quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Clube do Livro Alcino Voraz: O início - Escritores-Leitores Vorazes praticam Jogos Líricos Vorazes

Hoje é o dia da estréia oficial do filme “Jogos Vorazes – A esperança Parte 2” e isso faz lembrar o blogueiro-poeta que vos fala sobre um projeto fodástico que realizei com os mais-que-fodásticos artistalunos da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, da região de Teresópolis/RJ: o Clube do Livro Alcino Voraz.
No dia 08/09, um dia após a ‘Independência’ do Brasil, promovemos, na E. M. Alcino Francisco da Silva, a primeira reunião do Clube do Livro Alcino Voraz. Partindo da ideia do Círculo do Livro Alcino, iniciada e idealizada no ano passado pelas poetalunas Ana Gabriela Medeiros e Laís Martins, e livremente inspirado no conhecido Clube Literário Palavras ao Vento, de Valença/RJ, organizado por Pit Larah e Cia, o Clube do Livro Alcino Voraz tem como principais objetivos: estimular a leitura reflexiva, compartilhar e debater experiências de leitura, estabelecer leituras comparativas entre as diversas linguagens literárias (visão comparativa de livros e versões cinematográficas) e fazer a releitura de obras literárias através da produção textual (construir novos poemas, contos e crônicas inspirados no conteúdo do livro debatido).

Feito no contraturno das aulas, a primeira reunião contemplou como livro-tema o primeiro romance da trilogia “Jogos Vorazes”, da escritora estadunidense Suzane Collins. Foi realizado o debate do livro (homônimo ao nome da trilogia), incluindo as relações históricas que envolvem a obra (regimes totalitários, fatos históricos e pessoais que estimularam a escritora na construção do romance, comparações com o nazismo, fascismo e colonialismo, indústria do entretenimento [de reality shows e programas de MMAs) a exibição da versão cinematográfica do livro e a produção de poemas inspirados na obra.
A entrada e participação no Clube do Livro Alcino Voraz é livre/opcional (somos escritores-leitores vorazes e não autoritários como os governantes da Capital de Panem rs) e rende mais conhecimento e troca de experiência, sem barganhas de pontos extras, e contou, no primeiro encontro, com os leitores-guerreiros-artistalunos-vorazes Paulo Ricardo, João Paulo De Oliveira Costa, Rian Lopes, Stallone Oliveira, Diogo Lima, Amanda Barboza, Patricia Flores e Guttyellen Canto. Na postagem de hoje, trago os primeiros poemas, escrito por eles e por mim,  inspirados no livro e na versão cinematográfica de Jogos Vorazes.
E quem pensou que a ideia era apenas uma ‘moda passageira’, não sabe o quanto somos leitores guerreiros: depois desse primeiro encontro, já fizemos mais 2 (para os outros dois livros da trilogia “Jogos Vorazes – os poemas serão publicados aqui no blog nas próximas postagens), com cada vez mais adesões, e já prevemos, pelo menos, mais uns 3 antes de o ano letivo acabar (!!!!).
Vida longa ao Clube do Livro Alcino Voraz – Educação, Alcino Teresópolis e Arte Sempre!

Jogos Vorazes 
(Paulo Ricardo e Rian)

O que pensar naquele momento?
Correr ou morrer, realmente é o que todos pensam
Sobreviver – sonho de muitos, realidade de poucos.

Os que iam para os jogos e tinham ânsia de vencer
Frequentemente eram favorecidos e mais patrocinados
Os membros dos primeiros distritos
Enquanto os outros – quase todos – eram sacrificados.

Em meio a tantas armadilhas e perigos
Com muitos inimigos
Entre vinte e quatro tributos
Somente um sairá vivo.

Viver ou morrer 
(Diogo Lima, Amanda Barboza, Patricia Flores e Guttyellen)

2 semanas em pânico
24 tributos
E somente um irá ganhar.

A floresta os organizadores dos jogos podem controlar
Os tributos irão se machucar
E também terão que ser espertos
Tudo para ficarem cada vez mais despertos

Pessoas quando forem morrer
Será pra valer
Somente um irá vencer.

Sentimento voraz 
(João Paulo e Stallone)

Vinte e quatro de nós foram convocados
E somente um será consagrado
Um só povo dividido em 12 distritos
Mas todos nós temos uma coisa em comum:
Somos heróis por aguentarmos uma vida sofrida,
Condenados pelos pecados de eras atrás.
Será que não seremos perdoados nunca mais?
Será que esses sentimentos serão transmitidos por mais quantas gerações?
Imagine como lidamos com tantas emoções
Meu instinto fala mais forte,
Não importa quanto eu tente, não consigo controlar
Minha alma fala mais alto, tenho que me revoltar.
Acima de nós está a Capital,
Formada por tolos e ignorantes de modo geral
Mal sabem que seriam nada sem os distritos
Deveriam nos ver como heróis mais do que como sacrifícios.

Os últimos suspiros de Cato 
(Carlos Brunno S. Barbosa)

Pareço arrogante
Para teus olhos capitais
Cheios de humildades superficiais
Ah, tua maquiagem borra
Enquanto eu sangro...

Eu sou teu monstro de estimação,
Princesinha Capital,
O dragão sensual da lâmina letal,
O pior mal que te faz tão bem.
Assistes extasiada ao meu show animal.

Enquanto beijas teus amantes,
Eu lapido com sangue
Os teus diamantes.

Tantos pensei ter matado
Para descobrir na infinita poça de sangue
O reflexo de meu rosto destroçado.

Eu sempre estive morto, crueldade miss,
Mas só agora percebi.




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