendendo silenciosamente todo lirismo que rondava fora e dentro da sala. Thaynara já meio que se destacava nas notas e nas atividades, mas foi nas aulas de produção textual que vi seu maior potencial: seus textos transcendem os temas que ela se propõe a escrever, sua face ganha uma luminosidade única quando está em rigoroso e intenso processo de escrita lírica e ela sorri suavemente, num misto de satisfação e de segura insegurança com o texto concluído (comum nos grandes escritores que procuram a perfeição), quando encerra e me apresenta um novo e genial texto – como eu não tinha percebido logo de cara? Ali estava uma mais que fodástica escritoraluna!
E para que você, amigo leitor, também possa curtir a arte dessa iluminada escritoraluna, trago ao blog dois fodásticos poemas de Thaynara Medeiros: o primeiro (“Meus medos”) foi finalista na seletiva de poemas para representar Teresópolis/RJ no V Festival Intercolegial de Poesias (aquele certame literário, cujo poema escolhido foi o da também mais que fodástica Nathacha Felippe Corrêa, coincidentemente da mesma turma da qual Thaynara fazia parte) e ganhou uma versão em curta metragem do Luz, Câmera...Alcino!, dirigido por mim e interpretado por Alessandro Rofrigues, Isabela Corrêa, Samira Ferreira e Hevelyn Silva (posto-o logo abaixo, juntamente com o poema); o segundo (“Flor bela”), Thaynara se inspirou no pseudônimo que dei a ela na seletiva de poemas (batizei-a de Florbela, em homenagem à fodástica poeta portuguesa) e, mesmo desconhecendo poemas da escritora portuguesa homenageada, a talentosa poetaluna acabou fazendo intuitivamente um poema em tributo a uma flor bela, tão sublime e melancólico que também serve, numa leitura mais figurada, como homenagem à ilustre  Florbela Espanca. Esses dois fodásticos poemas de Thaynara Medeiros, iluminados de grande brilhantismo lírico, são só o início – Thaynara possui muitos outros fodásticos poemas, que serão compartilhados em outras postagens.
Boa leitura, amigos leitores e sigamos o exemplo da super poetaluna  Thaynara Medeiros: que vençamos nossos medos e plantemos sempre flores belas em nosso jardim.

Meus medos

Essa manhã acordei...
E venci mais alguns dos meus medos
Medo de viver e medo de morrer
Medo de te perder e medo de te esquecer

Medo do agora, medo daquela hora
Medo do novo, medo daquele nosso acordo
Medo da verdade e medo da maldade
Medo do escuro, medo de ver o futuro

Medos, por que me assombram?
Não sabem que eu não queria estar aqui
Nesse mundo cruel, onde todos são réus,
Onde até o fel ficou melhor que o mel.

O meu peito está ferido,
A minha voz parece que está embaixo de lençóis.
Precisamos de alguém que pense em nós!
Não podemos calar nossa voz...



Meus medos – O Curta Metragem
do Luz, Câmera...Alcino!


O Luz, Câmera...Alcino! continua ativo nas filmagens de curtas e, desta vez, aborda os medos numa interpretação lírica do fodástico poema "Meus Medos", da poetaluna Thaynara Medeiros, da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, da região rural de Teresópolis/RJ.
Ficha Técnica:
Curta metragem: Meus Medos
Inspirado em poema homônimo de Thaynara Medeiros
Gênero: Drama Lírico
Origem: Teresópolis/RJ,  Brasil, 2017
Produção: Luz, Câmera...Alcino!
Direção, filmagem e edição: Professor Carlos Brunno
Roteiro: Autoria Coletiva
Cenário: Sala do 9.º A.
Figurino: Artistalunos ddo Luz, Câmera...Alcino! e Professor Carlos Brunno
Maquiagem:  Artistalunos do Luz, Câmera...Alcino!
(d)Efeitos Especiais: Professor Carlos Brunno
Atores/Declamadores:
Alessandro Conceição
Hevelyn Silva
Isabela Corrêa
Samira Ferreira
Trilha Sonora:
"Horror Music", de Audionautix (música de abertura)
licenciada sob uma licença Creative Commons Attribution (https://creativecommons.org/licenses/...)
Artista: http://audionautix.com/
"Italian Afternoon" de Twin Musicom (canção dos créditos)
licenciada sob uma licença Creative Commons Attribution (https://creativecommons.org/licenses/...)
Artista: http://www.twinmusicom.org/

Flor bela

Uma linda flor a desabrochar
Com sua dor a se destacar,
Cada propósito iluminar
E aos humanos inspirar.

Flor bela, onde tu estás?
De repente começou a murchar,
Foi ferida ou arrancada
Ou apenas ficou com suas pétalas amareladas...


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