quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Solidões Compartilhadas: Inexplicavelmente Adriano Gonçalves (in memoriam)

Adriano Gonçalves
e a amiga Luiziana
(foto escolhida e
gentilmente cedida
por Ana Maria Gonçalves,
mãe do artistamigo)
Hoje faz 1 ano desde que Ju e eu recebemos a notícia da morte do artistamigo Adriano Gonçalves, músico, artesão e compositor de Nova Iguaçu/RJ, que influenciou tantos artistas valencianos (como os músicos José Ricardo Maia, Fael Campos, entre outros) com sua arte vibrante. Como sua partida foi um tanto inexplicável (para a surpresa de todos os seus amigos e familiares, ele escolheu o momento de sua morte), hoje posto a sua letra de música “Inexplicavelmente”, já gravada em vídeo por Fael Campos & Zé Ricardo e diversas vezes tocada por esses fodásticos músicos amigos. Também deixo a versão dub da música, postada por Charada Andrade, da banda Dezabutinados, da qual Adriano fez parte.
Fael Campos, músico e amigo
de Adriano Gonçalves
Em tempo: Em sua participação na Grade Cultural, na noite do dia 10 de janeiro de 2014, Fael Campos promete tocar, além de canções de sua autoria, diversas composições de Adriano Gonçalves, em tributo ao artistamigo falecido, mas nunca esquecido.
Faço também um agradecimento especial à mãe de Adriano Gonçalves, Ana Maria Gonçalves, que gentilmente me cedeu a foto acima, onde o fodástico artistamigo, acompanhado da amiga Luiziana Maia, traz um daqueles sorrisos que conquistaram vários artistamigos – que nos lembremos dele assim, sorrindo, para a tristeza de sua ausência seja menos dolorida, apesar de impossível de ser esquecida.
Arte Sempre, amigos leitores. Mesmo nos minutos de silêncio e de pesar, a poesia continua nos sorrindo sempre, mesmo que não saibamos explicar pra nós mesmos o porquê, mesmo sem sabermos o porquê...

Inexplicavelmente

Inexplicavelmente eu tento explicar pra mim mesmo
Mas explicar o quê
Se a cada nóia que passa a gente cresce?
Mesmo sem saber por quê
Me deixe viver em paz
O teu silêncio  é bem-vindo
Tuas palavras indiscriminadas
Que envenenam ao serem ensinadas
Essas palavras indiscriminadas
Que envenenam ao serem ensinadas
Mentes subordinadas
Que discriminam e falham
Incineram a esperança como se fossem palha
Até ela virar pó

Mesmo sem saber por que
Se sabe o que dizer
Não diga o que não vê
Aprenda um pouco mais
Para crescer
Se sabe o que dizer
Não diga o que não vê
Deixar de ser covarde
Pra vencer.



Um comentário:

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