terça-feira, 29 de julho de 2014

Cem Poemetos de Solidão: Poemeto LXXXVII

LXXXVII


Gosto quando Sherazade faz biquinho, deixa nosso amor mais vivo. Seu ar resoluto de que nos separaremos em absoluto desperta meus instintos criativos mais absurdos. Não tocá-la nesses segundos de rancor me leva a um mundo impossível, desesperado pelo retorno invencível de seu calor. O sentimento contrariado permite a invenção de momentos de reconciliação, muito mais apaixonados por serem completamente idealizados. Gosto quando Sherazade faz biquinho, porque, no toque reprimido, existe um mundo invisível, muito mais bonito e criativo.



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