domingo, 25 de junho de 2017

Cesse tudo o que a Musa antiga canta que hoje é Anielli Carraro quem brilha, canta e encanta!

Essa solidão compartilhada de hoje, eu começo diferente: anuncio a heroína estrela lírica da postagem, parafraseando Camões:
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre soberano
A quem Dionísio e Vênus obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta:
Comemora outro ano de eternidade
A estrela mais lírica da cidade!
Hoje comemoramos mais um aniversária da Mestra Divativistartistamiga Voltarredondense Anielli Carraro, vencedora do Prêmio Olho Vivo 2013 na Categoria Poeta, e quem ganha presentes liricamente fabulosos são os amigos leitores, pois também hoje compartilho minhas solidões poéticas com mais que fodásticos poemas e prosa poética desta formidável  e premiada divartistamiga, da Vitrine Cultural e das muitas outras Voltas Culturais Que a Volta Redonda dá!
Que sua lira iluminada e fascinante nos acompanhe nessa viagem pela leitura, amigos leitores!

A brisa dos novos tempos entrou pela fresta da porta, pousou seu perfume no meu sonho enquanto eu dormia e depois sussurrou no meu ouvido, suas palavras mágicas. Deitou seu olhar morno sobre a minha pele e me atiçou os pelos.
A brisa suave me tomou a alma, e enlaçou meu corpo, desenhou minhas curvas e ensaiou meus versos.
Depois de tudo, ficou o riso solto ao vento, espantando pra longe o que não nos pertence e a impressão de que nunca foi tarde.
Anielli Carraro

Nas ruas irrompem primaveras vorazes.
Nos castelos se escondem em festas de gala,
os asquerosos algozes.
Vastos rios de rostos confusos se esbarram
e morrem em silêncio nas suas casas mudas,
com suas olheiras profundas,
seu uísque predileto e seus ternos cinzas.
Anielli Carraro

Há dias em mim, que desfolho tempestades,
ventos do norte me arrastam pela casa,
rompendo meus olhos cerrados
e minhas cortinas fechadas.
Há manhãs em que acordo suave brisa,
remanso breve pra um leve despertar,
medida suave e precisa
e certa doçura no olhar.
Há noites em que sou outra
e ela me confessa sem receios,
sobre seus medos, seus anseios,
me beija antes de dormir
e volta antes que eu possa acordar.
Anielli Carraro

Eu espero,
como a primavera espera o fim do inverno,
como as marés aguardam a lua cheia,
como o sentimento espera o olhar.
Eu espero,
como se o tempo pudesse acelerar o instante
e o desejo fosse a desculpa perfeita,
para o beijo que sonha em chegar depois.
Eu espero,
enluarada de anseios,
repleta de risos,
feito flor molhada de chuva,
feito manhã banhada de sol.

Anielli Carraro

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