segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Poetalunos que brilham II: Os poemas do CEDOT premiados no Concurso de Poesias da ALAP 2013

Professora Juliana Guida Maia e seus poetalunos do CEDOT
comigo e com os poetalunos da E. M. Alcino Francisco da Silva
Os talentosos poetalunos da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, de Teresópolis/RJ, onde leciono, não foram os únicos que brilharam no Concurso Nacional de Poesias da ALAP em 2013. Os fodásticos poetalunos dos sétimos e nonos anos do Colégio Estadual Doutor Oswaldo Terra (CEDOT), de Valença/RJ, orientados pela professora-poeta Juliana Guida Maia, também abrilhantaram o famoso evento cultural, cuja premiação sempre acontece no final do ano, na Lapa, centro do Rio de Janeiro/RJ.
Os poemas premiados dos poetalunos do CEDOT foram resultados das aulas de produção textual, elaboradas pela Professora Juliana Guida Maia, relacionadas ao romance "Capitães de Areia", do escritor baiano Jorge Amado, e ao tema preconceito.
Tenho a honra e o prazer de compartilhar hoje no blog os fodásticos poemas premiados desses fantásticos poetalunos do CEDOT: 

DORA

Olhos negros
como uma noite
que não tem luar
prisão da noite
paixão que eu
vivo a sonhar.

Linda como a lua
Linda como uma Deusa
Desculpa por ter te julgado
Sem mesmo te conhecer!

Hoje eu posso ver
O que eu sinto por você.
O sol sorriu para nós
Que eu pude perceber.

Estou sorrindo
Mas porém muito triste
Por estar longe de você.

Entre o sol e a lua
Eu prefiro você
Te amo, te amo.
Ah, como eu amo você!
(Flavia Aparecida Muniz Soares - Menção Honrosa na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)

Pedro Bala

Um garoto órfão
Sem pai e mãe
Um dia formou um grupo.

O menino se autointitulava Pedro Bala.
Com os amigos conhecia o mundo
Na realidade.

Certo dia conheceu o amor
Se sentiu belo com aquele
Prazer.

Um dia foi preso
Um dia foi preso
Perguntava a si mesmo
E agora?
Separado do seu amor
Separado da sua vida
Naquele lugar,
Sem água e comida.

Falando por si mesmo
- Sair daqui, sair daqui
Para reencontrar seu amor.

Ao toque do amanhecer
Uma emboscada formou
Sair do reformatório
Para salvar sua paixão.

De amor de tempo-em-tempo
Sofria, pensando em dali  sair.

Salvou seu amor
Mas era tarde demais
Dora acabou morrendo e descansa em paz.
(Douglas de Oliveira Carvalho - Menção Honrosa na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)


DORA

Quando te vi me encontrei, me perdi
Porque te conheci e logo depois percebi
Eu encontrei mil motivos para sorrir.

Me perguntei será que o amor encontrei?
E logo percebi e me respondi
Não é ilusão é amor por ti.

Dora nos teus braços quero te namorar
E no dia seguinte do seu beijo quero provar
Para feliz poder ficar.                
(Marcos Vinícius Vieira Filho- Menção Honrosa na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)


Os Capitães de Areia

Dora é uma menina nova que
Perdeu seus pais após uma doença
E começou a morar na rua
Um dia ela sai e deixa seu irmão
Sentado em frente à Igreja
Ela dá um recado pra ele,
Pede pra ele esperar
Mas ele, desobediente,
Saiu e com o Professor se encontra

Dora saia a procura do irmão
E após, encontrá-lo
Começa uma linda amizade com o Professor

Professor era integrante do grupo Capitães de Areia
Dora e seu irmãozinho se tornam então membros
Dos Capitães de Areia

Começa uma paixão pelo líder Pedro Bala
Ele não queria mulheres no grupo
Mas Dora era valente e teimosa
Aprendeu até capoeira
E Pedro Bala, por fim, também se apaixona por ela!

Mas Pedro acaba é preso
Por recuperar a Santa do Candomblé
Dora fica doente, internada no orfanato
Mas Pedro Valente consegue fugir e resgatar sua amada

Dora, porém, não consegue se recuperar da sua doença
Eles deitam-se juntos a pedido dela
Ela pede que ele a torne a mulher de Pedro Bala!

