quarta-feira, 17 de abril de 2013

Solidões compartilhadas: As diversas formas de amor de Thayslane Freitas


Hoje compartilho pela primeira vez minhas solidões poéticas com a poetaluna teresopolitana Thayslane Freitas, da E. M. Alcino Francisco da Silva.
Descobri o talento desta jovem artista por acaso – durante uma aula no 9.º A, em que solicitei aos alunos a produção de um conto baseado no clipe “Menina má”, de MC Anitta (esses textos em breve estrearão no blog também; aguardem!), Thayslane veio, lá de trás das filas das carteiras, pedindo socorro, pois tinha maior domínio para escrever poemas, e não contos. Ciente disso, passei a ela e a Greice, sua parceira nessa produção textual, algumas dicas para que executassem com eficácia a tarefa pedida. Mas não deixei a descoberta em vão: solicitei que Thayslane me passasse algumas obras de sua produção poética para eu avaliar o teor lírico de seus escritos.
No dia seguinte, recebi da poeta a primeira oferenda lírica, um poema de amor, iluminado por um estilo todo próprio,  ritmo bem trabalhado e emoção à flor da pele. A partir daí, sempre recebo um poema de Thayslane para me encher o cotidiano e os olhos com a permanente esperança de que a poesia jamais morrerá, apesar de todas as corrupções humanas, apesar de todas as intolerâncias do mundo atual. Como acontecera com Alcione Aparecida de Souza, minha antiga aluna e recentemente publicada aqui, Thayslane Freitas é outra poeta que me veio pronta – seu caminho lírico já está traçado; só lhe faltava o incentivo para brilhar. Tenho o privilégio de ser o cicerone desse jovem talento, sou o primeiro a ter a honra de publicar seus poemas e confesso que, diante de tão fodásticos poemas, esse ato me enche de orgulho. O jardim da poesia tem mais uma flor para preencher os campos líricos com o pólen do amor e da magia da arte bem escrita. Seu nome é Thayslane Freitas. (Re)conheçamos as diversas faces do amor com essa fodástica poeta; faz bem para os olhos, faz bem para os nossos corações!

Amor sofrido perfeito

E depois daquele dia
em que meu coração se feriu...
O dia em que ele disse que embora iria...

E depois do sentimento cruel
que me fez parecer infiel,
por todas as lindas palavras que eu ouvia...
Foi tudo em vão,
foi tudo aquilo que partiu meu coração...

Mesmo naquela dor eu ainda o amava...
Agia como o coração me mandava,
acreditando que ele era meu.

E assim seguiu a vida,
a mágoa desapareceu,
meu amor ele tinha conquistado;
mesmo ferida, eu estava junto do meu amado!



Amor passado

Aconteceu inesperado
aquilo que parecia sonho
meio que improvisado

foi rápido, louco
inesquecível e único
ao mesmo tempo trágico

tão lindo e triste
só tu que quiseste
minha mágoa e decepção

Doeu meu coração
por um amor do passado
que hoje está apagado
sendo agora enterrado.

Um comentário:

Meu filho-poema selecionado na Copa do Mundo das Contradições: CarnaQatar

Dia de estreia da teoricamente favorita Seleção Brasileira Masculina de Futebol na Copa do Mundo 2022, no Qatar, e um Brasil, ainda fragiliz...