Porém Dora não resiste e morre
Pedro segue sua vida
Mas sempre leva no coração
Dora, a menina valente!
(Everton Menezes - Menção Honrosa na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)

OS CAPITÃES DE AREIA

Tonto homem
Ah! Homem tonto
Todo sujo de não tomar banho,
Pedro Bala, mora nas ruas,
Ele sobrevive roubando as pessoas
e roubando coisas de pessoas ricas.

No bando entraram novos integrantes
Dora e Zé Fuinha, eles estavam nas ruas
quando fizeram amizade com o Professor.

Dora, menina lutadora e sonhadora
Que mesmo com todos os seus problemas e misérias
Não para de lutar pelos seus sonhos,
Que segue sua vida com garra e determinação
Sem se lembrar do passado triste e esforçado.
Menina que a vida leva
Para os mais distantes destinos,
Mas mesmo cansada, prossegue com fé.
Sim ela é como uma bela pomba,
Que não para de voar.
Mas um dia cansada,
Teve seu destino acabado.
(Arielly Aparecida Alves de Oliveira - Menção Especial na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)


POEMA DO BALA

Ninguém nota as tuas lágrimas
Ninguém nota a tua tristeza
Ninguém nota as tuas mágoas
Mas todos os teus erros.
Mas o meu amor por você
É noite e dia, frio e quente e
Perto e longe.
Te amar nunca foi um desafio...
Desafio seria se você me pedisse
Pra te esquecer.
Vou te amar,
Mesmo que sofra,
Mesmo que chore
Mesmo que lute
Para que no final
Possa dizer...
Sofri, chorei, lutei,
Mas amei!!!

Te amo, Dora!!!
(Djoseffe William da S. Patrício - Menção Especial na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)


OS CAPITÃES

Numa cidade cultural
Um grupo de meninos morava
Na pobreza de todo dia
E isso nunca mudava.

Cada um por si era o lema
E ninguém tinha fala
Só tinha o chefe do bando
Que se chamava Pedro Bala.

Pedro Bala era jovem
Um menino inteligente
Armava guerras e conflitos
Em quem mexia com sua gente.

Certo dia estava pensando
No momento de agora
Conheceu uma menina
Que se chamava Dora.

Nascia ali um amor
Ou uma simples paixão
Mais no decorrer da história
Uniram-se dois corações.

Mas aí o tempo passou
Sem limite e sem respeito
Correu a notícia na cidade
Que Pedro Bala foi preso.
(Lucas Lener Louzada e Silva Oliveira- Menção Especial na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)

Preconceito

O preconceito é uma coisa
Que não consigo entender
Mas eu sei que ele pode ofender

As pessoas só sabem criticar
Mas não sabem a hora de parar
O preconceito não é brincadeira
É uma tremenda bobeira
Preconceito não é bacana
Pode até acabar em cana.
(Hedy Wellington P. de Oliveira - Menção Especial na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)


AMOR DE PEDRO BALA

Quando a vi
Meu coração despertou emoção
te querendo cada vez mais
Despertamos um sentimento de amor
Nosso olhar traçou um ao outro
Deitados a beira mar
Nossos lábios ao encontrar.

Oh não! O destino nos separou
Mas não consigo viver sem ti
Vou lhe buscar, espere querida
Nunca vou te deixar.

Enfim, estamos aqui
Em uma noite sem fim
Irei cuidar de você
Como marido e mulher.
Para sempre juntos
Como estrelas de uma mesma constelação.

Nosso amor está guardado
Em nossa alma
Pois nossos corações se acabarão
Mas nossa alma se mantém viva
Mesmo se o mundo acabar.
(Nicoli da Silva Oliveira - Menção Especial na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)

OS CAPITÃES DE AREIA

Todos iguais,
Todos diferentes

Diferença é o que nos separa
Pequenas diferenças que dividem
O mundo,
Opondo humanos contra humanos
Que frente a frente lutaram
E tudo mudaram
A mudança foi grande
Os antigos tempos de discriminação
Vencidos foram
Fazendo uma nova Era
Uma Era de esperança e igualdade,

Em que humanos em sociedade
São socorridos
Por cidadãos
Estes põem em risco suas vidas
Defendendo assim seus valores
Primários.
(Vanessa Rocha Abreu - Menção Especial na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)

Descobri
(Em Ti)

Em um caderno escrevi
Poemas que falam de ti
O seu nome não descobri

Mas descobri que seu sorriso
É belo paraíso
As estrelas brilham em teu olhar
Sua voz é doce e suave melodia
Sua fala amor,
Verso de Poesia.
(Douglas Damasceno da Silva - Menção Especial na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)

PROFESSOR

Um professor me ensinou
que na vida há dificuldades.
Mas na verdade é a realidade
que a vida mostra com sinceridade.
Sábio professor que me ensinou a vida.

Que nela há tristezas mais também alegrias.
Me ensinaste também para seguir na minha trilha.
Sem mal na minha vida, mas com
bem todos os dias.

Nas coisas que me ensinou
de tudo um pouco aprendi
e hoje sou feliz.
(Iuri Gonçalves Fernandes de Souza – Medalha de Bronze na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)


A PAIXÃO DE PEDRO E DORA

Quando eu te vi
não percebi
que algo de especial
havia no seu coração
Desculpe-me se te julguei.

Sem mesmo te conhecer
Hoje
Vi seu lado amoroso
E pude perceber

Que além de aparentar ser
esse cara durão
você tem muito amor nesse
maravilhoso coração.

Somos amigos confidentes
minha amizade por você
está virando paixão
isso não é bom.
(Keyla Baziel Delfino - Medalha de Bronze na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)

O Preconceito

Era uma vez um menino
Na escola tinham preconceito
Só por que ele era negro!

A mãe dele um dia o viu chorando
Mas logo mandou ele parar
Disse: Que ele tinha que se aceitar
Que ele tinha que ser feliz como ele é
Ele nasceu assim, e nada pode mudar

Todos são iguais
E o preconceito tem que parar!
(Weyder Alves Martins - Medalha de Bronze na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)

Capitães de Areia

Bandidos com corações apertados 
Onde neles guardam grandes momentos da vida de bandidos
Felizes ao mesmo tempo
Que sofrem felizes por simplesmente
Saberem que tem companheiros, irmãos

Meninos perdidos que do roubo sobrevivem
Mas meninos que nunca desistiram de seus sonhos
Que lutam pra sobreviver
Na companhia de seus irmãos

Pedro Bala, é o líder, um bandido guerreiro
Que na Bahia luta pela vida
Um dia encontra seu grande amor

Vivem momentos felizes e tristes jutos
Mas nunca desistiram da vida!
Juntos sofreram com seus irmãos
E seguiram seus corações

Com fé e com luta
Eles são assim
Como pássaros livres
Felizes e infelizes
Mas que não param de voar

E essa é a difícil vida feliz
Dos Capitães de Areia!
(Thais de Souza Silva - Medalha de Bronze na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)


O AMOR DE PEDRO BALA

Pedro Bala, um menino valente
apaixonado pela capoeira e um líder
dos Capitães de Areia.

Pedro Bala é um menino durão
na rua, mas com um coração
mole.

No meio da jornada de sua vida
conheceu uma menina bela como uma pétala.
Os dias se passavam e eles se conheciam
cada vez mais.

Que por fim se apaixonaram, mas
aconteceu uma coisa trágica, ela
ficou doente e ele ficava cada
dia mais triste por isso.

A doença não tinha
mais cura e ela faleceu...
Mas deixou o amor dela dentro dele.

Pedro a enterrou junto de
todas as outras pessoas.
Mas ele vai sempre se lembrar
do grande amor da vida dele.
(Ana Carolina dos Santos Oliveira - Medalha de Bronze na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)

OS CAPITÃES DE AREIA

Pedro Bala um menino malandro,
com seu jeito baiano
vai vivendo a vida pelas ruas da cidade.
Líder dos Capitães de Areia,
um grupo de garotos que viviam
livres como o vento.

Cada garoto com uma característica marcante.
Gato, com seu charme
sempre conquistando as mulheres.

Professor, com habilidade para desenhar,
seu sonho era os estudos terminar.

Sem Pernas, um menino inocente
que com sua deficiência era usado como isca.

Dora, uma menina que perdeu seus pais
e foi morar na rua se juntando ao grupo.

Capitães de Areia livres como o vento soprando a areia.

(Higor Henrique Faria da Silva - Medalha de Prata na Categoria Juvenil do XXIV Concurso de Poesia da ALAP)

  

2 comentários:

  1. Parabéns, Higor. Fico feliz em ser seu tio e saber que você escreve tão bem assim. Muito legal. Seu tio Carlos Faria

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  2. CARLOS ROBERTO DE SOUZA FARIA18 de fevereiro de 2014 às 16:30

    Valeu Higor

    ResponderExcluir

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